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BRASIL

Governo cria o Crédito do Trabalhador, linha com juros mais baixos

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Um dia classificado como revolucionário para o sistema de crédito do Brasil. Principalmente, para um público que pode chegar a 47 milhões de brasileiros com carteira assinada em todo o país, entre eles milhões de trabalhadores domésticos, rurais e assalariados de MEIs, que não mais precisarão recorrer a agiotas ou pagar elevadas taxas em empréstimos bancários convencionais.

Agora eles podem ter crédito barato para sair da mão do agiota. Não precisa mais pagar 10% de juros (por mês). Pode escolher entre bancos privados, bancos públicos. Aquele que cobrar menos, vá lá e faça. Será uma revolução nesse país” –  Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Foi com esse olhar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (12), a Medida Provisória que cria o Crédito do Trabalhador. A nova linha de empréstimos consignados, que estará disponível a partir de 21 de março, promove inclusão econômica, dignidade e segurança, além de proporcionar taxas de juros até 50% menores do que as cobradas atualmente, por ter como garantia o saldo do FGTS dos profissionais. Entre os públicos impactados com a medida estão trabalhadores domésticos e rurais, além de assalariados contratados por MEIs.

“Agora eles podem ter crédito barato para sair da mão do agiota. Não precisa mais pagar 10% de juros (por mês). Você pode escolher entre bancos privados, bancos públicos. Aquele que cobrar menos, vá lá e faça. Será uma revolução nesse país”, disse Lula. O presidente enfatizou que a intenção não é endividar os brasileiros, mas, sim, dar oportunidades, tirar os mais vulneráveis dos juros caros, promover inclusão produtiva e gerar qualidade de vida.

Por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador terá a opção de requerer proposta de crédito diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo Governo Federal. Para isso, o profissional autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, o trabalhador recebe ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal do banco. 

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O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que permite que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.

CRÉDITO – O país tem hoje 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo 2.2 milhões de domésticos, quatro milhões de trabalhadores rurais, além de empregados de MEls, que hoje estão excluídos da consignação privada. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados. Pelo sistema, o trabalhador pode usar como garantia até 10% do saldo no FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão.  

MIGRAÇÃO – O Crédito do Trabalhador pretende reduzir o superendividamento, ao oferecer uma linha de crédito mais atraente também para migrar dívidas com maior custo. Atualmente, o consignado do setor privado, segundo dados da Febraban, conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos. 

CRONOLOGIA – Com a publicação da MP, o sistema entrará em operação pelos bancos oficiais e privados a partir de 21 de março. Quem já tem o consignado ativo pode fazer a migração para a nova linha a partir de 25 de abril de 2025. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.

INTEGRAÇÃO – A Dataprev, empresa pública de tecnologia do Governo Federal, desenvolveu para o Ministério do Trabalho o sistema do Crédito do Trabalhador, que integra à Carteira de Trabalho Digital, o FGTS Digital e o eSocial. 

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

COMO VAI FUNCIONAR?
Por meio do app da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador tem a opção de requerer a proposta de crédito. Para isso, seguindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), autoriza as instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho a acessar dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 

QUANTO TEMPO PARA RECEBER AS OFERTAS?
A partir da autorização de uso dos dados, o trabalhador recebe as ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal eletrônico do banco. 

COMO SERÁ FEITO O DESCONTO DAS PARCELAS?
As parcelas do empréstimo serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, observada a margem consignável de 35% do salário. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento. A partir de 25 de abril, o trabalhador também poderá fazer contratações pelos canais eletrônicos dos bancos.

QUEM TEM DIREITO?
O trabalhador com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, além de MEIs.

QUANDO O CRÉDITO DO TRABALHADOR ESTARÁ DISPONÍVEL? 
A partir de 21 de março de 2025. 

SE EU JÁ TIVER UM CONSIGNADO, POSSO MIGRAR? 
Os trabalhadores que já tem empréstimos com desconto em folha podem migrar o contrato existente para o novo modelo a partir de 25 de abril deste ano. 

EM CASO DE DEMISSÃO, COMO FICAM AS PARCELAS DEVIDAS?  
No caso de desligamento, o desconto será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal. 

O QUE PODE SER DADO COMO GARANTIA DE PAGAMENTO DO EMPRÉSTIMO? 
O trabalhador pode usar até 10% do saldo no FGTS para garantias e ainda 100% da multa rescisória em caso de demissão. 

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O PROCESSO É SÓ PELA CARTEIRA DIGITAL OU POSSO IR AOS BANCOS? 
Inicialmente, somente na CTPS Digital. A partir de 25 de abril, o trabalhador poderá também iniciar contratações pelos canais eletrônicos dos bancos. Pela CTPS Digital, o trabalhador tem a possibilidade de receber propostas de todos os bancos interessados, o que permite comparação e a escolha mais vantajosa. 

AS OPERAÇÕES SERÃO SÓ POR BANCOS HABILITADOS? 
Sim. A estimativa é que mais de 80 instituições financeiras estejam habilitadas. O início da habilitação se dará a partir da publicação da Medida Provisória. 

OS BANCOS TERÃO ACESSO A TODOS OS DADOS DO TRABALHADOR? 
Apenas os dados necessários para que as instituições façam propostas de crédito: nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 

SERÁ AUTOMÁTICA A MIGRAÇÃO DO CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR (CDC) PARA O CRÉDITO DO TRABALHADOR? 
O trabalhador que tiver CDC deve procurar uma instituição financeira habilitada, caso queira fazer a migração para o Crédito Trabalhador.

DEPOIS DE REALIZAR O CRÉDITO DO TRABALHADOR, O TRABALHADOR PODE FAZER A PORTABILIDADE PARA UM BANCO COM TAXAS MELHORES? 
Sim. A portabilidade estará disponível a partir de junho de 2025. 

O CRÉDITO DO TRABALHADOR SUBSTITUI O SAQUE-ANIVERSÁRIO? 
Não, o Saque-Aniversário continuará em vigor.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Depois de rodar 2,5 mil quilômetros e vistoriar inúmeras obras, Rota COP30 chega a Belém

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Cinco dias na estrada, cerca de 2,5 mil quilômetros percorridos e importantes obras vistoriadas: a Rota COP30, caravana do Ministério dos Transportes rumo a Belém, finalizou sua missão e chegou à cidade por volta das 23h deste sábado (8).

Liderada pelo ministro Renan Filho, a comitiva saiu de Brasília na última terça-feira (4) e passou por Goiás, Tocantins e Maranhão, até chegar ao Pará, destacando investimentos em infraestrutura que reforçam a integração do Centro-Norte do país.

“Nós percorremos esse caminho vistoriando as obras e observando os investimentos do Governo do Brasil. Conversamos com as pessoas, trabalhadores, o setor produtivo e representantes da política local, garantindo, assim, a melhor tomada de decisão, a fim de que o Brasil possa seguir avançando”, detalhou Renan Filho.

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A equipe, composta por cerca de 30 pessoas, distribuídas em oito veículos, cruzou a BR-010 – a histórica rodovia Belém-Brasília – de ponta a ponta, passando por 71 cidades ao longo do trajeto. Símbolo da integração nacional, com quase 2 mil quilômetros de extensão, a via atravessa três regiões diferentes e cinco unidades federativas.

Hoje a Belém-Brasília se destaca como um dos principais corredores logísticos do país, especialmente para o transporte de grãos e produtos do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Na tarde de sábado, antes de chegar à capital paraense, a comitiva acompanhou as obras de duplicação da BR-316, no trecho entre Castanhal e o acesso à estrada de Salinópolis. O projeto prevê 45 quilômetros duplicados e R$192 milhões em investimentos.

“Dos 45 quilômetros, nós já duplicamos 23, que estão prontos. O nosso compromisso é no ano que vem entregar essa obra 100% pronta. Além disso, de Castanhal até Belém, a rodovia está 100% recuperada. Foram investimentos realizados pelo Ministério dos Transportes, garantindo um melhor fluxo para todos que utilizam este trecho da rodovia”, destacou Renan Filho.

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Principal porta de entrada e saída da Região Metropolitana de Belém, a BR-316 conecta a capital paraense à BR-010 e ao nordeste do estado, com tráfego diário de cerca de 15 mil veículos. A duplicação vai melhorar a mobilidade e a segurança, reduzir acidentes e acelerar o escoamento da produção agrícola e industrial.

Após essa etapa, está prevista a construção de um elevado de acesso à estrada de Salinópolis, já licitado.

No coração do Brasil

Ao longo do extenso percurso rodoviário, a comitiva passou por dezenas de cidades e vistoriou obras estratégicas, como as da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que vai ligar Água Boa (MT) a Mara Rosa (GO). O primeiro trecho, de 383 quilômetros, emprega 3.700 trabalhadores e deve ser concluído até 2026, abrindo um novo corredor de exportação para o escoamento de grãos do Centro-Oeste.

No Tocantins, Renan Filho autorizou os estudos de viabilidade para a federalização da TO-080, que liga Paraíso do Tocantins à capital Palmas. Atualmente estadual e de pista simples, a rodovia é considerada eixo estratégico de integração.

Ainda no estado, o ministro acompanhou o andamento das obras da ponte sobre o Rio Araguaia, entre Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA). Com entrega prevista para dezembro deste ano, a nova estrutura substituirá a travessia por balsa — usada por cerca de mil caminhões por dia, com custo médio de R$500 — e beneficiará mais de 500 mil pessoas, reduzindo custos logísticos e impulsionando o agronegócio e o turismo regionais.

Já no Maranhão, a Rota COP30 teve dois momentos marcantes. Em Imperatriz, Renan Filho autorizou a liberação de R$278 milhões para a segunda etapa de obras na travessia urbana da cidade, que irá melhorar a mobilidade de cerca de 285 mil habitantes.

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O ministro dos Transportes vistoriou ainda outra obra muito aguardada pela população maranhense: a reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), que desabou em dezembro de 2024. A nova estrutura, com 75% das obras já concluídas, recebeu R$171 milhões em investimentos e tem 630 metros de extensão.

A ponte Juscelino Kubitschek, que forma o eixo logístico entre o Tocantins e o Maranhão por meio da BR-226/TO/MA, é fundamental para o transporte de cargas entre dois estados pujantes na produção agrícola e industrial do Brasil.

Vem mais por aí

A chegada a Belém encerra o ciclo de vistorias do Ministério dos Transportes pela região Centro-Norte do país, mas marca o início da agenda do ministro na COP30. Na segunda-feira (10), Renan Filho participa da plenária de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

“Finalizou aqui a nossa viagem Brasília – Belém e agora vamos participar da COP30, discutindo os temas de sustentabilidade e o papel do Ministério dos Transportes para que o Brasil siga na vanguarda da preservação, da sustentabilidade e do desenvolvimento responsável”, concluiu Renan Filho.

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes

Fonte: Ministério dos Transportes

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Alckmin representa Brasil na posse de novo presidente da Bolívia

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A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, representou o Brasil na cerimônia de posse do novo chefe do Executivo da Bolívia, Rodrigo Paz, neste sábado (8/11) em La Paz. 

Em encontro bilateral, Alckmin entregou a Rodrigo Paz uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com votos de êxito nas novas funções de chefe do executivo boliviano e convite para o novo presidente boliviano visitar o Brasil ainda em 2025 ou no início de 2026. Brasil.

Alckmin ressaltou o interesse na aproximação entre os dois países para aprofundar projetos de cooperação em áreas estratégicas.

“São inúmeras as possibilidades. Nós podemos avançar na questão de energia de gás, fertilizantes, agronegócio, indústria, infraestrutura, hidrovia e as carreteiras, as ligações por terra. Enfim, temos uma pauta grande de complementariedade econômica, de investimentos recíprocos e de comércio”, destacou Alckmin em entrevista à imprensa após a posse de Rodrigo Paz.

O vice-presidente brasileiro também destacou a importância da Bolívia para o comércio regional. “A Bolívia entrou no Mercosul. Então, o Mercosul é Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e agora Bolívia. Isso é muito importante, porque embora o mundo seja globalizado, o comércio é intrarregional”, afirmou Alckmin, ao detalhar que o comércio entre os países da América Latina é de 26%, enquanto a União Europeia tem 60% do comércio entre os países do bloco e a Asean tem 70% do comércio é entre eles. 

Balança Comercial

De janeiro a outubro de 2025, a corrente de comércio entre Brasil e Bolívia foi de US$ 2,1 bilhões. Os principais produtos brasileiros vendidos para lá foram outros produtos comestíveis e preparações (6,4%); barras de ferro e aço barras cantoneiras e perfis (4,4%); e bebidas alcóolicas (4,1%).

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Já a pauta de importações é praticamente tomada pela compra de  gás natural (80,7%); seguido de adubos ou fertilizantes químicos (9,4%).

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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