conecte-se conosco


POLÍTICA NACIONAL

Comissão de Agricultura quer ouvir Lewandowski e Sonia Guajajara

Publicado

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou nesta quarta-feira (12) requerimento de convite à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para esclarecimentos sobre supostas irregularidades no protocolo de intenções entre o ministério e a empresa Ambipar para gestão ambiental e territorial indígena. Também foram aprovados convites ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e a outras autoridades do governo federal.

O autor do requerimento para ouvir a ministra (REQ 4/2025 — CRA), senador Rogério Marinho (PL-RN), destacou a “ausência de transparência e de procedimento licitatório”, argumentou que era necessária a autorização prévia do Congresso para a exploração econômica de terras indígenas e disse que os povos indígenas não foram consultados sobre a iniciativa.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), ao manifestar apoio ao convite, questionou a falta de licitação e elogiou a atividade econômica dos povos indígenas, como os parecis.

— A agricultura que eles estão fazendo (…) é um exemplo. O que os índios fazem no Rio Grande do Sul também é um exemplo; não precisam de alguém que venha sem licitação para fazer esse acompanhamento. São outras intenções que se têm aqui; a gente sabe quais são essas intenções.

O presidente da CRA, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), também disse estranhar a falta de ação do Ministério Público diante do acordo do ministério com a Ambipar.

Marco temporal

A aplicação da lei que ratifica o marco temporal para terras indígenas (Lei 14.701, de 2023) é o tema do convite ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski (REQ 7/2025 — CRA). O autor do requerimento, Jaime Bagattoli, avaliou que vários atos administrativos do ministério “aparentam destoar das previsões da legislação em vigor”, como as portarias de demarcação de terras tradicionalmente ocupadas por indígenas.

Leia mais:  Oposição denuncia "perseguição judicial" contra Eduardo Bolsonaro

Na discussão, Bagattoli avaliou que é preciso resolver a questão das terras indígenas e associou a alta no preço dos alimentos à insegurança jurídica no campo.

— Esta Casa (…) votou pelo marco temporal. Achamos que a situação estava resolvida. (…) Temos um grande perigo de sairmos de 14% a 15% do território nacional para próximo de 30% do território nacional [ocupado por reservas indígenas]. Isso vai causar um conflito no campo entre todos nós, entre o povo brasileiro e nossos indígenas. Não é isso que nós queremos.

Outro requerimento aprovado requer de Sonia Guajajara informações detalhadas sobre as áreas inscritas no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) no Pará que poderão ser convertidas em terras indígenas. Segundo Zequinha, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) não tem respondido às solicitações de dados sobre as demarcações, e o aumento da transparência servirá para alertar os produtores rurais da região.

— Senão, vão perder suas terras, e não sei onde vamos botar tanta gente que vai ser desalojada — afirmou.

A CRA também aprovou requerimentos de oitiva dos ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (REQ 1/2025 — CRA); da Pesca e Aquicultura, André de Paula (REQ 2/2025 — CRA); e da Agricultura, Carlos Fávaro (REQ 3/2025 — CRA). Os requerimentos foram apresentados por Zequinha Marinho para que os ministros possam apresentar suas pautas prioritárias nos próximos anos.

Crédito rural

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá prestar informações à CRA sobre crédito rural. Os dois requerimentos aprovados no colegiado, de autoria de Zequinha Marinho, se referem à estimativa de inadimplência das operações de crédito rural (REQ 5/2025 — CRA) e sobre o bloqueio de operações de crédito rural por desacordo a resoluções do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional (CMN) (REQ 6/2025 — CRA).

Leia mais:  Zé Silva vai presidir Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Os senadores ainda aprovaram a realização de debate na sexta-feira (14) durante a Expodireto Cotrijal, em Não-me-Toque (RS). Luis Carlos Heinze é autor da proposta.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Comentários Facebook
publicidade

POLÍTICA NACIONAL

Rodolfo Nogueira é o novo presidente da Comissão de Agricultura

Publicado

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara elegeu o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) como seu presidente para este ano com 32 votos favoráveis e 2 votos em branco. Os 3 vice-líderes serão eleitos em outro momento.

Rodolfo Nogueira disse que o setor está em crise por causa da queda dos preços das commodities e precisa ser defendido pela comissão. “Precisamos de um Parlamento comprometido com os que produzem e geram emprego neste país. Não haverá espaço para ataques ao agro. Não admitiremos que menosprezem quem leva comida para o brasileiro”, afirmou.

O deputado disse ainda que outra pauta importante será a defesa do direito de propriedade e fez uma referência ao mês de abril, quando o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra costuma realizar uma jornada de lutas pela reforma agrária. “Qualquer tentativa de invasão será combatida por esta comissão”, disse o presidente.

Perfil
Pecuarista e agricultor, Rodolfo Nogueira está em seu primeiro mandato como deputado federal. Entre 2020 e 2022 atuou como gerente internacional da Embratur e também ocupou a presidência de seu partido no Mato Grosso do Sul.

Sobre a comissão
A Comissão de Agricultura debate e vota temas relacionados à política agrícola, pesca, questões fundiárias e de reforma agrária, além de justiça e direito agrário. Criada pelo Parlamento ainda no período imperial, a comissão tem suas funções definidas em regimento desde 1920.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook
Leia mais:  Zé Silva vai presidir Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
Continue lendo

POLÍTICA NACIONAL

Delegado Paulo Bilynskyj é eleito presidente da Comissão de Segurança Pública

Publicado

Com 20 votos favoráveis e seis em branco, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi eleito presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Ele assumiu o cargo com discurso de atuar como “gestor” na fiscalização do governo federal e no diálogo com estados e municípios. “O momento de gestão é voltado exclusivamente para a segurança, já que não há trabalho, educação e renda sem segurança pública adequada”, afirmou.

Bilynskyj fez apelo aos demais deputados da comissão para que apresentem seus projetos e relatórios a fim de ampliar a produção legislativa. “Aqui, todos os projetos são importantes. Vamos construir um Brasil mais seguro por nós, por nossas famílias e por nossos filhos”.

O novo presidente da Comissão de Segurança Pública nasceu em São Paulo, tem 38 anos, é delegado de polícia desde 2012 e está no primeiro mandato de deputado federal. Na Câmara, já foi vice-líder do PL e da Oposição.

Antes da votação, o deputado Coronel Meira (PL-PE) chegou a apresentar candidatura avulsa para concorrer ao comando da comissão. O líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), fez um apelo por entendimento e Meira acabou desistindo da disputa. Os três vice-presidentes do colegiado serão eleitos na próxima semana.

A comissão é composta por 38 deputados titulares e igual número de suplentes. Entre os temas analisados e votados, estão prevenção, fiscalização e combate ao uso e ao tráfico de drogas; controle e comercialização de armas; proteção a testemunhas e vítimas de crime; e legislação penal e processual penal, do ponto de vista da segurança pública.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

Leia mais:  Projeto proíbe publicidade em jogos e aplicativos para menores de 18 anos

Comentários Facebook
Continue lendo

Envie sua denúncia

Clique no botão abaixo e envie sua denuncia para nossa equipe de redação
Denuncie

DIAMANTINO

POLÍTICA MT

POLICIAL

MATO GROSSO

POLÍTICA NACIONAL

ESPORTES

Mais Lidas da Semana