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POLÍTICA NACIONAL

Lei de Incentivo ao Esporte é defendida como política permanente em debate na CEsp

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Durante audiência pública no Senado na quarta-feira (2), especialistas, parlamentares e representantes do setor reconheceram a Lei de Incentivo ao Esporte como um dos pilares das políticas públicas para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Eles abordaram, entre outras questões, a necessidade de aperfeiçoamento da lei e de ampliação do acesso ao que ela prevê, além de melhorias na gestão administrativa dessas políticas.

A audiência foi promovida pela Comissão de Esporte (CEsp). Quem a solicitou, por meio de requerimento (REQ 22/2025 – CEsp), foi a presidente do colegiado, senadora Leila Barros (PDT-DF).

Ela destacou a importância estratégica do debate para o presente e o futuro do esporte nacional. 

— Nosso desafio é tornar essa política mais eficaz, mais transparente e mais acessível. Queremos garantir que os recursos da lei cheguem a quem mais precisa deles, desde pequenos projetos comunitários até centros de excelência do esporte nacional — afirmou a senadora, que conduziu a sessão. 

A ex-ministra do Esporte e presidente-executiva da organização sem fins lucrativos Atletas pelo Brasil, Ana Moser, declarou que a Lei de Incentivo ao Esporte é a principal política de financiamento do setor. Mas ela alertou para o risco de descontinuidade dessas políticas devido a restrições fiscais. 

— Essa lei estruturou o setor social do esporte no Brasil. Com ela, conseguimos alcançar 25% dos municípios. Mas enfrentamos ameaças constantes de retrocesso. Precisamos de uma lei perene, ampliada e sem concorrência com outras políticas, como hoje ocorre com a lei da reciclagem — afirmou Ana Moser.

Equipe reduzida e burocracia

A diretora de Programas e Políticas de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, Caroline Gomes Neves Carvalho, destacou o aumento expressivo de projetos apresentados ao ministério, mas alertou para o tamanho reduzido da equipe responsável pela análise e pela tramitação dos pedidos.

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— A Lei de Incentivo ao Esporte é a política mais democrática que temos no esporte. Mas estamos com uma equipe reduzida, sem cargos efetivos suficientes. O número de projetos aumentou muito, e isso tem comprometido a agilidade e a eficiência do sistema. Precisamos urgentemente de reforço institucional — declarou.

Representante da sociedade civil organizada, o diretor-executivo da Rede Esporte pela Mudança Social, William Fernando de Oliveira, reforçou o papel das organizações comunitárias na efetivação do direito ao esporte e criticou o risco de interrupção de projetos por entraves burocráticos. 

— O Brasil é a 10ª economia do mundo, mas estamos aqui lutando para manter viva uma política pública que já provou seu valor. Cada R$ 1 investido retorna mais de R$ 8 em impacto social. A lei não é custo, é investimento — enfatizou ele. 

Renúncia fiscal e investimento

O presidente do conselho de administração da Confederação Brasileira de Atletismo, Vlamir Campos, apresentou dados que, segundo ele, desmentem o argumento de que a renúncia fiscal com essa lei compromete as contas públicas. 

— A renúncia fiscal com a Lei de Incentivo ao Esporte representa apenas 0,2% do total previsto para 2025. Não há justificativa técnica ou fiscal para restringi-la. Ao contrário, ampliar a lei para 3% teria impacto mínimo no orçamento e enorme benefício social — argumentou. 

A gerente de patrocínios da Petrobras, Alessandra Teixeira, também reforçou a importância da legislação para garantir segurança jurídica e ampliar os investimentos das empresas no esporte. 

— A Lei de Incentivo ao Esporte dá segurança para o investimento social. É uma ferramenta fundamental para que grandes empresas se comprometam com o desenvolvimento esportivo, inclusive em regiões menos atendidas — pontuou.

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Articulação 

O CEO da Confederação Brasileira de Vela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro, afirmou que o sucesso dessas políticas exige novas estruturas de gestão. Ele sugeriu a criação de uma agência nacional para o setor esportivo.

— A Lei de Incentivo ao Esporte deu tão certo que o sistema atual não comporta mais a demanda. Precisamos pensar grande, criar uma estrutura robusta, com autonomia e financiamento sustentado. O esporte é uma força política e econômica, e precisamos estar à altura desse potencial — declarou. 

Além de concordar com a mobilização em defesa da lei, Leila Barros enfatizou a importância do engajamento coletivo do setor e do diálogo constante com o Congresso Nacional e o Poder Executivo. 

— O esporte precisa estar na agenda institucional de forma permanente. É hora de transformar mobilização em articulação política. E esta Casa está aberta para construir isso — ressaltou a senadora. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLÍTICA NACIONAL

Comissão aprova proposta de estímulo fiscal para pesquisa de ração sustentável

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2870/24, do deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), que prevê estímulos fiscais para as empresas que investirem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de alimentos sustentáveis e nutritivos para animais.

O objetivo da medida é reduzir a emissão de gases de efeito estufa na produção das rações e, ao mesmo tempo, melhorar a dieta animal. Pelo texto, os incentivos fiscais incluem:

  • isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de equipamentos e insumos necessários às pesquisas;
  • redução de até 50% no Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) para empresas que comprovarem os investimentos em P&D;
  • concessão de créditos tributários proporcionais aos investimentos.

O projeto determina ainda que o governo federal financiará pesquisas sobre alternativas ecológicas aos ingredientes tradicionais utilizados na produção de ração animal. As pesquisas serão selecionadas por meio de editais e chamamento público.

O relator, deputado Cobalchini (MDB-SC), afirmou que a medida vai permitir condições mais favoráveis à adaptação da pecuária brasileira à exigência dos consumidores de outros países por produtos mais sustentáveis.

Cobalchini alterou o texto e incluiu emenda para permitir, em vez de obrigar, que as empresas do setor sigam os padrões de sustentabilidade. “Essa alteração faz-se necessária para o projeto prosperar sem correr o risco de criar uma obrigação que não seria necessariamente boa para o setor”, disse.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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POLÍTICA NACIONAL

Comissão aprova projeto que obriga serviços de saúde a assegurar mamografia a mulheres com deficiência

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A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou o Projeto de Lei 465/25, que obriga os serviços de saúde que realizam exames de mamografia ou citologia do colo do útero a manterem estrutura física adaptada e planejamento para atender mulheres com deficiência.

Pela proposta, a administração pública estabelecerá planos de estruturação e de capacitação para os serviços de saúde que ainda não atendam a esses requisitos, prevendo um prazo adequações.

O projeto, por fim, proíbe a habilitação de serviços de mamografia e citologia do colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS) que não estejam em conformidade para o atendimento de mulheres com deficiência.

A autora, deputada Ana Paula Lima (PT-SC), argumenta que, apesar da importância desses exames, a cobertura do rastreamento ainda é desigual, seja por falta de equipamentos ou pela baixa adesão da população. “No caso das mulheres com deficiência, essas desigualdades são agravadas pela falta de acessibilidade nos serviços de saúde, ausência de equipamentos adaptados e barreiras comunicacionais, dificultando a realização dos exames de forma segura, confortável e digna”, observa a autora.

Relator na comissão, o deputado Thiago Flores (Republicanos-RO) recomendou a aprovação do projeto sem alterações. “Ainda que todos os postos de atendimento médico do país estejam em condições de realizar os exames de mamografia ou de citologia do colo do útero, o atendimento não será universal se eles não forem aptos a atender as mulheres com deficiência”, diz o relator.

Próximas etapas
A proposta será ainda analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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