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AGRONEGÓCIOS

Governo Federal lança Plano Safra 2025/2026

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O Governo Federal lançou o Plano Safra 2025/2026, que oferece crédito rural a juros mais baixos. Nesta última segunda-feira (30/06) foi lançado o plano da agricultura familiar, que prevê investimentos de R$ 89 bilhões, incluindo a pesca artesanal e o pequeno aquicultor. Na terça (01/07), foi a vez do agronegócio, que contará com R$ 516 bilhões em recursos públicos, um aumento de R$ 8 bilhões em relação ao plano anterior. 

O evento, que aconteceu no Palácio do Planalto, contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e, do MPA, do ministro André de Paula e do secretário-executivo, Edipo Araujo – além de outros ministros e representantes do setor. 

No lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, o presidente Lula ressaltou que o documento deste ano é fruto das reinvindicações dos produtores, que adquiriram a consciência política necessária para lutar por seus interesses.  

“Esse plano, anunciado agora pelo ministro Paulo Teixeira, é o resultado daquilo que vocês adquiriram de consciência nesse período. Todos vocês aprenderam como é lidar com um governo democrático e como é lidar com um governo não democrático. Vocês só voltaram a entrar nesse Palácio do Planalto para discutir as reinvindicações de vocês quando eu voltei à Presidência da República”, completou. 

Edipo Araujo falou sobre a importância do Plano Safra para a pesca e aquicultura. Para ele, “o Plano Safra representa muito mais do que a liberação de crédito. Ele é um instrumento fundamental de inclusão produtiva, de fortalecimento da nossa soberania alimentar e de valorização dos trabalhadores e trabalhadoras que garantem proteína de qualidade à mesa dos brasileiros”. 

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Pesca e Aquicultura no Plano Safra 

O Plano tem sido um instrumento relevante para a aplicação das políticas públicas para os setores pesqueiro e aquícola nos últimos anos. Só na safra 2024/2025, foram liberados mais de R$ 1,1 bilhão para investimentos na aquicultura e mais de R$ 378 milhões para a pesca. Além disso, os recursos liberados beneficiaram muitos produtores no último Plano Safra. Foram 6.712 contratos para aquicultores e 18.673 contratos para pescadores. 

Para Edipo, “ao assegurar condições diferenciadas de financiamento para pescadores, aquicultores e suas organizações, o Plano Safra contribui diretamente para a dinamização da economia local, a geração de renda e a ampliação da capacidade produtiva dos nossos sistemas aquícolas e pesqueiros”. 

O secretário-executivo também destacou a relevância do plano para a atuação do MPA. “É por meio desse tipo de política que reconhecemos o papel estratégico da pesca e da aquicultura na agenda do desenvolvimento sustentável e da segurança alimentar. Reforçar o acesso ao crédito rural é garantir que mais produtores tenham meios para investir, inovar e produzir com dignidade. No Ministério, seguimos trabalhando para que cada vez mais pescadores e aquicultores acessem essas oportunidades e tenham suas demandas reconhecidas nas políticas públicas estruturantes”, concluiu. 

Ministro André de Paula esteve presente na cerimônia de lançamento do Plano Safra
Ministro André de Paula esteve presente na cerimônia de lançamento do Plano Safra

Força para o Brasil crescer 

O Plano Safra deste ano tem como lema “Força para o Brasil crescer”, destacando o caráter de incentivo para o setor agrícola em geral. O foco para a safra 2025/2026 é a ampliação do crédito para iniciativas sustentáveis. Nesse caso, os produtores contarão com juros reduzidos e crédito adicional para reflorestamento e preservação do solo. 

Para a agricultura familiar, a maior parte dos recursos (R$ 78,2 bilhões) será usada para o financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Já para o Agronegócio, houve a inclusão de novas modalidades de crédito, como no caso de sementes e mudas florestais e culturas de cobertura.

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Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

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AGRONEGÓCIOS

Exportações impulsionam mercado, mas consumo segue fraco

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O mercado de arroz no Brasil começa a dar sinais de recuperação, após um período de forte pressão sobre os preços e baixa liquidez. O movimento, embora ainda tímido, vem sendo sustentado principalmente pelo crescimento das exportações, que têm garantido algum alívio para os estoques internos e renovado a expectativa de retomada do setor.

No Rio Grande do Sul, principal polo produtor do país, as cotações mostram leve valorização nas últimas semanas. Negociações pontuais para arroz em casca com bom rendimento industrial (acima de 58% de grãos inteiros) têm ocorrido na faixa de R$ 67 a R$ 68 por saca de 50 quilos (FOB) na Fronteira Oeste. Já na região portuária, os preços CIF oscilam entre R$ 72 e R$ 73, refletindo o interesse de compradores internacionais.

O bom desempenho das exportações em julho — com estimativa de embarques próximos de 200 mil toneladas (base casca) — tem sido decisivo para o fôlego do setor. Com o consumo interno ainda retraído, a saída por meio do canal externo tornou-se fundamental para aliviar a pressão de oferta e gerar sustentação aos preços. Lideranças do setor propõem, inclusive, o redirecionamento de parte dos estoques excedentes — cerca de 10% — para o mercado externo como forma de recompor o equilíbrio.

Apesar desse avanço, o mercado interno segue moroso. As indústrias continuam operando com cautela, comprando volumes reduzidos, geralmente em lotes de mil sacas. A fraca demanda doméstica, combinada ao alto volume disponível no mercado, mantém travada a comercialização da safra e limita o espaço para novas altas nas cotações.

A média estadual da saca no Rio Grande do Sul, para arroz com rendimento entre 58% e 62%, ficou em R$ 67,45 na quinta-feira (17), com pagamento à vista. Isso representa um avanço de 0,39% em relação à semana anterior e de 2,05% frente ao mesmo período do mês passado. No entanto, a comparação com o início do ano ainda é desfavorável, com retração acumulada de 41,88%.

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A sinalização de melhora traz algum alento, mas a consolidação dessa tendência dependerá de estratégias coordenadas entre os elos da cadeia produtiva e políticas que estimulem a fluidez do mercado. O cenário ainda é desafiador, e o equilíbrio entre oferta, demanda e rentabilidade para o produtor permanece como principal meta para os próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Decisão sobre IOF pressiona crédito e eleva custos para o agronegócio

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A decisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou parcialmente válida a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por meio de decreto presidencial, trouxe apreensão ao agronegócio.

A medida, embora ainda pendente de confirmação pelo Plenário da Corte, já acende um alerta entre cooperativas, fornecedores de insumos e produtores rurais, que veem no aumento do tributo mais um fator de pressão sobre o financiamento da atividade.

A mudança ocorre em um contexto de crédito apertado: juros elevados, recuo de subsídios em algumas linhas e aumento da inadimplência em diversos segmentos do agronegócio.

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), o impacto da mudança na cobrança do IOF é direto sobre o custo de operação das cooperativas e das agroindústrias que atuam fora do crédito rural tradicional.

“Embora as linhas com recursos dos fundos constitucionais estejam preservadas, boa parte do financiamento no campo ocorre por meio de outras fontes, inclusive operações privadas. Ao tributar essas movimentações, o decreto torna o crédito mais caro e pode comprometer a viabilidade econômica de pequenos e médios produtores que dependem dessas estruturas”, avalia Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA).

Na opinião de Rezende, a nova alíquota de 0,38% parece pequena em números absolutos, mas representa um efeito acumulativo importante, sobretudo em operações de valor elevado ou com ciclos de capital mais longos.

“Não se trata apenas de um ajuste técnico, mas de um sinal de aumento da complexidade e do custo regulatório. Quando o setor busca diversificar fontes de financiamento, como FIDCs, LCAs e plataformas privadas, um encargo adicional como esse desestimula investidores e eleva o risco da operação”, afirma.

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Rezende também aponta que a decisão chega em um momento delicado para o agro, com margens pressionadas e ambiente financeiro restritivo. “Estamos diante de uma combinação adversa: juros altos, redução de subsídios e, agora, aumento de tributação. Isso obriga o produtor a rever o planejamento financeiro e impacta a tomada de decisão sobre investimentos. O ideal seria um debate mais amplo e transparente, envolvendo todos os agentes do setor, antes da adoção de medidas com potencial tão sensível”, comenta Isan.

Essa alteração não afeta de forma homogênea todos os agentes do setor. Cooperativas agropecuárias, por exemplo, deixam de ter isenção automática e só mantêm o benefício se movimentarem até R$ 100 milhões em operações de crédito no ano anterior.

Na prática, isso significa aumento do custo médio das operações para grande parte das cooperativas de produção. O reflexo direto deve ser sentido no repasse desses custos ao produtor rural, seja via preços de insumos, seja na remuneração por produtos entregues.

Fornecedores de fertilizantes, sementes, defensivos e máquinas também serão afetados. Com a elevação do IOF para pessoas jurídicas, parte desse custo adicional deve ser embutida nos preços finais. O cenário, portanto, tende a agravar o já estreito espaço de margem de muitos produtores, especialmente os que dependem de capital de giro fora das linhas oficiais.

Do ponto de vista das instituições financeiras, a incidência de IOF afeta principalmente as operações bancárias tradicionais e alguns produtos de crédito estruturado. O mercado de capitais, por sua vez, não escapa totalmente: os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que vêm ganhando espaço no financiamento do agro, devem ser impactados nas aplicações feitas por investidores finais. Isso reduz a atratividade desses papéis e pode encarecer o custo de captação para quem origina os empréstimos.

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Organizações representativas do setor agropecuário alertam que a decisão ameaça a competitividade de instrumentos importantes para o financiamento rural, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Esses títulos vinham sendo utilizados para ampliar o volume de recursos disponíveis ao campo, com condições atrativas por conta da isenção fiscal. A aplicação do IOF sobre esses papéis pode afastar investidores e comprometer o fluxo de capital que sustenta grande parte da produção nacional.

Mesmo que o impacto não seja homogêneo, a avaliação predominante entre analistas do setor é que o ambiente de crédito se torna mais desafiador. Com a taxa básica de juros ainda elevada, menor espaço para subsídios oficiais e pressão de custos, o produtor rural terá de reavaliar estratégias financeiras, renegociar dívidas e redobrar o cuidado com o planejamento da próxima safra.

O julgamento no STF ainda não está encerrado. A decisão monocrática que validou parcialmente o decreto será levada ao Plenário, onde pode ser confirmada, modificada ou revertida. Enquanto isso, a insegurança jurídica e a instabilidade regulatória seguem como fatores que dificultam o ambiente de negócios no campo.

Fonte: Pensar Agro

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