Policiais militares da 10º Companhia Independente recuperaram, nesta quarta-feira (12.3), uma caminhonete modelo Ford Ranger com registro de roubo, no município de Juruena (897 km de Cuiabá). O veículo foi identificado por meio das câmeras de segurança do Programa Vigia Mais MT do Governo do Estado.
Um homem, de 41 anos, foi preso em flagrante por receptação. O suspeito já possui passagens criminais por violência doméstica e fraude. Conforme o boletim de ocorrência, as equipes receberam informações de que o sistema de segurança havia detectado a entrada do veículo, com registro de roubo, no município.
Diante dos fatos, os policiais militares intensificaram o policiamento na região e flagraram o condutor da caminhonete na Avenida 4 de Julho. Ao ser abordado e questionado sobre o fato, o suspeito relatou ter adquirido o veículo em Aripuanã pelo valor de apenas R$ 15 mil.
Após ser identificado, os policiais verificaram que ele possui passagens criminais por violência doméstica e fraude. O suspeito e o veículo recuperado foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.
Onze anos após da implantação da Operação Lei Seca em Mato Grosso, um estudo da Secretaria de Segurança Pública revelou que o índice de prisões de condutores por embriaguez ao volante vem caindo gradativamente, mesmo com o aumento do número de abordagens e testes de alcoolemia realizados.
Conforme estudo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), órgão da Sesp, comparando os dados dos últimos quatro, 2021 a 2024, em Cuiabá e Várzea Grande, caiu de 9,8% para 4,8% o índice de condutores presos por embriaguez ao volante após o teste de alcoolemia.
Essa queda ocorreu mesmo com o aumento de 339% de testes de alcoolemia e de 116% no de operações realizadas. As operações passaram de 78, em 2021, para 169, em 2024, conforme relatórios do GGI. Já o número de testes de alcoolemia saltou de 6.498 para 28.554.
A coordenadora do GGI, tenente coronel PM Monalisa Furlan, avalia os dados como indicação de uma mudança de comportamento dos condutores sobre os riscos da combinação de direção e álcool e, claro, do temor das implicações legais e prejuízos financeiros decorrentes da prisão por embriaguez.
“A Operação Lei Seca tem como objetivo principal essa mudança de comportamento, então, parece que, conforme os dados, estamos alcançando. Esse é um trabalho permanente de fiscalização levado às ruas ano a ano”, avalia Monalisa.
“Depois da pandemia intensificamos bastante as operações e isso nos permitiu fazer essa análise de dados. Operação Lei Seca faz parte do cotidiano dos condutores de Cuiabá e Várzea Grande e parece cada vez mais ter a credibilidade da população”, avalia a coordenadora.
Para Monalisa Furlan, com condutores mais conscientes dos riscos de dirigir sob efeito de álcool é possível prevenir acidentes e preservar vidas.
O secretário adjunto de Integração Operacional (Saiop), coronel Fernando Augustinho, vê os dados da Operação Lei Seca como resultado do planejamento de inteligência em segurança pública, somados à integração das forças policiais, atuando na conscientizando a população.
“Com a redução das prisões temos, claro, menos autuações, menos infrações e mais conscientização. A fiscalização da Lei Seca tem esse caráter pedagógico, buscamos a mudança de comportamento no trânsito porque sabemos que, no final, isso é bom para motoristas e pedestres”, diz Fernando Augustinho.
A Operação Lei Seca é realizada pelo GGI em parceira com as prefeituras municipais com apoio da Polícia Militar e Civil, Departamento de Trânsito, Corpo de Bombeiros, Politec, Sistema Socioeducativo, Polícia Penal e Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), em Cuiabá e Guarda Municipal, em Várzea Grande.
Implicações legais
Conduzir veículo com teor alcoólico superior a 0,34 mg/L configura crime de trânsito e prevê pena de 6 meses a 3 anos de detenção, multa de R$ 2.934,70, suspensão ou proibição de dirigir por um ano, além do recolhimento da CNH e retenção do veículo.
Já para casos em que o teor alcoólico fica entre 0,05 e 0,33mg/L, o condutor está sujeito à multa, suspensão da CNH por um ano, recolhimento do documento e retenção do veículo.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) lançou o processo licitatório para contratar uma empresa que ficará responsável por asfaltar 40 quilômetros da MT-199, entre Vila Bela da Santíssima Trindade e o Destacamento Militar Palmarito, localizado na fronteira com a Bolívia.
Esse trecho corresponde ao primeiro lote da obra e está orçado em R$ 67,4 milhões. A licitação será realizada no dia 31 de março, por meio do Sistema de Aquisições Governamentais (Siag). Os documentos podem ser conferidos no site da Sinfra.
A ligação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e a fronteira com a Bolívia é um sonho antigo da população local. O asfalto traz a possibilidade de aumentar a integração com a América Latina. No entanto, ainda é necessário que o governo boliviano realize obras rodoviárias para concretizar a ligação.
“Essa obra vai trazer um novo impulso na atividade econômica, ajudando muito o crescimento de Vila Bela. E antes do final da gestão, vamos dar ordem de serviço para o segundo trecho, ligando até a fronteira o asfalto da MT-199”, afirmou o governador Mauro Mendes nesta quarta-feira (19.3), durante agenda no município.
No momento, o segundo lote da rodovia está em fase de aprovação do orçamento dentro da Sinfra.
O prefeito de Vila Bela, André Bringsken, destacou que a pavimentação da MT-199 mostra visão estratégica do governo. “Essa rota com a Bolívia para o Pacífico vai alavancar nossos produtos, os deixando mais competitivos, porque o nosso principal consumidor é a China. Para isso sair do papel, precisava de uma visão de estrategista”, avaliou.