Segundo informações do blog do jornalista Lauro Jardim, petistas já estariam recolhendo assinaturas entre senadores e deputados para criar uma CPMI da Lava Jato . A aposta para garantir vitória também nesta etapa é a proximidade com o centrão de Arthur Lira, novo presidente da Câmara, que já sinalizou a favor da criação.
“Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição. Foi um casuísmo. Não vamos permitir que as conversas do Intercept, que foram autenticadas pelo ministro Lewandowski, desapareçam. São crimes cometidos pela quadrilha da Lava Jato “, afirmou Barros.
Naquele ano, ele informou possuir bens no valor de R$ 1,7 milhão, incluindo dois imóveis e participações em uma loja de chocolates, vendida recentemente. Sobre a participação no empreedimento, o senador revelou a amigos que a compra da mansão foi feita exatamente com o dinheiro obtido com a venda, conforme informações do blog do jornalista Guilherme Amado.
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O Extra teve acesso ao registro do negócio em cartório, cujo valor da compra foi de R$ 5,97 milhões. O documento informa que o imóvel tem 2.400 m², fica localizado em uma área batizada de “Setor de Mansões Dom Bosco” e teve a aquisição registrada no dia 29 de janeiro. Constam como compradores Flávio e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, com quem é casado sob comunhão parcial de bens. A vendedora é a RVA Construções e Incorporações.
A certidão do imóvel registra que, do total do imóvel, houve a contratação de um financiamento junto ao Banco de Brasília (BRB) para o pagamento de R$ 3,1 milhões. Serão 360 prestações mensais, com taxas de juros entre 3,65% e 4,85%. Flávio ganha salário de R$ 33 mil mensais como senador.
Investigado pela suposta existência de um esquema de desvios de recursos dos salários de seus assessores quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj ), o senador é suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de imóveis.
Na semana passada, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça ( STJ ) anulou as quebras do sigilo bancário e fiscal da investigação da rachadinha , acolhendo um recurso da defesa do senador. Com isso, as principais provas da denúncia apresentada no fim do ano contra Flávio pelo Ministério Público do Rio de Janeiro devem ser descartadas.
A denúncia apontava que 12 funcionários fantasmas lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj teriam desviado R$ 6,1 milhões dos cofres públicos. Procurada, a assessoria do senador ainda não se manifestou a respeito do imóvel.
Em outubro, logo após colocar o aparelho, deputada o exibiu durante culto
Relatório da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio aponta que a bateria da tornozeleira eletrônica usada pela deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) terminou 11 vezes de outubro até o mês passado. Em uma das ocasiões, segundo o documento, o equipamento da deputada ficou desligado por quase 17 horas. Quando a carga chega ao fim, o monitoramento é suspenso.
O relatório, ao qual O Globo teve acesso, foi enviado pela Seap à Justiça. Flordelis é ré em processo na 3ª Vara Criminal de Niterói na qual é acusada de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo .
A deputada passou a usar tornozeleira eletrônica em 8 de outubro do ano passado, após uma determinação da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Pela decisão judicial, a deputada deve permanecer em casa das 23h às 6h. Somente no primeiro mês de uso, a bateria do equipamento terminou três vezes. Uma delas, no dia 31, quando o monitoramento ficou suspendo por quase 17h. A tornozeleira desligou às 6h56 e só foi religada às 23h51.
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Consta, no relatório da secretaria, que ao comparecer à Seap para fazer a instalação, Flordelis foi orientada sobre a necessidade de carregar a tornozeleira eletrônica. Para recarregar o aparelho, é preciso ficar conectado a uma tomada.
O monitoramento eletônico é uma das medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal. O descumprimento dessas medidas pode acarretar na decretação da prisão do réu. No entanto, Flordelis tem imunidade parlamentar e só pode ser presa em flagrante delito por crime inafiançável, conforme determina a Constituição Federal.
No relatório, consta ainda que em 15 ocasiões Flordelis não estava em casa entre os horários estabelecidos pela juíza. Em 14 delas, segundo o documento, a deputada estava em deslocamento para Brasília. Já em um episódio, a pastora estava no fórum de Niterói, em audiência no processo no qual é ré.
No documento, consta ainda um rompimento da tornozeleira eletrônica . No entanto, o Extra constatou que isso ocorreu no momento em que Flordelis estava na Seap instalando a tornozeleiran eletrônica. Todos os episódios de término de bateria, permanência de casa fora dos horários permitidos e rompimento de tornozeleira são considerados, pela secretaria, violações ao uso do equipamento. O relatório que consta no processo foi gerado pelo Sistema de Acompanhamento de Custódia da secretaria no último dia 23.
O Globo procurou a assessoria de imprensa de Flordelis para que a parlamentar explicasse as violações que constam no documento, mas não houve resposta até a noite dessa segunda-feira.