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BRASIL

Brasil ratifica Protocolo da OIT e reforça combate ao trabalho forçado

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O Senado Federal aprovou, na terça-feira (1º/07), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 323/2023), que ratifica o Protocolo de 2014 à Convenção nº 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o Trabalho Forçado. A matéria, já aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados, segue agora para promulgação.

Com a ratificação, o Brasil oficializa sua adesão a um dos principais instrumentos internacionais de enfrentamento às formas modernas de trabalho forçado, como o tráfico de pessoas, a servidão por dívida e outras formas de exploração.

“O Ministério do Trabalho e Emprego participou ativamente do processo de adesão e considera essa medida estratégica para o fortalecimento das políticas públicas voltadas à erradicação do trabalho análogo à escravidão”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

“O Protocolo fortalece as obrigações dos Estados no que se refere à prevenção, à proteção das vítimas e à responsabilização dos autores de trabalho forçado. Está plenamente alinhado às ações que o Ministério do Trabalho e Emprego já desenvolve em articulação com a Inspeção do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e outras instituições”, destacou o ministro Luiz Marinho.

Segundo ele, ao ratificar esse instrumento internacional, o Brasil reafirma seu compromisso com os direitos fundamentais no trabalho e com a eliminação das formas contemporâneas de escravidão.

O Protocolo também incorpora a perspectiva de gênero, ao reconhecer a maior vulnerabilidade de mulheres e meninas, e estabelece medidas específicas de proteção a crianças. Para o ministro Luiz Marinho, essa abordagem está alinhada às diretrizes da política pública brasileira. “O Protocolo reconhece que a vulnerabilidade tem cor, gênero e idade. Está em sintonia com os instrumentos que temos utilizado tanto na fiscalização quanto nos programas de proteção aos trabalhadores”, afirmou.

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O diretor do Escritório da OIT no Brasil, Vinícius Pinheiro, também ressaltou a relevância da decisão do Congresso Nacional. “A aprovação reafirma o compromisso do Brasil no enfrentamento da exploração do trabalho. Parabenizamos o país por esse avanço inequívoco na promoção do trabalho decente e da justiça social para todas as pessoas”, declarou.

Antecedentes – Adotado em 2014, durante a 103ª Conferência Internacional do Trabalho, e em vigor desde 2016, o Protocolo atualiza os dispositivos da Convenção nº 29 da OIT, de 1930, adequando-os aos desafios contemporâneos do combate ao trabalho forçado. “Trata-se de um instrumento juridicamente vinculante, que impõe obrigações claras aos países que o ratificam, incluindo ações de prevenção, proteção às vítimas, reparação e cooperação internacional”, explica Maíra Lacerda, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MTE.

Com a ratificação, o Brasil passa a integrar o grupo de 62 países que assumiram formalmente o compromisso de implementar o Protocolo e se submeter ao sistema de supervisão da OIT.

O processo de adesão foi iniciado em 1º de maio de 2023, com o envio da proposta ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Relator do PDL no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) destacou que, embora o Brasil já conte com uma legislação mais abrangente do que a prevista no texto internacional, a ratificação reforça e amplia a atuação do país no enfrentamento ao trabalho forçado. “Temos que continuar avançando. O Protocolo é mais um passo fundamental no combate a uma chaga que ainda persiste em pleno século 21”, afirmou.

De acordo com dados mais recentes da OIT, da organização Walk Free e da Organização Internacional para as Migrações, cerca de 28 milhões de pessoas viviam em condições de trabalho forçado no mundo, em 2021. No Brasil, em 2023, 3.240 trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão, segundo o Radar da Inspeção do Trabalho (Radar SIT), mantido pelo MTE.

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Principais diretrizes do Protocolo de 2014

O Protocolo estabelece que os países-membros da OIT devem:

  • Adotar medidas eficazes para prevenir e eliminar o trabalho forçado;

  • Proteger as vítimas e garantir seu acesso à justiça e à reparação, inclusive compensações;

  • Aplicar sanções aos responsáveis;

  • Desenvolver políticas nacionais com consulta a organizações de empregadores e de trabalhadores;

  • Combater práticas abusivas no recrutamento, especialmente de migrantes;

  • Promover campanhas educativas e ações de devida diligência nos setores público e privado;

  • Assegurar que vítimas não sejam punidas por atos cometidos sob coerção;

  • Fortalecer a cooperação internacional na erradicação do trabalho forçado.

Aescom Ministério do Trabalho e Emprego com Agência Senado e OIT Brasil

 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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Montadoras credenciam cinco modelos em diferentes versões para IPI Zero

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General Motors, Renault, Volkswagem, Hyundai e Stellants enviaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira (11/7) pedido de credenciamento de cinco modelos de veículos de entrada no programa Carro Sustentável – que garante IPI Zero para automóveis mais econômicos, sustentáveis e com fabricação no Brasil.

O programa, lançado na quinta-feira (10) pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, institui redução de IPI para carros menos poluentes, enquanto os que mais poluem terão alíquotas maiores, promovendo justiça social e ambiental sem nenhum impacto fiscal.

“Ele estimula a cadeia automotiva a ser cada vez mais inovadora e sustentável, ao mesmo tempo em que gera empregos e facilita o acesso da população a carros novos, menos poluentes, mais seguros e mais econômicos”, disse Alckmin, no lançamento.

Para se enquadrar na versão Carro Sustentável, os veículos devem atender a quatro critérios: níveis de emissão de CO₂; conter mais de 80% de materiais recicláveis; ser fabricado no Brasil (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país); e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto.

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Veja abaixo os modelos e versões incluídos pelas montadoras no programa de IPI Zero:

MONTADORA

MARCA/MODELO/VERSÃO

GENERAL MOTORS

CHEV/ONIX PLUS 10TMT

GENERAL MOTORS

CHEV/ONIX PLUS 10MT NB

GENERAL MOTORS

CHEV/ONIX 10TMT HB

GENERAL MOTORS

CHEV/ONIX 10MT HB 100

GENERAL MOTORS

CHEV/ONIX 10MT HB

RENAULT

RENAULT/KWID INTENS 2

RENAULT

RENAULT/KWID ICONIC 2

RENAULT

RENAULT KWID INT BTON

RENAULT

RENAULT KWID OUTSID 2

RENAULT

RENAULT KWID ZEN 2

VOLKSWAGEN

VW/POLO TRACK MA

VOLKSWAGEN

VW/POLO TRACK MA RB

VOLKSWAGEN

VW/POLO MB

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20 10M SENSE

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20 10M COMFORT

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20 10M LIMITED

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20 10M PLATINU

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20 10M SE

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20S 10M COMFOR

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20S 10M LIMITE

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20S 10M PLATIN

HYUNDAI

HYUNDAI/HB20S 10M SE

STELLANTIS

FIAT/MOBI LIKE

STELLANTIS

FIAT/MOBI TREKKING 1.0MT

STELLANTIS

FIAT/ARGO DRIVE 1.0

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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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BRASIL

Luiz Marinho participa de lançamento do projeto Vale do Hidrogênio, em Ilha Solteira

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, esteve nesta sexta-feira (11), em Ilha Solteira para participar do lançamento do projeto Vale do Hidrogênio da Ilha Solteira e da Rota do Hidrogênio, uma iniciativa que busca explorar o potencial do hidrogênio como fonte de energia limpa, metanol biogênico e metanol de baixo carbono como vetor de desenvolvimento econômico, ambiental e social. Pela manhã, ele visitou a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, uma das principais do País.

Para o ministro, o debate sobre o hidrogênio de baixo carbono é estratégico para o estado de São Paulo e para o Brasil, não apenas pelo potencial tecnológico e energético, mas também pelo impacto positivo sobre o setor produtivo. “É fundamental que esses grandes hubs de hidrogênio verde estejam conectados com a indústria nacional. Nós podemos colaborar com o mundo com uma transição ecológica e energética que crie condições desse país se desenvolver. Queremos uma transição justa, que signifique desenvolvimento social e inclusão”, disse.

Segundo Luiz Marinho, a transição energética é um dos maiores desafios globais da atualidade, mas também uma oportunidade para o Brasil aliar crescimento econômico, justiça social e sustentabilidade. “O governo tem como prioridade a retomada do desenvolvimento sustentável, com geração de empregos de qualidade e redução das desigualdades. Nesse sentido, o hidrogênio verde é uma peça-chave para impulsionar a neoindustrialização verde, aliando inovação tecnológica à proteção ambiental e à inclusão produtiva”, avaliou o ministro.

Ele ressaltou que Brasil possui condições privilegiadas para liderar a transição energética em escala global, graças à sua matriz energética limpa e ao parque industrial diversificado, destacando o papel do país nas presidências do BRICS e do G20, quando defendeu a transição justa e a cooperação multilateral entre as nações.

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A realização da COP30, que ocorrerá em Belém, também foi lembrada por Marinho como um marco importante para o país: “Será uma oportunidade histórica para o Brasil mostrar ao mundo seu compromisso com o clima e pressionar por metas mais ambiciosas nas NDCs, garantindo que os acordos globais se traduzam em ações concretas e financiamento adequado”, afirmou

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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