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TECNOLOGIA

Entrega do 1º Prêmio Mulheres e Ciência é marcada pela defesa da equidade de gênero no ambiente científico

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Em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira (12), no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, liderou a entrega do 1º Prêmio Mulheres e Ciência a seis pesquisadoras brasileiras de destaque e três instituições científicas. O evento foi promovido pelo MCTI em parceria com o CNPq, o Ministério das Mulheres, o British Council e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

Com uma mesa composta majoritariamente por mulheres, a premiação, que teve investimento de cerca de R$ 500 mil, destacou as cientistas pela excelência em suas pesquisas e inovações. Ela também teve um forte simbolismo, pois foi realizada, também, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrando não apenas as trajetórias individuais de cientistas brasileiras, mas também a luta pela equidade de gênero no ambiente científico.

Para a ministra Luciana Santos, é preciso garantir que os talentos, dedicação e inovação das mulheres sejam reconhecidos, valorizados e incentivados. Segundo ela, o Brasil avança quando sua ciência é plural, diversa e acessível a todos e todas. “Eu, enquanto a primeira mulher ministra da Ciência e Tecnologia, tenho mais do que a honra, mas a responsabilidade de garantir uma política pública que possa promover mudanças estruturais, fortalecer a participação feminina e promover a equidade de gênero”, afirmou a ministra.

Ricardo Galvão, presidente do CNPq, frisou a importância do prêmio e do momento. “Ciência e tecnologia não podem ficar para trás. Temos que avançar muito mais e saber premiar os nossos valores. É importante ressaltar que este prêmio, voltado para as mulheres, acontece na gestão da primeira ministra mulher, que recebeu com alegria e de forma colaborativa nossa proposta de criação desta premiação”.

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Galvão também destacou a relevância dessas iniciativas para corrigir desigualdades históricas. “Essas premiações são necessárias para resgatar as dificuldades que as mulheres sempre enfrentaram na carreira, como as desigualdades. No entanto, para mim, o mais importante é que a sociedade brasileira e, especialmente, a academia reconheçam cada vez mais o enorme valor da contribuição das mulheres para o nosso desenvolvimento científico”, disse.

O Prêmio Mulheres e Ciência foi estruturado em três categorias: Estímulo, Trajetória e Mérito Institucional. Cada uma teve um foco específico: a primeira, para cientistas de até 45 anos com produção científica de destaque; a segunda, para profissionais com mais de 46 anos e trajetória consolidada; e a última, para instituições comprometidas com a promoção da equidade de gênero no ambiente acadêmico e científico.

Patrícia Takako, premiada na categoria Estímulo, fez questão de agradecer a todas as mulheres que passaram por sua vida. “Agradeço a todas as mulheres que ficaram, as que deixaram um pouco do conhecimento delas comigo e também as que permitiram que eu deixasse um pouco do meu conhecimento com elas. Esse prêmio, sem dúvida alguma, é a construção de uma jornada conjunta de todas nós”.

Categoria Estímulo: apoio às jovens cientistas

A categoria Estímulo premiou três jovens cientistas de até 45 anos, que demonstraram liderança e inovação em suas áreas de atuação. Cada uma delas recebeu R$ 20 mil, além de passagem aérea e diárias para participar de congressos científicos no Brasil ou no exterior. São elas:

•    Mariana Emerenciano Cavalcanti de Sá, do Instituto Nacional de Câncer (INCA): atua em projetos sobe leucemias agudas, com foco no tratamento de crianças com esse tipo de câncer.

•    Patricia Takako Endo, da Universidade de Pernambuco (UFPE): reconhecida pelas pesquisas em inteligência artificial aplicadas ao diagnóstico e tratamento de doenças tropicais negligenciadas, além da atuação na saúde materna e neonatal.

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•    Marina Alves Amorim, da Fundação João Pinheiro (FJP): estuda sobre as políticas públicas para mulheres, com ênfase nas políticas de gênero e os serviços essenciais que impactam a vida das mulheres.

Categoria Trajetória: reconhecimento às cientistas com contribuições relevantes

A categoria Trajetória reconheceu o trabalho de três cientistas mais experientes. É voltada para mulheres com mais de 46 anos, que ao longo de suas carreiras realizaram contribuições significativas para o avanço da ciência no Brasil e no mundo. As premiadas receberam R$ 40 mil cada, além de uma missão ao Reino Unido, onde poderão discutir políticas de educação superior e ciência.

•    Camila Cherem Ribas, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA): trabalha com pesquisas sobre biogeografia e biodiversidade da Amazônia, sempre em parceria com povos indígenas e ribeirinhos.

•    Mariangela Hungria da Cunha, da Embrapa: teve sua carreira reconhecida pela pesquisa inovadora no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a agricultura, com foco em insumos biológicos.

•    Débora Diniz Rodrigues, da Universidade de Brasília (UnB): atua em pesquisas sobre o impacto das políticas de saúde nos direitos das mulheres e meninas, com destaque para suas investigações sobre a criminalização do aborto e os efeitos das emergências sanitárias no Brasil.

Categoria Mérito Institucional: reconhecimento às instituições comprometidas com a equidade de gênero

Na categoria Mérito Institucional, três instituições foram premiadas por suas iniciativas de promoção da equidade de gênero. Cada uma delas recebeu R$ 50 mil para o desenvolvimento de ações específicas voltadas à igualdade de gênero no ambiente acadêmico e científico.

•    A Universidade Federal Fluminense (UFF) foi premiada por sua atuação pioneira em políticas institucionais de equidade de gênero, com destaque para a criação da Comissão Permanente de Equidade de Gênero (CPEG) e suas ações de apoio à maternidade e igualdade nos cargos de decisão.

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•    A Universidade Federal do Ceará (UFC) se destacou pela criação da Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão (DEDI), com ações focadas em governança de diversidade e na permanência de mulheres em áreas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

•    O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) foi reconhecido por suas ações de promoção de igualdade de gênero no ambiente acadêmico, incluindo programas como o Mulheres Mil, que apoia mulheres em situação de vulnerabilidade.

Celebração e inspiração

O 1º Prêmio Mulheres e Ciência não foi apenas uma cerimônia de premiação, mas também uma celebração da diversidade e da importância do empoderamento feminino no cenário científico. Com a participação de diversas autoridades e cientistas, o evento se consolidou como um marco na história da ciência brasileira, reforçando o compromisso de transformar a realidade de desigualdade de gênero que ainda persiste no ambiente científico.

A ministra Luciana Santos afirmou que este é apenas o começo de uma série de iniciativas para garantir a participação ativa das mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Equidade, luta e justiça são também questões de excelência. Quanto maior a diversidade, mais rica e produtiva se torna nossa produção científica, finalizou a titular da pasta.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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MCTI lança o Mais Ciência na Escola em Campina Grande (PB)

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Nesta quinta-feira, 20 de março, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, estará na cidade de Campina Grande (PB) para lançar o programa Mais Ciência na Escola. A solenidade acontecerá na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), às 14h30.

O Mais Ciência na Escola é uma iniciativa de abrangência nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Lançado em 2024, o programa vai investir R$ 200 milhões na implantação de dois mil laboratórios maker em todo o país. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Serviço:
Data: 20/03/2024 (quinta-feira)
Horário: 14h30
Local: Centro de Eventos da Universidade Federal de Campina Grande Rosa Tânia Barbosa de Menezes
Endereço: Rua Aprígio Veloso, 889 – Universitário, Campina Grande – PB

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

Ministra Luciana Santos apresenta balanço das ações do MCTI em Comissão do Senado

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A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado Federal realizou, nesta quarta-feira (19), a sua 3ª reunião do ano. Convidada pelos senadores, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, apresentou um balanço das atividades da pasta, planos para o futuro e respondeu a questionamentos dos participantes.

A audiência, presidida pelo senador Flávio Arns (PSB/PR), contou com a participação dos senadores Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), Teresa Leitão (PT/PE), Confúcio Moura (MDB/RO), Dra. Eudócia (PL/AL), Izalci Lucas (PL/SP) e Wellington Fagundes (PL/MT), além de diversos representantes do MCTI e de entidades ligadas à ciência e tecnologia no país. O debate abordou temas como o orçamento do setor, a importância do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o desenvolvimento da Inteligência Artificial no Brasil, a atração e retenção de talentos e a regionalização dos investimentos em ciência e tecnologia.

40 Anos do MCTI

A ministra Luciana Santos abriu sua fala ressaltando a relação entre o MCTI e a democracia brasileira. “Não é à toa essa coincidência. Sempre que há o fortalecimento da democracia, há um fortalecimento da ciência aberta, da ciência livre”, declarou, referindo-se à criação do ministério durante a redemocratização do país. Para celebrar as quatro décadas de história, estão previstas ações como a criação da medalha Renato Archer, em homenagem ao primeiro ministro da pasta, exposições e a publicação de um livro e um documentário.

PAC impulsiona projetos estratégicos

Durante a reunião, a ministra falou sobre os projetos do MCTI que foram incluídos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pela primeira vez.

Entre eles:
Sirius: Laboratório de luz síncrotron de última geração que receberá investimentos de R$ 800 milhões, até 2026, para a construção de 10 novas estações;
– Órion: Construção do laboratório de máxima contenção biológica (NB4), com investimento de R$ 1 bilhão, até 2026;
Reator Multipropósito Brasileiro (RMB): O projeto promete autonomia na produção de radioisótopos, essenciais para a medicina e outras áreas. Está contemplado com um aporte de R$ 925,26 milhões;
– Expansão da conectividade para educação e pesquisa, por meio da construção de 19 Infovias Estaduais;
– Ampliação da cobertura do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com investimento de R$82 milhões.

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Inteligência Artificial

A integração do MCTI à Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo federal, foi outro ponto abordado durante a audiência. Luciana Santos detalhou a participação do ministério nas seis missões da NIB, com ênfase na transição energética e na transformação digital. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) promete impulsionar o desenvolvimento da IA no país. O supercomputador Santos Dumont, um dos mais poderosos do mundo, será peça fundamental nesse processo, com investimentos previstos de R$ 23 bilhões, até 2028.

Além disso, é previsto o desenvolvimento de modelos de linguagem em português para IA. “Queremos reduzir a dependência de modelos estrangeiros e refletir a cultura brasileira”, explicou a ministra do MCTI.

Questionamentos

A questão da distribuição equitativa dos recursos para ciência e tecnologia ganhou destaque com a intervenção da senadora Teresa Leitão. “É preciso um olhar especial para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, cobrou a parlamentar, enfatizando a necessidade de regionalizar os investimentos.

Em resposta, a ministra Luciana Santos apresentou números que preveem mais de R$ 2,49 bilhões destinados a projetos nessas regiões, até 2026. A senadora pernambucana ainda ressaltou a importância de iniciativas como o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e o apoio a pesquisas no semiárido.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia, senador Astronauta Marcos Pontes, levantou preocupações sobre o orçamento do Cemaden, o progresso de projetos como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o desenvolvimento de vacinas nacionais. “Precisamos garantir os recursos necessários para que o Cemaden possa cumprir sua missão de proteger a população”, afirmou o senador.

Marcos Pontes defendeu a integração do ensino superior com a pesquisa, sugerindo que os Institutos Federais fossem vinculados ao MCTI. “O ensino superior conectado com a ciência e tecnologia tem um sentido bastante interessante, principalmente com a evolução rápida de muitas tecnologias”, argumentou Pontes.

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O senador Izalci Lucas levantou questões relacionadas à formação de profissionais qualificados e à falta de integração entre diferentes ministérios e áreas do governo. Também perguntou à ministra sobre os programas voltados para a agricultura familiar.

Respondendo aos questionamentos, a ministra Luciana Santos detalhou as ações do MCTI em cada área, mostrando os avanços e reconhecendo os desafios existentes. “Estamos trabalhando para fortalecer o Cemaden, ampliar a produção de radiofármacos, incentivar a pesquisa no Pantanal e desenvolver vacinas 100% brasileiras”, assegurou.

Confira a apresentação da ministra.

Veja a íntegra da audiência no vídeo:

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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