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TECNOLOGIA

Brasil e China anunciam desenvolvimento conjunto do satélite CBERS-5

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Em um marco histórico para a cooperação espacial bilateral, Brasil e China anunciaram ontem (5/7), durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, a conclusão das negociações para o desenvolvimento conjunto do satélite CBERS-5. Este novo satélite representa um avanço significativo no programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS), marcando a primeira incursão da parceria em satélites geoestacionários. A assinatura do acordo aconteceu durante encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o primeiro-ministro da China, Li Qiang.

“Esse será o primeiro satélite geoestacionário desenvolvido pelo Brasil, que entrará em um grupo seleto de menos de 10 países desenvolvedores dessa tecnologia, e representa um enorme salto tecnológico na parceria CBERS”, comemorou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que acompanhou a reunião.

Posicionado sobre o território brasileiro, o CBERS-5 será um satélite meteorológico e ambiental. Diferente de seus antecessores, que eram satélites de órbita baixa para observação da Terra, o CBERS-5 trará uma capacidade sem precedentes para o Brasil. Com ele, o país alcançará a soberania de dados espaciais nas áreas meteorológica e ambiental, garantindo maior precisão na previsão do tempo e do clima.

Os benefícios para o Brasil são claros e abrangentes, impactando diretamente setores vitais como geração de energia, agronegócio, urbanização e resiliência das cidades. Além disso, o país estará mais bem preparado para identificar e responder a desastres naturais extremos, como secas e tempestades, eventos cada vez mais frequentes com o avanço das mudanças climáticas e o aquecimento global.

“Estamos vendo que parceiros tradicionais estão, cada vez mais, reduzindo investimentos nas tecnologias climática por uma questão ideológica. O CBERS-5 busca suprir os dados espaciais ambientais do continente, cujo fornecimento pode ser interrompido no futuro próximo”, destacou a ministra.

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A China também colherá grandes frutos com o CBERS-5. O acesso a dados do Hemisfério Ocidental permitirá avanços qualitativos em sua modelagem climática, fortalecendo suas capacidades de previsão e pesquisa.

Pela primeira vez, a parceria estipula formalmente a transferência de tecnologia e conhecimento como uma ferramenta para o desenvolvimento conjunto. Essa abordagem reforça o compromisso mútuo com o aprendizado e o crescimento tecnológico. Adicionalmente, os dados do CBERS-5 serão distribuídos gratuitamente para países da América Latina e do Caribe, sublinhando o caráter colaborativo e de compartilhamento de conhecimento do projeto.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

Inovação em Saúde: desafios e caminhos para a reindustrialização brasileira

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Qual é o papel da Nova Indústria Brasil (NIB) na reindustrialização nacional, principalmente no setor da saúde? Para responder a essa pergunta, um painel realizado durante a 77ª Reunião Anual da SBP, reuniu pesquisadores da área, como Reinaldo Guimarães (UFRJ), Julia Paranhos (UFRJ) e Verena Hitner Barros (MCTI).

Reinaldo Guimarães apresentou uma linha do tempo de ações importantes do Estado brasileiro no enfrentamento da desindustrialização na saúde: “1994, com a Primeira Conferência Nacional de CT&I em Saúde; 2003, com a criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos; 2004, com a 2ª Conferência Nacional de CT&I em Saúde; 2008 a 2016, quando foi instituída a Política de Desenvolvimento Produtivo na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde/MS; 2017 a 2022, com a extinção da instância gerencial da política; 2024, com a Política Industrial em Saúde (NIB).”

A fala de Julia Paranhos corrobora essa linha do tempo. “Temos m um aumento a partir de 2007. A indústria farmacêutica puxa a indústria de transformação na sua produção física anual. Ela está entre os segmentos que estão crescendo, que estão ampliando a sua capacidade produtiva”, afirmou.

Por que queremos indústria?

Verena Hitner, diretora do Departamento de Governança e Indicadores de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, questionou o posicionamento da indústria no país.

“A gente não quer indústria porque indústria é uma coisa legal. A gente quer indústria porque construir uma indústria no país significa aumentar a complexidade da economia, melhorar a nossa maneira de nos inserir no cenário internacional, garantir que a nossa soberania seja de fato respeitada e, também, promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, declarou Verena.

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A proposta da Nova Indústria Brasil é, enfim, a de produzir mais no Brasil — sejam medicamentos, vacinas, equipamentos médicos ou tecnologias de ponta — gerando empregos qualificados, dinamizando a economia e garantindo soberania sanitária. Com isso, a política industrial se alinha ao bem-estar da população e à construção de um país menos vulnerável a crises globais, como evidenciado durante a pandemia.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

Bate-papo lúdico sobre Oceanos e Comunicação Criativa agita o Espaço Pop Ciência

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O espaço POP Ciência, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), localizado na 77ª Reunião da SBPC, que acontece no Recife, recebeu na manhã desta sexta-feira, 18, um bate-papo diferente. O tema “Oceanos e Comunicação Criativa” foi apresentado de uma forma lúdica para as crianças e visitantes presentes no local. Criador da página Tubaratinado nas redes sociais, o professor David Bahr, fantasiado com o personagem Chico Tubarão, trouxe para o evento uma reflexão sobre a conscientização dos oceanos, do meio ambiente e de como a comunicação pode ser feita de forma inovadora para levar uma mensagem assertiva ao público-alvo. Já a professora da UFRPE, Flávia Lucena Frédou, falou sobre o projeto Terra Mar.

De acordo com Flávia Frédou, o Terra Mar é um mergulho que aborda o percurso do litoral aos oceanos unindo ciência, arte, cultura e ética. “Essa é uma união do Brasil com a França em busca de conscientizar as pessoas sobre a vida marinha, sobre a preservação do meio ambiente, dos rios e mares”, disse.

Após desfilar pelo espaço da ExpoT&EC chamando a atenção dos presentes, Chico Tubaratinado posou para fotos e vídeos com os visitantes da feira. O personagem chamou a atenção pela fama mundial da capital pernambucana, conhecida por ser a cidade dos tubarões.

O professor David explicou que as pessoas não conhecem as regras para um banho seguro no Recife e colocam o animal como vilão, e no caso, o tubarão acaba sendo a principal vítima.

“Não há cuidado com o meio ambiente. Essa é uma pauta impopular, batendo sempre na tecla do desenvolvimento. Ou você desenvolve e destrói ou você não desenvolve. Os mais atingidos são as pessoas que moram nas periferias da nossa cidade, que tomam banho nessas áreas de risco. Tudo que acontece é consequência da falta de cuidado das pessoas com os rios e mares. O lixo descartado incorretamente atrai os tubarões. Eles são os urubus do mar, tudo que é despejado chama a atenção deles. Eles são as principais vítimas”, explicou o professor.

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Bahr pontuou que o poder público também precisa estar atento e fazer uma comunicação necessária e criativa para chegar mais perto das pessoas.

“Comunicação é o segredo e chave para tudo. Fala-se muito em medidas drásticas, a exemplo do uso de redes, mas isso também prejudica muito o meio ambiente. Fazemos essa comunicação mais humorística, com paródias na página Tubaratinado, entrando no mundo dos jovens que consomem as redes sociais”, enfatizou.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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