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Justiça Eleitoral cassa mandatos em Brasnorte por compra de votos

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A Justiça Eleitoral de Mato Grosso cassou os diplomas de Edelo Marcelo Ferrari (União Brasil), Roseli Borges de Araújo Gonçalves (Partido Socialista Brasileiro – PSB) e Gilmar Celso Gonçalves (União Brasil), resultando em perdas dos mandatos de prefeito, vice-prefeita e de vereador de Brasnorte, respectivamente. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (02.07), na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600268-79.2024.6.11.0056, cumulada com representação especial por captação ilícita de sufrágio, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral, na qual foram reconhecidas graves irregularidades eleitorais, ocorridas no período da campanha eleitoral de 2024. 

 

A decisão também condena os réus Rogério Gonçalves, João Gomes da Silva Júnior, Alexandre Augusto Gonçalves, Junior Augusto Gonçalves e Gilmar Celso Gonçalves à sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes ao pleito de 2024, em razão da participação direta na execução dos atos abusivos. Nos casos de Edelo Marcelo Ferrari e Roseli Borges de Araújo Gonçalves, não foi declarada inelegibilidade por não restar comprovada a participação dolosa ou anuência nas condutas ilícitas apuradas, nos termos da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

 

Ainda na decisão proferida pelo juiz da 56ª Zona Eleitoral, Romeu da Cunha Gomes, foi reconhecida a prática de captação ilícita de sufrágio, nos termos do art. 41-A da Lei nº 9.504/97, em desfavor, exclusivamente, dos réus Rogério Gonçalves e Gilmar Celso Goncalves, com a consequente cassação do diploma deste último e declaração de inelegibilidade de ambos pelo período de oito anos seguintes à eleição de 2024, em decorrência da referida condenação por captação ilícita de sufrágio, nos termos do art. 1º, I, j, da LC nº 64/90. 

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O esquema ilícito apurado nos autos envolveu o aliciamento de eleitores e eleitoras indígenas para transferência de domicílio eleitoral, o custeio de transporte irregular e a entrega de vantagens materiais (dinheiro, combustível e frangos congelados). Em função disso, a Justiça Eleitoral impôs a aplicação da multa prevista no art. 41-A da Lei nº 9.504/97 no patamar máximo legal, fixado em R$ 53.205,00, tanto a Rogério Gonçalves quanto a Gilmar Celso Gonçalves. A decisão ressalta que a reprovabilidade das condutas, o caráter reiterado das ações, o número expressivo de eleitores atingidos (inclusive com impacto concreto no resultado do pleito) e o grau de envolvimento direto dos representados na operacionalização do esquema, “revelam nítido dolo específico e atentado severo à normalidade e à legitimidade do processo eleitoral, circunstâncias que autorizam a sanção em seu grau máximo”. 

 

Após o trânsito em julgado da sentença ou eventual confirmação da cassação por órgão colegiado, o juiz eleitoral declarou nulos os votos atribuídos aos réus eleitos e, consequentemente, os diplomas expedidos. Além disso, determinou a imediata comunicação da decisão à Presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), para as providências cabíveis com relação à convocação de novas eleições no município de Brasnorte para os cargos de prefeito e vice-prefeito.  

 

Também após o trânsito em julgado ou eventual confirmação por órgão colegiado, a decisão prevê a imediata retotalização dos votos obtidos para o cargo de vereador com o consequente recálculo do quociente eleitoral e partidário, comunicando-se em seguida o resultado à Câmara de Vereadores e à Prefeitura de Brasnorte. 

 

Confira aqui a íntegra da decisão. 

 

Jornalista: Nara Assis 

 

#PraTodosVerem: A imagem mostra a fachada do prédio do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), com arquitetura moderna, predominância de cores claras e detalhes em amarelo. Três bandeiras estão hasteadas em frente ao edifício: a do Brasil, a de Mato Grosso e a do próprio TRE-MT. O céu está azul com algumas nuvens, destacando ainda mais a estrutura. 

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Fonte: TRE – MT

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Sérgio Ricardo articula diálogo com municípios por valorização de conselheiros tutelares

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Sérgio Ricardo e Nelson de Lira debateram soluções para o problema. Clique aqui para ampliar

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, vai articular com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) medidas para melhorar as condições de trabalho e a remuneração dos conselheiros tutelares no estado. O compromisso foi assumido nesta quarta-feira (16), durante reunião com o presidente da Associação dos Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares, Nelson de Faria.

Na ocasião, foram apresentadas as principais dificuldades enfrentadas pela categoria, como a ausência de um piso salarial, a precariedade na estrutura física e a falta de apoio administrativo em diversos municípios. De acordo com Sérgio Ricardo, a situação é alarmante porque compromete o funcionamento dos conselhos e pode afetar a adesão de novos candidatos nas próximas eleições, em 2027.

“O Tribunal está comprometido com a proteção da infância e da adolescência, e valorizar os conselheiros tutelares é parte fundamental desse compromisso. Vamos abrir diálogo com os municípios e buscar soluções que garantam estrutura adequada e remuneração justa a esses profissionais, que exercem um papel essencial na defesa dos direitos das nossas crianças”, afirmou o presidente.

Atualmente, Mato Grosso possui 154 conselhos tutelares em funcionamento, totalizando cerca de 780 conselheiros em atuação. De acordo com Nelson, cada município tem autonomia para definir a remuneração dos profissionais, o que resulta em disparidades que vão de um salário-mínimo, como ocorre em Jangada, até mais de R$ 7 mil, pagos em Lucas do Rio Verde.

Desta forma, a agenda conjunta entre o TCE-MT, a AMM e a associação buscará soluções para a padronização mínima dos salários e das estruturas de funcionamento, respeitando a realidade orçamentária de cada município. “Agradecemos ao presidente Sérgio Ricardo, que se comprometeu em nos ajudar a construir um entendimento com os gestores e garantir condições dignas para nossa função”, pontuou Nelson.

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De acordo com ele, como os conselheiros não podem exercer outra atividade remunerada durante o mandato, a valorização da categoria se torna ainda mais urgente. Além disso, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever do município assegurar estrutura adequada para o funcionamento dos conselhos tutelares, o que não tem sido respeitado em todas as gestões.

“Tem município onde o conselho tutelar não tem nem celular para atendimento. Falta computador, impressora, veículo, equipe de apoio. Isso dificulta o trabalho e compromete a proteção de crianças e adolescentes.”

A reunião faz parte de uma série de encontros regionais promovidos pela entidade, que vem fortalecendo os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por meio da atuação em 23 polos no estado.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: [email protected]
Telefone: 3613-7561

Fonte: TCE MT – MT

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TCE-MT lança novos painéis do Radar e amplia controle sobre concessões e investimentos em TI

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Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
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Ferramentas aumentam transparência. Clique aqui para ampliar

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) lançou, nesta semana, dois novos painéis do Radar de Controle Público: o Radar Concessões e o Radar TI. As ferramentas permitem acompanhar contratos de concessões e parcerias público privadas (PPPs), além de investimentos em tecnologia feitos pelo estado e municípios.

Clique aqui para acessar.

Desenvolvidas pela Secretaria Executiva de Tecnologia da Informação (SETI), as novidades se somam a outros 10 painéis temáticos do sistema, garantindo o monitoramento de contratos e gastos em tempo real. Para o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, este controle resulta na melhoria dos serviços na ponta.

“A tecnologia é uma das maiores aliadas do controle externo. Com o Radar, oferecemos à população, aos gestores e aos órgãos de controle dados estratégicos. O Radar Concessões e o Radar TI chegam para ampliar ainda mais essa transparência. Estamos colocando o cidadão no centro da fiscalização”, avalia.

Pelo Radar Concessões é possível acompanhar os detalhes de concessões públicas e parcerias público-privadas firmadas por entes estaduais e municipais. O painel reúne dados sobre contratos vigentes, incluindo valores envolvidos, prazos, status de execução e ente concedente, por exemplo.

O secretário da SETI, Reginaldo Hugo Szezupior dos Santos, explica que o conteúdo também pode ser acessado por áreas de atuação, como saneamento básico, iluminação pública e mobilidade urbana, entre outros. Além disso, ressalta que a dinâmica do portal fortalece a governança sobre ações de alto impacto social.

“Organizamos em um único ambiente, informações que antes estavam fragmentadas em diversos sistemas e documentos. Agora, qualquer cidadão pode acessar os dados das concessões formalizadas, compreender sua situação atual e verificar os compromissos assumidos. É uma iniciativa que aprimora a gestão e incentiva o controle social”, afirma.

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Já o Radar TI traz uma visão consolidada dos investimentos no setor, permitindo identificar as quantias destinadas e padrões de comportamento orçamentário e contratual.

Segundo o subsecretário de Sistemas do TCE-MT, Rodrigo Matos Medeiros, o Radar TI oferece um diagnóstico da capacidade tecnológica dos jurisdicionados, subsidia tanto a atuação orientativa quanto a fiscalizatória, estimulando a administração pública a adotar boas práticas nesta área.

“Isso contribui não apenas para o aprimoramento do controle, mas também para o planejamento institucional, a definição de prioridades e a elevação do patamar digital dos serviços prestados à sociedade. É uma ferramenta estratégica, pensada para apoiar o gestor moderno na tomada de decisões mais eficazes e fundamentadas”, pontua.

Expansão constante

O portal Radar reúne dados oficiais, declarados em sistemas governamentais, prestações de contas e fontes públicas, como o sistema Auditoria Pública Informatizada de Contas (APLIC) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados estão distribuídos em painéis como Educação, Obras, Compras Públicas e Saúde, entre outros.

Em constante expansão, o sistema já havia sido atualizado em 2025 com outros dois painéis temáticos: o Meio Ambiente e o Previdência. Só neste ano, a plataforma já contabilizou mais de 775 mil visualizações, com 47 mil usuários ativos e 1.671 interações com o conteúdo.

Desde seu lançamento, a plataforma é reconhecida por instituições de todo o país como referência em transparência e controle. Graças aos resultados alcançados, ela também se tornou um dos produtos do Tribunal certificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com o selo ISO 9001.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: [email protected]
Telefone: 3613-7561

Fonte: TCE MT – MT

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