TECNOLOGIA
“Os oceanos têm papel fundamental em mitigar a mudança do clima e pagam um preço muito caro”, avalia pesquisadora
Publicado
9 de junho de 2025
Os oceanos, que cobrem 71% da superfície da Terra e contêm cerca de 97% da água do planeta, têm papel fundamental no combate à mudança do clima. Desde 1970, vêm absorvendo mais de 90% do excesso de calor do sistema climático e até 30% dos gases de efeito estufa da atmosfera, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
“Os oceanos têm um papel fundamental em mitigar as mudanças climáticas e pagam um preço muito caro por fazer essa mitigação para nós, tanto de absorção do calor quanto de absorção do CO2 das nossas emissões”, explica a professora de oceanografia física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues.
O impacto é visível: em 2024, o aquecimento oceânico atingiu o maior nível em 65 anos, contribuindo para a elevação média do nível do mar em 4,7 mm por ano entre 2015 e 2024. Isso ameaça ecossistemas e infraestruturas costeiras. No Brasil, mais da metade da população, o que representa 111 milhões de pessoas, vive a até 150 km do litoral.
Recém-chegada do Congresso Científico Um Oceano (OOSC), na França, que precede e fornece subsídios para a Terceira Conferência da ONU para Oceano (UNOC3), onde apresentou o estudo sobre eventos extremos compostos no Atlântico Sul e Equatorial, Rodrigues defende que o oceano deve ser reconhecido como fonte de soluções climáticas. A Terceira Conferência da ONU para o Oceano, que começa nesta segunda-feira (9), busca identificar e implementar soluções para desafios como aquecimento global, poluição, sobrepesca e perda de biodiversidade.
Leia a entrevista na íntegra:
Projeto Ciência&Clima: Dados da Organização Meteorológica Mundial apontam o aumento da temperatura do oceano em decorrência do aquecimento global e, principalmente, que esse processo deve continuar, mesmo com a redução de emissões. Mas por que isso acontece?
Regina Rodrigues: Os oceanos absorvem 90% do excesso de calor aprisionado no sistema terrestre devido às mudanças climáticas. Esse calor acumulado gera eventos extremos de temperatura, conhecidos como ondas de calor marinhas, que têm se tornado mais frequentes e intensos, especialmente no Atlântico Sul
Quando o oceano se aquece há uma expansão térmica. O oceano expande para cima, porque não pode expandir para as laterais e para o fundo, gerando aumento do nível do mar. Águas mais quentes ajudam a derreter as calotas polares e o gelo marinho, o que também contribui para o aumento do nível do mar. O oceano mais quente provoca essa reação em cadeia.
O calor também diminui a solubilidade dos gases na água, como o oxigênio disponível para os organismos marinhos, e afeta a disponibilidade de nutrientes para as microalgas marinhas, base da cadeia alimentar oceânica. Isso tem impactos no ecossistema, principalmente na região tropical e subtropical, onde há uma diminuição da concentração dessas microalgas marinhas.
Um outro impacto importante é a acidificação dos oceanos. O oceano absorve em torno de 30% do dióxido de carbono (CO2), o que baixa o pH da água, fazendo com que fique mais ácida.
A combinação de todos esses fatores, aumento da temperatura, acidificação, menor oxigênio e redução de alimento, têm um efeito muito negativo nos ecossistemas marinhos.
O aquecimento dos oceanos também tem impacto na vida em áreas continental. O calor acumulado aumenta a evaporação da água do oceano para a atmosfera. O fluxo de umidade maior favorece eventos extremos maiores, especialmente na região costeira do Brasil.
Projeto Ciência&Clima: Na sua avaliação, qual o tópico mais relevante atualmente em relação à agenda de oceano e por quê?
Regina Rodrigues: Estamos em uma crise nos oceanos por causa de três fatores. Primeiro, as mudanças climáticas, que estão relacionadas com o aquecimento da temperatura da água do mar. Mesmo que as emissões sejam zeradas hoje, tem muito calor armazenado nos oceanos, o que ainda vai levar a um aumento da temperatura, da desoxigenação e todos os outros efeitos.
Segundo, a poluição também é crítica. Não só a por plástico, mas a poluição química e inclusive orgânica, como esgoto. Terceiro é a perda de biodiversidade, que está entrelaçada com os outros dois temas, mas também está relacionada com atividade direta de sobrepesca e sobre-exploração dos recursos marinhos. É difícil pontuar qual é o pior.
Diante disso, a principal ação é cortar as emissões de gases de efeito estufa e, enquanto isso não ocorre ou até termos o resultado que queremos, nós precisamos conservar, nós precisamos limpar os oceanos, ter áreas de conservação maiores.
Tem o programa da ONU ‘30×30’ [Compromisso internacional para proteger 30% do planeta até 2030, incluindo áreas terrestres e marítimas], que é fazer 30% das áreas oceânicas na zona econômica exclusiva em áreas preservadas, para conservação. Isso é importante porque uma reserva marinha não permite nenhuma outra atividade, como sobrepesca. Com isso, você dá uma chance para os ecossistemas reagirem em relação ao aumento da temperatura. Se houver o corte das emissões, no longo prazo a temperatura dos oceanos vai voltar ao normal. Mas ainda vamos ver um aquecimento maior. Enquanto isso, temos que diminuir as pressões de poluição, de sobrepesca e de exploração desenfreada dos recursos marinhos, porque isso dá um tempo para que as espécies consigam sobreviver.
Projeto Ciência&Clima: Um artigo seu publicado na Nature em abril deste ano abordou os impactos das ondas de calor marinhas no Atlântico Sul e destaca que, desde 2016, eventos compostos extremos tem se repetido. Quais os principais impactos desses eventos para o Brasil?
Regina Rodrigues: Os impactos desses eventos triplos que identificamos e avaliamos para o Atlântico Sul e, principalmente ao longo da costa do Brasil, são muito negativos para os ecossistemas marinhos. Observamos as ondas de calor marinhas junto com efeitos de eventos extremos de acidificação e de baixa produtividade primária, que é a concentração de algas microscópicas marinhas no oceano, base da cadeia alimentar. Observamos que está tendo um aumento da frequência da intensidade das ondas de calor combinadas com eventos extremos de acidificação.
Outros estudos já haviam mostrado que os ecossistemas podem se recompor de eventos extremos combinados se houver disponibilidade de comida. Por isso, olhamos a terceira componente, que é a baixa produtividade [no Atlântico Sul]. Se ocorrer a acidificação, com onda de calor, com baixa alimentação ou quantidade de alimentos, não há resposta de recuperação porque não tem alimento disponível.
Observamos que houve um aumento bastante assustador desde 2016 [desses eventos extremos combinados]. Verificamos isso mais detalhadamente em seis regiões ao longo do Atlântico Sul, sendo três na costa brasileira. Em todos os meses aconteceu uma grande quantidade de eventos extremos combinados. Isso põe em xeque a capacidade dos ecossistemas marinhos se recuperarem.
Dados do litoral da África mostram que já teve um colapso da pesca. No Brasil, acho que ainda não ocorreu ou esses dados não foram coletados, ou pelo menos não são do meu conhecimento.
Eventos extremos é a parte só de ondas de calor que tem um impacto em eventos extremos, vamos dizer assim, é sobre a Terra Continental. E isso realmente também tem aumentado bastante. E a gente vê que que esse fluxo de umidade pode alimentar eventos extremos também de chuva sobre a região, a zona costeira do Brasil.
Projeto Ciência&Clima: Qual a expectativa de resultados sobre a Terceira Conferência do Oceano?
Regina Rodrigues: A conferência cresceu bastante. Nessa terceira edição, houve a participação de vários chefes de estados na abertura. Está chamando mais a atenção do alto nível, da política mundial. É uma mensagem sobre a importância que o oceano tem nessa configuração das mudanças climáticas, o que nem sempre foi admitido. Sempre houve muito enfoque para os eventos extremos e nos impactos sobre a Terra. Mas os oceanos têm um papel fundamental em mitigar as mudanças climáticas e pagam um preço muito caro por fazer essa mitigação para nós, tanto de absorção do calor quanto de absorção do CO2 das nossas emissões. E isso realimenta os extremos que acontecem na Terra. Cada vez fica mais claro a importância dos oceanos, não só como impactado pela problemática, mas também ser incluído para as soluções que a gente espera.
A minha expectativa é boa porque estamos avançando. O Brasil, na liderança do G20 no ano passado, puxou essa agenda e ajudou a elevar os oceanos na pauta das mudanças climáticas. Eu espero que essa conferência ajude a agenda dos oceanos na COP 30, que o Brasil está presidindo.
Projeto Ciência & Clima
O projeto de cooperação técnica internacional Ciência&Clima elabora as Comunicações Nacionais e os Relatórios Bienais de Transparência do Brasil à Convenção do Clima. A iniciativa é executada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O projeto também difunde informações relevantes com objetivo de promover a conscientização sobre os impactos da mudança do clima no Brasil.


TECNOLOGIA
Governo Federal testa novo sistema da Defesa Civil em 36 cidades do Nordeste
Publicado
14 de junho de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participaram, neste sábado, 14 de junho, da ativação do sistema Defesa Civil Alerta (DCA) para os estados do Nordeste, direto do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), em Brasília (DF).Por volta das 14 horas, foi enviada uma mensagem emergencial a telefones celulares de moradores de 36 municípios nordestinos.
A ação marcou uma nova etapa da estratégia do Governo Federal para fortalecer a prevenção de desastres e salvar vidas. No mesmo horário, técnicos da Defesa Civil Nacional estiveram nas nove capitais da região para acompanhar a demonstração do sistema.
“Foi uma tarefa muito grande chegar até aqui. Perdemos muitas vidas. Eu acho que agora a gente pode, com isso aqui, evitar os desastres. Quanto mais vidas a gente salvar, mais importante”, destacou o presidente sobre o Defesa Civil Alerta.
Lula também reforçou a importância dos investimentos na qualificação profissional para o enfrentamento de desastres. “É muito importante a gente formar uma Defesa Civil profissional nesse país, em todas as cidades, e todo prefeito adquirir a consciência que, mais dia ou menos dia, ele vai precisar da Defesa Civil. Então é preciso ter um quadro de pessoas preparadas no município para eventuais problemas”, afirmou.
“Muita gente acha que o Brasil é despreparado, que o Brasil não sabe fazer as coisas. E eu acho que a gente criando um centro que coloca o Brasil com a política pública de defesa da vida, tão importante quanto qualquer outro país, ou mais importante que qualquer outro país, nos coloca na vanguarda de tentarmos ajudar outros países a fazer o mesmo que nós estamos fazendo”, ressaltou o presidente.
Cemaden vai ampliar o número de cidades monitoradas
A ministra Luciana Santos reforçou o trabalho realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa vinculadas ao MCTI. “O Cemaden faz o cruzamento de dados e repassa as informações para o Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), que é uma espécie de centro de ação e controle. É importante lembrar que o Cemaden também desenvolve ações de educação ambiental junto aos municípios”, afirmou.
“A elaboração dos planos de redução de risco é fundamental para que os municípios tenham estrutura em suas defesas civis. Assim, quando os alertas forem emitidos, já haverá um controle de ações preparado na ponta”, completou a ministra.
Luciana Santos ainda informou que haverá ampliação no número de cidades monitoradas pelo Cemaden. “Antes eram 1.100 municípios; agora são 1.133. E, por determinação do presidente Lula, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a meta é chegar a 1.942 municípios monitorados”, concluiu.
Operação
A demonstração do envio dos alertas é coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e ocorreu em 36 cidades de todos os estados do Nordeste, com intervalo de um minuto entre cada alerta. A iniciativa prepara a população para o início da operação oficial do sistema na região, que está prevista para 18 de junho.
“O alerta extremo vai com uma sonoridade de sirene. E o severo vai com uma sonoridade mais leve. Em ambos os casos, o telefone pode estar no silencioso que vai entrar a mensagem com sonoridade. É sempre bom lembrar que não precisa ter cadastro prévio. Quem estiver na região de risco, morador ou visitante, vai receber a mensagem”, explicou o ministro Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional).
Mensagem
A mensagem que apareceu durante o teste foi: “ALERTA EXTREMO – Defesa Civil: ALERTA DE DEMONSTRAÇÃO do novo sistema de alerta de emergência no estado. Para mais informações, consulte o site do Defesa Civil Alerta”.
Durante a simulação, os técnicos da Defesa Civil Nacional estiveram em campo, junto às Defesas Civis estaduais, monitorando o recebimento das mensagens e apoiando o uso da nova tecnologia. Após a capacitação, o envio dos alertas é de responsabilidade direta dos órgãos locais.
O sistema faz parte de um esforço de nacionalização que já alcançou as regiões Sul e Sudeste — em operação desde dezembro de 2024 — e será levado às regiões Norte e Centro-Oeste nos próximos meses. Até o fim de 2025, a expectativa é que o Defesa Civil Alerta esteja disponível em todo o país.
Confira os municípios que participaram da simulação neste sábado (14):
Alagoas: Maceió, Marechal Deodoro, Pilar e São Luís do Quitunde
Bahia: Salvador, Ilhéus, Vitória da Conquista e Santa Cruz Cabrália
Ceará: Fortaleza, Aquiraz, Caucaia e Uruburetama
Maranhão: São Luís, Paço Lumiar, Trizidela do Vale e Imperatriz
Paraíba: João Pessoa, Alagoa Nova, Itatuba e Coremas
Pernambuco: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Ipojuca
Piauí: Teresina, Uruçuí, Picos e Esperantina
Rio Grande do Norte: Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz
Sergipe: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância e Lagarto.
Com informações do Palácio do Planalto
TECNOLOGIA
MCTI e CBPF inauguram Laboratórios de Quântica e IA e lançam pedra fundamental no Parque Tecnológico da UFRJ
Publicado
13 de junho de 2025
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) inauguraram nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro, dois laboratórios, de Tecnologias Quânticas e Inteligência Artificial para Física, na sede do CBPF, localizada no bairro da Urca, e também lançaram a pedra fundamental do novo edifício da instituição no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Cidade Universitária.
A ministra Luciana Santos destacou que as novas estruturas representam um marco para a ciência nacional e dão um passo estratégico no fortalecimento do Rio de Janeiro como capital da pesquisa de excelência e inovação em física. As novas instalações e a futura expansão posicionam o CBPF, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, como um hub de Física voltado ao desenvolvimento científico, tecnológico e inovador.
“Este momento simboliza mais do que a abertura de novas instalações. Representa um salto estratégico para o nosso país. Estamos plantando as sementes de um futuro onde a ciência de ponta será a alavanca para resolver desafios complexos da sociedade, desde a segurança cibernética até a exploração sustentável de recursos naturais”, pontuou.
A ministra também ressaltou a relevância do momento para a ciência brasileira: “Considero que este é um dia histórico. Mais uma vez, avançamos em uma política pública que tem se mostrado efetiva nos objetivos a que se propõe: aproximar cada vez mais a produção científica da inovação, para que ela se realize plenamente. Para que a inteligência brasileira se traduza em produtos e serviços para a nossa população. Vejo aqui a materialização de um projeto estratégico para o Brasil, que é justamente essa ponte entre a ciência e a sociedade”, afirmou.
A iniciativa acontece em um momento simbólico para o mundo: o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica, definido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO).
Investimento
Os dois laboratórios receberam cerca de R$ 46 milhões em recursos do MCTI, por meio da Finep, além de outros investimentos oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No total, de 2023 até agora, a pasta apoia, via Finep, cinco projetos com o CBPF, que somam em torno de R$ 60,5 milhões.
“Costumo dizer que as unidades de pesquisa e as organizações sociais vinculadas ao MCTI são verdadeiras joias, que nós precisamos valorizar. Por isso, desde que assumimos, procuramos ampliar as liberações de recursos do FNDCT para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação coordenados por elas”, enfatizou a ministra.
Luciana Santos comparou os desembolsos para as vinculadas nos anos recentes. “No período de 2019 a 2022, os desembolsos médios anuais para as unidades de pesquisa limitaram-se a R$ 90,3 milhões. Ao passo que, nos anos de 2023 e 2024, esses desembolsos anuais médios ultrapassaram R$ 768 milhões, o que representa uma evolução de quase 750%. Não é pouca coisa”, disse.
As novas instalações atuarão como propulsores nacionais para a pesquisa e inovação em Física. O Laboratório de Tecnologias Quânticas (QuantumTec) se destina à fabricação de dispositivos supercondutores – conhecidos como chips quânticos – SQUIDs (dispositivos de interferência quântica supercondutores, em tradução livre), amplificadores paramétricos, detectores de fótons, entre outros; e à comunicação quântica. Promove a integração entre nanotecnologia, IA, criptografia quântica e afins.
As linhas de pesquisa possuem recursos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica (INCT-IQ), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Petrobras.
O Laboratório de Inteligência Artificial para Física (Lab-IA) dedica-se à pesquisa e desenvolvimento de algoritmos para IA que respondam problemas em astrofísica, cosmologia, geofísica e petrofísica. O Lab-IA possui colaborações nacionais e internacionais, como o S-PLUS, o SOAR, entre outros; além de estar presente em parcerias para inovação com projetos com a indústria de óleo e gás.
A instalação conta com apoio do FNDCT, Finep, Faperj, Petrobras e CNPq. O Lab-IA está inserido no contexto do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que busca posicionar o país como referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público.
Elias Ramos, presidente interino da Finep, destacou a importância estratégica do CBPF para o Brasil, especialmente nas áreas de tecnologias quânticas e inteligência artificial. “É muito bom testemunhar a expertise e a contribuição que o CBPF oferece ao país, particularmente na área de tecnologias quânticas, em que desenvolve projetos em rede com a participação de outras instituições de pesquisa do Rio de Janeiro. Essa mesma competência se revela em inteligência artificial, um tema estratégico para o Brasil, que está implementando o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O CBPF terá um papel especial nessa agenda. Fico muito feliz em ver esse projeto de expansão em curso e seu papel relevante no avanço da infraestrutura nacional, como nas áreas de internet, comunicação e data center”, afirmou.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Márcio P. de Albuquerque, as inaugurações destacam o compromisso da instituição com o cenário científico e tecnológico nacional. “Os laboratórios vêm atender a uma demanda da sociedade. Precisamos ter pesquisa, tecnologia e inovação com temas estratégicos em prol do desenvolvimento do nosso país. Reafirmando nossa visão, o CBPF segue atuando na fronteira do conhecimento com as linhas estratégicas ao desenvolvimento nacional”, declarou.
Pedra fundamental no Parque Tecnológico da UFRJ
À tarde, aconteceu a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do CBPF no Parque Tecnológico da UFRJ. A iniciativa simboliza a visão de futuro da instituição. Com mais de 10 mil m² e um investimento em torno de R$ 400 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o projeto será uma ponte direta entre a pesquisa de ponta gerada pelo CBPF e o ecossistema de inovação.
O secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, destacou o compromisso do ministério com soluções institucionais pautadas pelo interesse público. “Desde o primeiro momento, o MCTI tinha a convicção de que, pautada pelo interesse público, haveria uma solução institucional que fosse boa e positiva para o Brasil e para suas instituições”, afirmou.
Ele também ressaltou o potencial do novo projeto de integração entre o CBPF e a UFRJ, destacando seu impacto estratégico no sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. “A UFRJ está iniciando um projeto de integração com o CBPF, que também amplia a conexão do centro com o sistema de ciência, tecnologia e inovação do Brasil como um todo, alavancando nossa participação em áreas de fronteira e em projetos de cooperação internacional. Estou muito alegre de estar aqui hoje, celebrando esse momento. Dessa pedra nasce um projeto de mobilização e parceria institucional que vai alavancar o desenvolvimento do Brasil”, completou.
O reitor da UFRJ, Roberto de Andrade, também celebrou a iniciativa: “O CBPF aqui na nossa universidade, no nosso parque tecnológico, tem tudo para dar grandes saltos e gerar soluções disruptivas. Nossa parceria tem sido muito exitosa — logo no início do meu mandato inauguramos o INPE, que hoje é uma potência, e agora estamos assinando um acordo para a criação de um centro de inovação. Esse ecossistema, com grandes físicos e pesquisadores, é extremamente promissor. Quero reiterar o compromisso da UFRJ com essa iniciativa. Contem conosco. Não tenho a menor dúvida de que ela trará grandes contribuições para o desenvolvimento social e econômico do país, em todas as áreas”.
A presença do CBPF no Parque Tecnológico permitirá a conexão mais ágil e eficaz entre as linhas de pesquisa com empresas, indústrias e áreas acadêmicas. Segundo o diretor do Parque, Romildo Toledo, a iniciativa consolida ainda mais a posição da instituição como referência em inovação integrada: “Hoje fortalecemos ainda mais o ecossistema de inovação do Rio e do Brasil. A instalação do Centro de Pesquisa e Inovação do CBPF no Parque Tecnológico da UFRJ, dedicado às áreas que impulsionam a fronteira do conhecimento, é a prova viva de que somos o território onde a pesquisa avançada e instituições de excelência convergem para impulsionar o desenvolvimento do país”, afirmou.
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