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EDUCAÇÃO

Pé-de-Meia X Pé-de-Meia Licenciaturas: qual a diferença?

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Foi com a ajuda do Pé-de-Meia que Giovanna Souza dos Santos, de 18 anos, moradora do município fluminense de Duque de Caxias, conseguiu se dedicar integralmente aos estudos e concluir o ensino médio no Colégio Pedro II – Campus Duque de Caxias. “O Pé-de-Meia foi realmente importante porque no ensino médio eu estava muito preocupada com a questão de trabalho. Então, o programa me tirou um peso, uma preocupação. Consegui focar nos estudos e ter bons resultados”. 

A estudante foi aprovada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para cursar Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Giovanna é a primeira da família a ingressar em uma universidade federal. Ela conta como descobriu que queria seguir a carreira docente: “Quando eu estava na escola, fiz um projeto sobre o ensino de biologia para pessoas com deficiência visual. Foi aí, então, que descobri que queria ser professora.” 

Com a nota de 696 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a jovem vai participar do Pé-de-Meia Licenciaturas. Na sua visão, o programa é importante para combater o apagão de professores no país e valorizar estudantes de licenciatura. “Esse auxílio vai me dar uma tranquilidade em relação aos gastos com a faculdade. Não vou precisar me desesperar para arrumar um emprego ou um estágio. Também acho que é uma medida de valorização. Tem gente que quer ser professor, mas mira em outro curso por causa do dinheiro e não se dedica tanto, não põe todo o esforço, porque não é aquilo que a pessoa realmente quer. Agora, essas pessoas vão poder se dedicar ao que é a sua paixão”, completa. 

Tem gente que quer ser professor, mas mira em outro curso por causa do dinheiro e não se dedica tanto, não põe todo o esforço, porque não é aquilo que a pessoa realmente quer. Agora, essas pessoas vão poder se dedicar ao que é a sua paixão.” Giovanna Souza dos Santos, estudante do Pé-de-Meia que vai participar do Pé-de-Meia Licenciaturas 

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Giovanna apresentando o trabalho que a fez decidir pela licenciatura em Biologia. Foto: Arquivo pessoal

Criados pelo Ministério da Educação (MEC), o Pé-de-Meia e o Pé-de-Meia Licenciaturas são dois programas que oferecem incentivo financeiro-educacional para evitar a evasão dos alunos e incentivar a conclusão dos estudos. O primeiro é voltado para os estudantes que estão no ensino médio público e o objetivo dele é garantir que eles não precisem abandonar os estudos por questões financeiras. O segundo tem o intuito de incentivar a formação de professores e é destinado às pessoas que desejam ingressar em cursos presenciais de licenciatura.  

Pé-de-Meia Para participar do Pé-de-Meia, os estudantes precisam estar matriculados no ensino médio público e ser beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O programa oferece R$ 200 por mês aos alunos que mantiveram a frequência mínima e R$ 1 mil após a conclusão de todos os anos de ensino médio, que só podem ser retirados da poupança quando se formarem nessa etapa de ensino. Além disso, o estudante ainda pode receber R$ 200 caso participe dos dois dias do Enem. Considerando todas as parcelas, os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno.  

Pé-de-Meia LicenciaturasO Pé-de-Meia Licenciaturas é uma iniciativa do Programa Mais Professores para o Brasil e oferece bolsas aos estudantes que obtiverem nota igual ou superior a 650 pontos no Enem e optarem por cursos de licenciatura presenciais. Os estudantes receberão uma bolsa mensal de R$ 1.050, sendo R$ 700 disponíveis para saque imediato e R$ 350 guardados na poupança para retirada após ingresso em uma rede pública de ensino. Para manter a bolsa e sacar a poupança, é necessário: cursar a quantidade de créditos obrigatórios de cada período; obter resultados acadêmicos satisfatórios; e ingressar na rede pública em até cinco anos após a conclusão da licenciatura.  

Para 2025, o MEC disponibilizou até 12 mil bolsas. Para fazer parte do Pé-de-Meia Licenciaturas, é preciso, ainda, cumprir exigências do Edital nº 1/2025 da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), além das regras do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).  

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB) 

 

Fonte: Ministério da Educação

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EDUCAÇÃO

MEC participa de ação do Tesouro Nacional para escolas públicas

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O Ministério da Educação (MEC) participou, nesta quarta-feira, 19 de março, de uma ação do Tesouro Nacional voltada à promoção da educação financeira para estudantes brasileiros da educação básica. Na ocasião, o MEC também recebeu uma placa em agradecimento pela parceria que promove a educação financeira nas escolas e incentiva a aplicação do tema na vida dos alunos e das famílias.  

A cerimônia ocorreu durante a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira em Brasília (DF) e contou com a presença de diversas autoridades. O ministério foi representado pelo secretário executivo, Leonardo Barchini, e pela secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt 

Os secretários abordaram as orientações do MEC quanto à educação financeira nas escolas. A ideia é que, por meio dos aprendizados, os alunos possam reconhecer, compreender, analisar criticamente e participar conscientemente das relações econômicas que se manifestam na vida social. As orientações serão voltadas para todos os estudantes, professores e diretores escolares da educação básica.  

Para estruturar a iniciativa, o MEC reuniu os principais atores envolvidos nas estratégias de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária, além do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) 

Não existe educação financeira dissociada da justiça social e tributária, já que somente com elas nossos jovens poderão planejar a vida financeira. Então é muito importante que eles tenham clareza e um entendimento do que é a justiça social e a justiça tributária”, apontou Barchini 

A secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt, explicou que as orientações do MEC visam estruturar a educação financeira em todas as etapas de ensino. “A escola é, em muitos momentos, o grande equipamento público nos municípios brasileiros e ela assume um papel fundamental de formar cidadania e consciência crítica na população. Estão sendo desenvolvidos materiais didáticos focados na educação financeira, desde o ensino infantil até o ensino médio, porque não queremos e não podemos deixar ninguém para trás”, completou 

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Orientações As orientações voltadas para a educação financeira fortalecem o compromisso da pasta com a inclusão social e a democratização do conhecimento financeiro, alinhando-se às diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE). Elas também reforçam a integração entre governo, setor financeiro e sociedade civil, demonstrando uma abordagem coordenada para preparar os estudantes para desafios econômicos, e demonstram o papel do MEC como protagonista na formação de cidadãos economicamente conscientes, promovendo sustentabilidade financeira e justiça social.  

Nos primeiros dias de abril, será promovida uma reunião técnica com os parceiros e os coordenadores técnicos de educação financeira nos estados, nos municípios e no Distrito Federal. O objetivo é explorar as dimensões da iniciativa do MEC, o documento referencial e as matrizes e encaminhar as orientações para adesão, construção e implementação dos planos de ação. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB 

Fonte: Ministério da Educação

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EDUCAÇÃO

MEC inicia formação inédita em educação híbrida

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A educação híbrida extrapola a escola e a sala de aula, reconhecendo outros espaços educativos. Ela não está restrita ao uso de tecnologias, mas estas podem ampliar o acesso de estudantes a conteúdos virtuais. Esse tipo inovador de prática pedagógica é o foco de uma formação continuada oferecida pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB). Na terça-feira, 18 de março, um webinário marcou o início do curso “Educação Híbrida: conceito e orientações pedagógicas”, voltado para professores do ensino médio público do Brasil. Esse será o primeiro curso do país sobre o tema, destinado a profissionais da educação básica. O webinário, que detalha as novidades do conteúdo, está disponível na página do YouTube do MEC. 

Entre os integrantes do debate estava a coordenadora-geral de Ensino Médio do MEC, Valdirene Alves de Oliveira. A coordenadora reforçou que a pasta não mede esforços para levar a todos uma formação de qualidade, indicando ainda que o conteúdo e o formato oferecidos são fruto de meses de dedicação. “Nunca houve um curso de educação híbrida para professores da educação básica, e a gente está começando pelo ensino médio, ainda que depois as ações possam contemplar estudantes do ensino fundamental“, explicou. Valdirene lembrou que “a última etapa da educação básica é o último momento em que o Estado tem a oportunidade de fazer uma entrega para a sociedade do que é direito daquele que está na condição de estudante”.  

O curso será oferecido a aproximadamente mil professores da rede pública, de 23 unidades da Federação. A pesquisadora e consultora técnica Daniela da Costa Lima afirmou que o curso também é inédito por ser a distância, com metodologias híbridas. “Então, ele é híbrido no ambiente virtual de aprendizagem, porém é necessário ter encontro presencial também”, orientou. “Nós temos um ambiente virtual totalmente interativo, com metodologia participativa, que é um dos principais fundamentos do nosso modelo de educação híbrida. Com atividades diversificadas, diferentes recursos, feedbacks, oficina prática e acompanhamento semanal da equipe”, detalhou.  

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Daniela ainda ressaltou que o conceito de educação híbrida é pautado em um sistema educacional que prioriza a integração cuidadosa de conteúdos e atividades pedagógicas. Além disso, é orientado pelo conceito definido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – aprovadas pela Resolução CNE/CEB nº 02, de 13 de novembro de 2024.  

O curso integra a Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH), uma estratégia da Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens. O coordenador-geral da RIEH, Ibsen Mateus Bittencourt, destacou que “A plataforma digital do curso foi pensada em cada detalhe junto com a equipe pedagógica para desenvolver um ambiente extremamente lógico, fluido, por percurso cognitivo, extremamente simplificado, para que os cursistas possam ter um curso mais dinâmico“, indicou.  

Fundador do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees), Ig Ibert Bittencourt contribuiu ao debate destacando, além do aspecto do ineditismo, a diversidade do público que a formação alcançará. “São quase mil professores que vão participar desse curso da educação híbrida para docentes, entre eles professores de comunidades indígenas e quilombolas, de escolas ribeirinhas Então, a diversidade é muito grande. A oportunidade que a gente tem, potencializada pela educação híbrida, é de conhecer diferentes realidades, diferentes culturas e diferentes formas de a gente lidar com os nossos estudantes e superar os desafios que a gente tem no dia a dia, afirmou.Desejo um excelente curso para vocês, aproveitem ao máximo a escuta, troquem experiências, debatam e aprendam entre si”, finalizou. 

Vivência  A abertura do curso de formação também é marcada pelo evento “Observatório de Educação Híbrida: integração de saberes na prática”, que ocorre nos dias 18 e 19 de março. A iniciativa se dá como espaço de vivência da educação híbrida, com o tema “Cidadania Contemporânea e Cidadania Digital”, e formará professores do ensino médio e estudantes em quatro estações de trabalho, de acordo com a proposta pedagógica da RIEH: concepção de educação híbrida; recursos educacionais digitais; ambiente virtual e físico de aprendizagem; e o uso do Núcleo de Inovação para a Educação Híbrida. 

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Formação  O curso “Educação Híbrida: conceito e orientações pedagógicas visa à compreensão das possibilidades da educação híbrida no contexto da Política Nacional do Ensino Médio e da Política de Educação Digital, descobrindo e construindo caminhos para planejar, implementar e avaliar práticas pedagógicas híbridas em suas práticas e escolas. Com carga de 80h (distribuídas entre 72h virtuais e 8h presenciais), a formação terá um encontro presencial em cada estado e no Distrito Federal. 

A formação será oferecida entre 18 de março e 15 de agosto. Entre os pontos a serem abordados, estão: escola como espaço de vivências da educação híbrida; ferramentas e recursos didáticos digitais; recursos educacionais digitais; educação híbrida na perspectiva da comunidade escolar; e uma atividade integrada para elaboração de plano de aula. O guia “Educação Híbrida: conceito e orientações pedagógicas” servirá como material orientador para a implementação de práticas pedagógicas na perspectiva das metodologias participativas. 

RIEH A Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH) tem o propósito de promover a implementação de estratégias educacionais inovadoras em todos os entes federativos do país, bem como de contribuir com a implementação da Política Nacional de Ensino Médio de forma equitativa e efetiva. A rede está sendo implementada desde 2022, com o objetivo específico de garantir apoio técnico e de infraestrutura dos sistemas tecnológicos para o fomento e para o desenvolvimento da educação híbrida da rede pública de ensino em todo o Brasil.  

 

Assessoria de Comunicação Social, com informações da SEB 

Fonte: Ministério da Educação

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