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BRASIL

Projeto de hidrogênio verde vai operar no Piauí

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Nesta quarta-feira (12), mais uma iniciativa voltada à descarbonização a partir do uso dessa fonte de energia limpa foi aprovada pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), em sua 39ª Reunião Ordinária.

Trata-se de um projeto para produção de hidrogênio verde e de amônia verde, com capacidade de produção de 3 GW ao ano, a ser implantado na ZPE de Parnaíba (PI) pela empresa Solatio.  Alinhada à missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB), que objetiva impulsionar a bioeconomia, a descarbonização, a transição e a segurança energética, a iniciativa deverá aplicar cerca de R$ 27 bilhões em investimentos e gerar 2,7 mil empregos diretos e indiretos.  

As obras para a instalação da empresa na ZPE de Parnaíba (PI) têm previsão de início ainda neste ano.

A iniciativa da Solatio se soma a outro projeto industrial para a produção de hidrogênio verde em larga escala aprovado, no ano passado, para operar na ZPE de Pecém (CE).

Mais de R$ 35 bilhões em investimentos

Além do projeto de produção de hidrogênio verde, na 39ª Reunião Ordinária da CZPE foram aprovados, também, outros dois projetos industriais, relacionados a biocombustíveis. Juntas, as três iniciativas têm a expectativa de investimentos superiores a R$ 35 bilhões e geração de mais de 5 mil empregos diretos e indiretos durante suas fases de implementação e de operação.

Veja quais são os outros dois projetos aprovados: 

  • Pellets de madeira como combustível renovável – o projeto industrial da empresa Biomasstrust tem como finalidade a produção de pellets de madeira como combustível renovável na ZPE de Aracruz (ES). Trata-se de uma startup brasileira que patenteou uma nova tecnologia desenvolvida no Harvard Innovation Labs, nos EUA, para permitir a retirada do cloro presente no pó de serragem de eucaliptos. Com esse tratamento, esses resíduos de eucalipto podem ser convertidos em cubos prensados, utilizados de forma segura como alternativa de energia renovável ao carvão, um combustível fóssil, para aquecimento de fornos industriais, e ao gás e carvão para aquecimento residencial, com baixa emissão de dióxido de carbono (CO2). O projeto ainda tem caráter circular e sustentável por aproveitar a ampla oferta de resíduo de serragem da indústria de celulose na região de Aracruz (ES).
  • Querosene de aviação sustentável (SAF) e outros combustíveis – aprovado na 38ª Reunião Ordinária do CZPE em outubro do ano passado, o projeto industrial da refinaria da Oil Group Maranhão teve aprovada no encontro desta quarta-feira (12) a autorização de sua instalação na futura ZPE de Bacabeira (MA).  Destinada a produzir querosene de aviação renovável (SAF) a partir de bioinsumos, diesel comum e renovável, diesel marítimo (MGO) e gasolina, a iniciativa será operacionalizada nessa ZPE com investimentos diretos de R$ 8 bilhões e geração de 2,3 mil empregos diretos e indiretos nas fases de implementação e de operação.
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Implementação das novas ZPEs de Aracruz e de Bataguassu

Os membros do CZPE também aprovaram o pedido de alteração da poligonal da ZPE de Aracruz, no Espírito Santo. A nova área reduzirá a distância em relação ao complexo portuário da região e ao ramal ferroviário disponível e deverá potencializar os resultados projetados para essa nova ZPE, que se encontra em fase de implementação.

Foi aprovada ainda na 39ª Reunião Ordinária do CZPE a prorrogação do prazo para a conclusão das obras de implantação da ZPE de Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, que devem ser entregues dentro de um ano.


Cronograma de realização das próximas reuniões do CPZE

Buscando aumentar a previsibilidade de suas sessões deliberativas para todos os atores interessados, foi comunicado o cronograma indicativo das próximas reuniões ordinárias do CPZE, com previsão de realização em caráter trimestral nos meses de junho, setembro e dezembro de 2025.


Sobre o CZPE

O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação é um órgão deliberativo presidido pelo MDIC. Fazem também parte do CZPE representantes da Casa Civil da Presidência da República e dos Ministérios da Fazenda, da Integração e do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Planejamento e Orçamento, de Portos e Aeroportos e dos Transportes.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Força-tarefa fiscaliza exploração sexual e protege direitos das trabalhadoras no Rio Grande do Sul

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Uma força-tarefa coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), fiscalizou, entre fevereiro e março de 2025, estabelecimentos voltados à exploração sexual nos municípios de Torres, Bento Gonçalves e Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul. A operação, planejada estrategicamente em alusão ao Dia Internacional da Mulher e voltada à proteção dos direitos das mulheres, teve como objetivo verificar o cumprimento das normas de proteção ao trabalho nessas áreas.

Durante as ações de fiscalização, de acordo com as informações da equipe de Inspeção, a ação possibilitou a regulação dos direitos trabalhistas de cerca de 100 mulheres que atuam como profissionais do sexo. A maioria delas era oriunda de outras regiões do Rio Grande Sul, incluindo outros estados brasileiros e até da Argentina. Em um dos estabelecimentos fiscalizados, todas as trabalhadoras eram provenientes da região amazônica. A contratação se dava na origem, com passagens custeadas pelos empregadores na maioria dos casos.

A fiscalização também constatou que a maioria das mulheres permanecia alojada nos próprios estabelecimentos, sendo remunerada pelos serviços prestados e pela comissão obtida com a venda de bebidas. Além da informalidade na relação de trabalho, foram identificadas diversas irregularidades nas condições de higiene, saúde, segurança e conforto tanto nos alojamentos quanto nas áreas de alimentação fornecidas às trabalhadoras.

Após a constatação de descumprimento da legislação trabalhista, os empregadores responsáveis pelos estabelecimentos foram notificados a corrigir as irregularidades encontradas e serão autuados pelas infrações identificadas.

O MPT firmou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com duas das quatro casas noturnas inspecionadas. Os TACs estabelecem obrigações a serem cumpridas, com foco na adequação às normas trabalhistas e na promoção de condições de trabalho dignas, visando a melhoria das práticas no futuro.

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Desde outubro de 2002, a atividade de “profissional do sexo” é oficialmente reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) como uma profissão. Essa classificação foi criada para formalizar o reconhecimento do trabalho sexual, com o objetivo de, entre outros, orientar a elaboração de políticas públicas e garantir o acesso à saúde e à segurança no ambiente de trabalho para essas profissionais. 

As autoridades continuam monitorando a situação para assegurar o cumprimento das determinações e a plena proteção dos direitos das trabalhadoras.

Denúncias – As denúncias no âmbito do MTE podem ser realizadas nas Superintendências Regionais do Trabalho e nas unidades descentralizadas nos 27 estados da federação, além de poderem ser feitas pelo site  https://denuncia.sit.trabalho.gov.br/home.

 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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Curso gratuito de português oferece capacitação para migrantes em Mato Grosso do Sul

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE/MS), em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), deu início nesta quinta-feira (20) às atividades do Espaço Saber com o lançamento do primeiro curso gratuito de Português para trabalhadores migrantes no estado.

A iniciativa surge em resposta à crescente demanda do mercado de trabalho sul-mato-grossense. Em 2024, mais de 24 mil vagas não foram preenchidas, especialmente nos setores da indústria, serviços e comércio, segundo dados da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). Para fortalecer a integração dos migrantes ao mercado de trabalho, o projeto conta com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), do Comitê Empresa-Escola (CEMPE) e do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS (Sicadems).

De acordo com os dados do Novo Caged do MTE, Mato Grosso do Sul conta atualmente com 6.387 trabalhadores estrangeiros formalmente empregados, representando 61 nacionalidades. Entre os grupos mais presentes no estado estão venezuelanos, paraguaios, bolivianos e japoneses.

A aula inaugural do curso de português reuniu alunos de diversas nacionalidades, incluindo participantes do Sudão, República Dominicana e Venezuela. As aulas são ministradas por professores voluntários em dois turnos: matutino (9h às 11h), com 15 alunos, e vespertino (14h às 16h30), com cerca de 10 participantes.

As inscrições permanecem abertas até que cada turma atinja o limite de 25 alunos. O curso é estruturado em três níveis – básico, intermediário e avançado – para atender tanto aqueles que não possuem conhecimento prévio da língua quanto os que desejam aperfeiçoar suas habilidades.

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Apoio além da capacitação linguística

O Curso de Português é uma iniciativa do Espaço Saber, criado para receber instituições parceiras interessadas em oferecer cursos profissionalizantes e de língua portuguesa para migrantes. Essa capacitação, promovida pelo programa UEMS Acolhe, é a primeira de uma série de ações voltadas tanto para trabalhadores migrantes quanto para brasileiros, que serão desenvolvidas pela SRTE/MS.

Além do ensino do idioma, a SRTE/MS oferece suporte na emissão de documentos, como CPF e visto de trabalho, garantindo que os migrantes tenham acesso a oportunidades formais de emprego. “O Espaço do Saber complementa a Sala do Migrante. Além das aulas de português, há a intenção de que a indústria disponibilize cursos de microcertificação profissional para trabalhadores migrantes e brasileiros, independentemente de sua origem. Essa iniciativa une a demanda do setor produtivo à inclusão de pessoas no mercado de trabalho decente”, destaca Alexandre de Morais Cantero, superintendente do Ministério do Trabalho em Mato Grosso do Sul.

Além de Campo Grande, o curso será ampliado para outros quatro municípios por meio do programa de extensão universitária UEMS Acolhe, que já beneficiou mais de 2,5 mil migrantes e refugiados. Os participantes que concluírem a formação receberão um certificado oficial de proficiência em língua portuguesa, um documento que pode ser utilizado para fins de naturalização e inserção no mercado de trabalho. 

História de superação e solidariedade

Há sete anos no Brasil, a boliviana Nohemy Malale Semo, de 42 anos, é uma das voluntárias do curso. Ela chegou ao país em busca de capacitação profissional, inicialmente com a intenção de retornar à Bolívia.

Sem qualquer conhecimento de português, matriculou-se em um curso de idiomas e, ao longo dos anos, construiu uma nova vida. Foi nesse período que conheceu um brasileiro, com quem se casou. Hoje, ao lado do marido e do filho de quatro anos, nem pensa mais em voltar ao país de origem.

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Agora, Nohemy retribui ajudando outros migrantes a superarem a barreira do idioma. “Quando cheguei aqui, me sentia muda, só sabia o básico: ‘Olá’ e ‘Obrigada’. Poder ajudar outras pessoas é o mínimo que posso fazer por um país que tanto me acolheu”, afirma. 

Mais informações

O Curso de Português para Migrantes está sendo oferecido no Espaço do Saber em Campo Grande (MS), com turmas nos seguintes horários: matutino, das 9h às 11h, e vespertino, das 14h às 16h30. Para mais informações, entre em contato através do e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (67) 3901-1888.

 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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