Pesquisar
Close this search box.

BRASIL

Operação Virtude: Dia D contabiliza mais de 5,6 mil vítimas atendidas

Publicado

Brasília, 22/10/2025 — Nesta quarta-feira (22), Dia D da Operação Virtude, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou o balanço preliminar das ações de combate à violência contra a pessoa idosa. Realizadas em todas as unidades da Federação, as atividades já resultaram em 1.212 denúncias apuradas, 5.677 vítimas atendidas, 9.329 diligências policiais, 5.366 boletins de ocorrência registrados e 401 prisões. Até o momento, foram instaurados 2.889 procedimentos policiais e as ações educativas alcançaram quase meio milhão de pessoas.

A iniciativa, que começou em 1º de outubro e segue até o dia 31, conta com a parceria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Mais de R$ 1,8 milhão foram investidos no pagamento de diárias aos estados, reforçando o efetivo policial para a execução das ações.

O objetivo é garantir dignidade e segurança às pessoas idosas, por meio de medidas como palestras de conscientização à sociedade e atuação ostensiva e investigativa das forças policiais, especialmente para afastar agressores — que, em muitos casos, são familiares das vítimas.

O secretário nacional de Segurança Pública do MJSP, Mario Sarrubbo, destacou os avanços, mas reforçou a necessidade de manter o foco no enfrentamento à violência contra os idosos. “Os dados ainda são preocupantes e demonstram que precisamos continuar firmes na apuração desses crimes. É essencial responsabilizar os autores e garantir a integridade física e psicológica da população idosa. O objetivo é assegurar que as pessoas idosas conheçam seus direitos e não sejam vítimas de nenhum tipo de violência. Elas merecem respeito, cuidado, valorização, acolhimento e proteção, jamais violência”, afirmou.

A Operação Virtude é coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com o MDHC. As ações têm como base denúncias recebidas pelo Disque 100 – Disque Direitos Humanos, além de outros canais oficiais, e são executadas pelas forças de segurança das 27 unidades da Federação — entre elas, Polícias Civis, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Órgãos Oficiais de Perícia Criminal.

Leia mais:  MTE articula Pacto de Trabalho Decente para o Carnaval em Salvador

Disque 100

O Disque Direitos Humanos recebe denúncias gratuitamente e de forma anônima, por meio de diferentes canais:

– Telefone: ligação gratuita para o número 100;
– ⁠WhatsApp: (61) 99611-0100;
– ⁠Telegram: buscar por “direitoshumanosbrasil”;
– ⁠Internet: página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, disponível no site do MDHC.

Em todos os canais, as denúncias geram um número de protocolo, permitindo ao denunciante acompanhar o andamento junto ao Disque 100.

Histórico

Esta é a terceira edição da Operação Virtude. A primeira ocorreu em outubro de 2023 e, ao longo de 30 dias, resultou em 5,3 mil denúncias apuradas, 11,5 mil vítimas atendidas, mais de mil suspeitos conduzidos a delegacias, 6,6 mil boletins de ocorrência registrados e 200 prisões. O investimento foi de R$ 2 milhões.

A segunda mobilização, realizada em julho de 2024, também durou 30 dias e registrou 7.744 denúncias apuradas, 24.914 vítimas atendidas, 11.621 boletins de ocorrência registrados e 480 prisões, com investimento superior a R$ 2,4 milhões.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

Comentários Facebook
publicidade

BRASIL

“Revolução digital precisa incluir as pessoas, não substituí-las”, afirma Chico Macena no Euroconsumers Forum 2025

Publicado

O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Chico Macena, defendeu nesta quarta-feira (22), em Brasília, que a transformação digital deve incluir as pessoas, e não substituí-las, garantindo oportunidades e proteção a todos os trabalhadores. A declaração foi feita durante o painel “A Evolução Digital no Setor de Alimentação”, realizado no Euroconsumers Forum Brasil 2025, que discutiu como a digitalização redefine consumo, competitividade e direitos dos cidadãos, celebrando os 35 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

“A revolução digital precisa incluir as pessoas, não substituí-las. O progresso tecnológico deve gerar oportunidades e proteger quem trabalha, e não aprofundar desigualdades. E, nesse processo, políticas públicas como o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) devem evoluir para garantir benefícios e proteção a todos os trabalhadores, independentemente do formato de ocupação”, afirmou Macena.

PAT: segurança alimentar e regulamentação

O secretário-executivo detalhou que o PAT é um programa criado para garantir saúde e alimentação adequada aos trabalhadores, reforçando produtividade e bem-estar nas empresas. “O programa movimenta cerca de R$150 bilhões no Brasil. Ele precisa funcionar de forma efetiva, garantindo que os recursos cheguem aos restaurantes sem atrasos, com taxas justas e sem desvios para outros fins, como festas ou planos de saúde, nem que sejam tratados como salário indireto”, disse.

Chico Macena criticou propostas de transformar o benefício em voucher ou valor pecuniário, argumentando que isso desvincula a finalidade original do programa. “Nosso compromisso é defender um programa de segurança alimentar efetivo, mantendo sua finalidade original e garantindo justiça para todos os trabalhadores”, completou.

Outro ponto destacado foi a interoperabilidade do sistema, permitindo que diferentes prestadores de serviços de pagamento habilitem estabelecimentos comerciais para aceitar o benefício. “Queremos que o PAT seja aberto, eficiente e inclusivo. O trabalhador deve poder utilizar o benefício independentemente da bandeira do cartão, e os sistemas precisam garantir a liberdade de escolha e a efetividade da alimentação”, afirmou.

Leia mais:  Brasil e Chile avançam em cooperação para combustíveis sustentáveis de aviação

Atualmente, os pagamentos aos restaurantes muitas vezes ocorrem 30 a 36 dias após o uso, dependendo da operadora. “É fundamental antecipar esses recursos para que os restaurantes, principais agentes do programa, não sejam prejudicados. Além disso, as taxas cobradas pelas operadoras são muito variáveis — em média chegam a 11-12%, com algumas menores operadoras regionais praticando valores ainda maiores. Vamos regulamentar essas taxas para equilibrar o sistema, garantindo eficiência e justiça”, explicou.

Governança e acompanhamento

O secretário ressaltou ainda a criação de um comitê gestor do PAT, envolvendo outros ministérios, para acompanhar o setor, recomendar melhorias e garantir que o programa funcione de forma transparente e eficaz. Ele destacou que o objetivo é combater desvios, como o uso do benefício para finalidades indevidas, que acabam onerando trabalhadores e restaurantes e prejudicando a finalidade do programa.

Digitalização, inovação e trabalho decente

Macena reforçou que a digitalização deve ser uma ferramenta de inclusão e não de exclusão. “A inovação deve ser uma ponte, não um abismo. A tecnologia tem de ser instrumento de democratização do trabalho. Estamos construindo um marco que reconheça o trabalho digital sem precarizar. O futuro do trabalho não pode ser medido apenas por eficiência, mas por justiça social e valorização humana”, afirmou.

Outras perspectivas

O mediador do painel, professor Felipe de Paula (FGV Law/IDP), destacou a dimensão ética da transformação digital. “O mundo digital não é apenas uma nova fronteira econômica, mas uma nova fronteira civilizatória. Precisamos de respostas políticas e éticas à altura do impacto que ela produz sobre o trabalho e a sociedade”, disse.

O chefe de gabinete do Cade, Paulo Oliveira, lembrou que a digitalização cria desafios à concorrência e à regulação. “O setor de alimentação é um exemplo de como plataformas concentram poder e moldam comportamentos de consumo. É essencial criar regras que promovam equilíbrio competitivo e evitem distorções”, pontuou.

Leia mais:  Reforma Casa Brasil é detalhada no Bom Dia, Ministro

O consultor da Abipag, Gabriel Cohen, destacou o papel da tecnologia nos pagamentos digitais. “A digitalização trouxe eficiência e transparência, mas exige responsabilidade. É preciso ampliar o acesso sem aumentar custos para consumidores e pequenos empreendedores”, avaliou.

Inclusão e justiça social

Ao encerrar sua participação, Chico Macena reforçou a importância de políticas públicas inclusivas. “Nenhum país pode abrir mão de proteger o seu povo em nome da inovação. O Brasil quer ser digital, mas também quer ser humano — com trabalho digno, direitos garantidos e um futuro que inclua todos”, concluiu.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Comentários Facebook
Continue lendo

BRASIL

Lewandowski anuncia mais de R$ 171 milhões em investimentos pelo Programa Município Mais Seguro

Publicado

Brasília, 22/10/2025 – Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) realizou o lançamento do Programa Município Mais Seguro. Na ocasião, o ministro Ricardo Lewandowski anunciou o investimento de mais de R$ 171 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) na iniciativa. O objetivo é fortalecer a segurança pública municipal e valorizar as Guardas Municipais como parte integrante do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Lewandowski destacou que o programa surge em um momento estratégico, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que ampliou as funções das Guardas Municipais. “Com este programa, nós iremos aumentar a sensação de segurança da população, desenvolvendo uma polícia municipal mais cidadã e bem equipada”, afirmou.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, ressaltou o papel das Guardas Municipais no Susp. “Trata-se de um programa baseado em pesquisa feita com os próprios municípios e guardas. Visa qualificar a gestão, valorizar e fortalecer as polícias municipais. Também nos preocupamos com a saúde mental dos profissionais, para tornar a segurança pública mais eficiente, garantindo proteção à população e respeito aos direitos humanos.”

O programa reúne quatro iniciativas complementares, voltadas à qualificação das Guardas Municipais e das gestões locais de segurança pública:

– Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força;
– Diagnóstico Nacional das Guardas Civis Municipais;
– Chamada pública para seleção de projetos de fortalecimento da segurança municipal e das Guardas Municipais;
– Escuta Susp, com foco na saúde mental dos profissionais.

Os recursos previstos serão investidos em equipamentos de menor potencial ofensivo, equipamentos de proteção individual, capacitação e estruturação da gestão da segurança pública nos municípios.

Entregas do Programa

Leia mais:  Alckmin: "A COP nos traz muitas oportunidades de investimento"

Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força – Prevê a doação de instrumentos de menor potencial ofensivo, como espargidores e armas de incapacitação neuromuscular (AINMs), além de equipamentos de proteção individual, como coletes balísticos. Também serão ofertados treinamento, capacitação e assistência técnica para adequação de protocolos e normas aos padrões nacionais, como o Decreto nº 12.351/2024 e a Portaria MJSP nº 855/2025. O investimento previsto até 2027 ultrapassa R$ 100 milhões.

Diagnóstico Nacional das Guardas Civis Municipais – Executado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Senasp/MJSP, o diagnóstico mapeará a realidade das Guardas Municipais em todo o País. A pesquisa coletará dados em nível local para subsidiar políticas públicas e fortalecer a governança municipal em segurança pública.

Chamada Pública para Projetos Municipais em Segurança Pública – Guardas Municipais – Serão lançados dois editais voltados à gestão da segurança pública municipal e ao fortalecimento das Guardas Municipais, contemplando projetos nas áreas de governança, tecnologia, capacitação e valorização profissional. O investimento previsto é de R$ 65 milhões.

Capacitação e Formação Profissional – O programa prevê cursos presenciais e integrados, com foco na prevenção da violência e no uso qualificado da força. Entre as formações estão:

– Curso de Operador de Polícia Comunitária Aplicada (atuação em territórios vulneráveis);
– Curso para Patrulhas Maria da Penha (atendimento humanizado a mulheres em situação de violência);
– Curso Nacional de Operador de Uso Diferenciado da Força (padronização de práticas operacionais conforme diretrizes nacionais e internacionais).

O investimento nesta etapa é de R$ 5,6 milhões.

Escuta Susp – O projeto, já desenvolvido pelo MJSP em parceria com universidades federais, será ampliado para atender também as Guardas Municipais. O serviço oferece atendimento on-line em saúde mental com psicólogos, psiquiatras e farmacologistas especializados em segurança pública, utilizando protocolos adequados à categoria. Mais de 21 mil atendimentos já foram realizados. A plataforma, segura e sigilosa, disponibilizará ainda três cursos virtuais sobre saúde mental e gestão humanizada.

Leia mais:  Brasil reforça compromisso com igualdade salarial e integração sociolaboral na Reunião de Ministros do Trabalho do Mercosul

Resultados esperados

O Programa Município Mais Seguro tem como finalidade fortalecer as capacidades institucionais dos municípios na gestão da segurança pública, apoiar ações locais de prevenção e enfrentamento da violência em territórios vulneráveis, além de qualificar procedimentos e protocolos relacionados ao uso da força.

A iniciativa também busca valorizar e oferecer suporte aos profissionais das Guardas Municipais, com atenção especial à saúde mental, e promover maior integração e cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios no âmbito do Susp.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

Comentários Facebook
Continue lendo

Envie sua denúncia

Clique no botão abaixo e envie sua denuncia para nossa equipe de redação
Denuncie

DIAMANTINO

POLÍTICA MT

POLICIAL

MATO GROSSO

POLÍTICA NACIONAL

ESPORTES

Mais Lidas da Semana