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“O Brasil está pronto para seguir avançando com políticas que coloquem as mulheres no centro”, diz Cida Gonçalves na CSW

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No segundo dia de atividades da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), nesta terça-feira (11), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, proferiu discurso no debate geral com destaque às políticas do governo brasileiro para a igualdade de gênero nas áreas de autonomia econômica, enfrentamento à violência, combate à fome e à pobreza e respeito à diversidade das mulheres. Foram retomadas e ampliadas “políticas essenciais” em prol das mulheres brasileiras, afirmou a ministra.

Cida Gonçalves salientou a aprovação de diversas leis entre essas políticas e avanços. “Reconhecendo que a autonomia econômica é central para que as mulheres possam viver livremente e com dignidade, sancionamos a Lei de reparação para órfãos do feminicídio e garantimos auxílio-aluguel para mulheres em situação de vulnerabilidade. Aprovamos a Lei da Igualdade Salarial e Remuneratória entre Mulheres e Homens, que nos traz dados fundamentais sobre desigualdades que persistem. Uma mulher no Brasil recebe, em média, 20% a menos que um homem e uma mulher negra recebe metade do que recebe um homem branco”, lembrou.

A ministra das Mulheres citou ainda que o país lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, à qual 92 países já aderiram. E lembrou o marco de 30 anos dos direitos das mulheres, sendo revisado nesta edição da CSW: “a Declaração de Pequim nos deu as diretrizes para incluir e garantir os direitos de todas as mulheres: negras, indígenas, camponesas, ribeirinhas, quilombolas, lésbicas, bissexuais, trans”. Para finalizar, pontuou que “o Brasil está pronto para seguir contribuindo e avançando com políticas que coloquem as mulheres no centro do projeto democrático”. 

“O governo do presidente Lula reafirma os princípios democráticos de igualdade, diversidade e inclusão. Desejamos que possamos trazer esperança e solidariedade a todas as mulheres do mundo”, concluiu Cida Gonçalves.

Conferência regional e sociedade do cuidado

A primeira agenda do dia foi um café da manhã com Ministras e Altas Autoridades dos Mecanismos para as Mulheres da América Latina e Caribe. As ministras dialogaram sobre a organização da próxima Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, que acontecerá em agosto de 2025 no México, que foi o primeiro país a sediar uma conferência internacional da mulher, em 1975. A América Latina é considerada uma região líder na construção de uma Agenda Regional de Gênero e a única a realizar Conferências Regionais de Mulheres.

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As anfitriãs mexicanas ressaltaram o importante momento do país em sediar o encontro desta manhã e também a Conferência Regional, com a primeira presidenta da mulher da história, Claudia Sheinbaum.

A ministra Cida Gonçalves louvou o fortalecimento da integração das políticas para as mulheres na região e destacou pontos sobre os problemas e avanços no Brasil. Ela afirmou que a “democracia tem que ser o carro-chefe” de todos os direitos para as mulheres, para se garantir a igualdade de gênero de maneira plena. Abordou ainda os desafios de se enfrentar a misoginia on-line e maior participação de mulheres em espaços de poder. 

Também participou do encontro pelo governo brasileiro a secretária nacional de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), que falou sobre a aprovação da Política Nacional de Cuidados no Brasil e como a integração e troca de experiência entre os países contribuiu para sua elaboração.

Mecanismos para a igualdade de gênero

A segunda agenda do dia foi a Mesa Redonda Ministerial sobre Mecanismos Nacionais para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres e Meninas. Em seu discurso, a ministra reafirmou o compromisso do Brasil e do presidente Lula na construção de ferramentas nacionais sólidas para o fortalecimento da pauta. 

“O compromisso com mecanismos nacionais de igualdade de gênero não é apenas um dever moral, mas uma necessidade para o desenvolvimento justo e sustentável de nossas sociedades. Estes mecanismos podem atuar na criação e fiscalização de políticas salariais mais justas, promovendo transparência e exigindo equidade no mercado de trabalho, como o Ministério das Mulheres fez, em 2023, a partir da Lei de Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios”, pontuou a ministra.

“Ao implementar políticas que  garantam creches acessíveis, lavanderias comunitárias, apoio às cuidadoras, estamos não apenas promovendo igualdade econômica, mas permitindo que mais mulheres acessem e permaneçam no mercado de trabalho em condições dignas”, exemplificou. 

Ela abordou ainda o direito das mulheres à saúde integral, pois “é inaceitável que milhões de mulheres ainda enfrentem barreiras para acessar serviços básicos de saúde sexual e reprodutiva”. A ministra convocou em seu discurso os países a reconhecerem e regulamentarem esses direitos que reduzem, por exemplo, as mortes maternas especialmente de mulheres em situação de vulnerabilidade.

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Aliança Internacional Feminista

Ao lado da ministra da Igualdade da Espanha, Ana Redondo, e da ministra da Igualdade de Gênero do Chile, Antonia Orellana, Cida Gonçalves discutiu na parte da tarde, a convite da Espanha, a construção de uma Aliança Internacional Feminista – uma proposta de união entre governos contra retrocessos aos direitos das mulheres. A ministra brasileira apontou o risco do fascismo no mundo e a importância de se fortalecer a democracia para assegurar a participação de mulheres em espaços de decisão.

Cida Gonçalves descreveu o processo de golpe que retirou do poder a única mulher eleita presidenta da República no Brasil, Dilma Rousseff, em 2016, e os anos que se seguiram com graves retrocessos aos direitos humanos, em especial os direitos das mulheres. “É preciso nomear o que estamos enfrentando, e é o fascismo. E agora não é só no Brasil, é uma ameaça mundial. Eles não têm mais vergonha de se expor, de se colocar”, colocou. Para ela, só o “radicalismo feminista, que não abre mão de princípios básicos”, pode ser o caminho para esse enfrentamento, da “civilização contra a barbárie”.

30 anos: Belém do Pará e Pequim

No último compromisso oficial do dia, a ministra participou do evento de celebração dos 30 anos da Convenção de Belém do Pará e da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, com as presenças da vice-presidenta do Clube de Madri e ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, da diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Sami Bahous, da diretora regional da ONU Mulheres das Américas e Caribe, María Noel Vaeza; da secretária-executiva da Comissão Interamericana de Mulheres (CIM) da ex-ministra das Mulheres da Costa Rica, Alejandra Mora Mora; e diversas ministras de pautas das mulheres da região e do Caribe.

A Convenção Interamericana de Prevenção, Punição e Erradicação da Violência contra a Mulher – mais conhecida como Convenção de Belém do Pará – foi realizada em 1994, no Brasil. Já a plataforma pactuada na China, em 1995, é considerada o marco fundamental para o avanço dos direitos das mulheres com seus 12 eixos de ações. A ministra Cida Gonçalves discursou na qualidade de presidenta da Convenção de Estados Partes da Convenção de Belém do Pará e correlacionou os dois históricos eventos e a importância deles no contexto regional e global de ameaças aos direitos das mulheres e meninas. 

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Eventos paralelos

O Brasil realiza dois eventos paralelos no âmbito da 69ª CSW, na sede da ONU:

  • Mulheres na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no dia 13 de março, das 16h45 às 18h, na sala CR12. As inscrições estão encerradas.

  • Misoginia on-line: os desafios para enfrentar o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres, em 18 de março, das 16h45 às 18h, na sala CR12. As inscrições podem ser feitas neste link até o dia 13 de março às 23h59h.

O Brasil na CSW

O Brasil tem uma longa história de participação na Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), um dos órgãos do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), criado em 1946 para promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. 

Na década de 1940 e 1950, o país reforçou sua posição na defesa dos direitos civis e políticos das mulheres, incluindo o direito ao voto, que já havia sido conquistado no Brasil em 1932. Alguns anos depois, durante a Década da Mulher das Nações Unidas (1975-1985), o Brasil intensificou sua inserção nos debates globais sobre igualdade de gênero, incluindo participação na Primeira Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada na Cidade do México, em 1975. 

Na década seguinte, em 1980, com a redemocratização, o país começou a apresentar propostas mais alinhadas com a luta por direitos reprodutivos, saúde e combate à violência contra a mulher, temas que se consolidaram como prioridades globais. Dessa forma, em 1995, durante a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, em Pequim, o Brasil consolidou seu protagonismo nos debates e endossou a proposição da Plataforma de Ação de Pequim. 

Em 2006, com a Lei Maria da Penha, amplamente reconhecida como uma das mais avançadas no combate à violência contra a mulher, o Brasil fortalece a criação de normativas e de políticas públicas voltadas para a inclusão de gênero e proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade. 

Na última sessão, realizada em março de 2024, a ministra Cida Gonçalves destacou, em discurso, a importância de combater a violência contra mulheres e meninas, além de fortalecer a inclusão e proteção social, temas que continuarão em foco na 69ª CSW.

Fonte: Ministério das Mulheres

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Crédito do Trabalhador recebe 29,3 milhões de simulações de empréstimo em apenas dois dias

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É grande ainda a procura dos trabalhadores pelo Crédito do Trabalhador no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS). De 6h da manhã de sexta (21) até as 18h deste sábado (22), foram registradas 29.301.348 simulações de empréstimo, com 2.962.330 propostas solicitadas e 6.683 contratos realizados. Os dados foram repassados hoje (22) pela Dataprev para o Ministério do Trabalho e Emprego. O volume de acesso à CTPS Digital está 12 vezes acima da referência semanal, considerando os últimos 3 meses.

O ministro do MTE, Luiz Marinho, tem alertado aos trabalhadores que não tenham “pressa” em contratar o consignado, que esperem as 24 horas para que todas as instituições financeiras habilitadas mandem as suas propostas, garantido, assim, taxas mais baixas de juros. “O trabalhador precisa ter cautela, calma para analisar a melhor proposta”, argumenta Marinho. A prestação mensal do empréstimo não poderá ultrapassar 35% do salário do trabalhador.

O Crédito do Trabalhador entrou em vigor na sexta (21), criado pela MP nº 1.292, que libera o crédito consignado para 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo os domésticos, os rurais e os empregados do MEI. A modalidade de crédito está disponível para todos os trabalhadores de carteira assinada somente na Carteira de Trabalho Digital. Já a partir de 25 de abril todos os bancos poderão ofertar o crédito através das suas plataformas digitais.

Para acessar o crédito, através da Carteira Digital do Trabalho, na aba Crédito do Trabalhador, o interessado autoriza o acesso a dados como nome, CPF, valor do salário e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, ele recebe ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal da instituição financeira, que analisa a margem do salário disponível para consignação Pela linha de crédito, o empregado pode usar até 10% do saldo no FGTS para garantias ou ainda 100% da multa rescisória em caso de demissão. Caso desista do empréstimo, o trabalhador tem 7 dias corridos, a contar do recebimento do crédito, para devolver todo o dinheiro repassado pelas instituições financeiras.

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Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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MME avança nas discussões sobre medidas de mitigação climática com agentes do setor de energia

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O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, nessa sexta-feira (21/03), a apresentação da evolução do Plano de Mitigação do setor Energia durante reunião com o setor privado. Esse foi um passo importante nas discussões sobre o tema, para orientar, promover e catalisar ações coordenadas que visam à transição para uma economia com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

A apresentação aos agentes do setor de energia mostrou a estrutura do plano para a mitigação das emissões e remoções relacionadas ao setor, voltadas ao alcance das NDCs brasileiras, compromisso do país a nível internacional. Para o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, o encontro foi crucial para apresentar e convidar o setor privado a contribuir na construção do Plano Mitigação. “É uma alocação de esforços entre os diferentes setores, seja no campo da adaptação ou de mitigação. Temos procurado espaços para dialogar com os agentes de mercado para que possam contribuir nos momentos oportunos e se preparar para isso. A pergunta principal que devemos fazer é: quais os impactos da ambição setorial proposta no setor e quais as ações viáveis para atingi-la?”, sugeriu.

Durante o encontro, foi reforçada também a expectativa de que, nas próximas semanas, será aberta a consulta pública da Estratégia Nacional de Mitigação, para a participação e contribuição da sociedade. O documento abordará o contexto da necessidade de mitigação das emissões da economia brasileira, os compromissos internacionais, assim como os estudos de apoio utilizados como referência e a alocação das metas de redução de emissões entre os setores.

O processo de construção do Plano Clima é participativo e depende do envolvimento dos setores produtivos para sua efetiva implementação. Nesse sentido, as consultas públicas sobre o tema, as reuniões interministeriais, além das oficinas de debate com os agentes, são essenciais para a evolução e consolidação da estratégia climática brasileira.

Leia mais:  Crédito do Trabalhador já está funcionando e 653 trabalhadores já aderiram ao consignado

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
Telefone: 
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Fonte: Ministério de Minas e Energia

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