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MJSP celebra 203 anos com o olhar voltado para os desafios do presente

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Brasília, 03/07/2025 – Com sua trajetória iniciada em 1822, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) chega aos 203 anos, nesta quinta-feira (3), e reafirma o compromisso com a proteção dos brasileiros e o fortalecimento das instituições democráticas. Mais do que memorar a trajetória desse órgão histórico, a celebração deste ano marca um momento de transformação e de resposta aos desafios atuais da segurança pública no País.

A data foi exaltada por todos os órgãos da estrutura do ministério: Secretaria Executiva (SE), Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), Secretaria de Acesso à Justiça (Saju), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL), Secretaria de Direitos Digitais (Sedigi), Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Comemorar os 203 anos do Ministério da Justiça e Segurança Pública é celebrar a própria história do Brasil. Criado em 3 de julho de 1822 por José Bonifácio de Andrada e Silva, o mais antigo ministério do País desempenhou — e continua a desempenhar — um papel central na consolidação da Justiça, da cidadania e da segurança pública, pilares fundamentais do Estado brasileiro”, afirma o ministro Ricardo Lewandowski.

Nos últimos 12 meses, todo o MJSP apostou em uma ampla reforma estrutural voltada à promoção de segurança e de tranquilidade para a população. Entre as principais iniciativas, destaca-se a elaboração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, reconhecendo o tema como prioridade de Estado e pavimentando o caminho para políticas mais integradas e eficazes.

A PEC da Segurança Pública propõe modernizar e integrar o sistema de segurança no Brasil, fortalecendo a atuação conjunta entre União, estados e município, e agora está em tramitação no Congresso Nacional.

Crianças e adolescentes

O MJSP também avançou em medidas concretas voltadas à proteção da infância e da juventude, inclusive no ambiente digital. Promovida pela Senad, pela Senajus, pela Sedigi e pela Saju, a estratégia Crescer em Paz foi lançada como uma importante ferramenta para o enfrentamento do cenário de insegurança que envolve os jovens brasileiros.

Em 2025, por meio da iniciativa, estão previstos investimentos de cerca de R$ 82 milhões, que serão distribuídos em um plano de 45 ações que visam a prevenção a violências, o acolhimento e a recuperação das vítimas e a facilitação do acesso à justiça. As ações inseridas na Crescer em Paz estão organizadas em quatro eixos prioritários de proteção: insegurança e vulnerabilidade; justiça; digital; e jornadas vulneráveis.

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Nesse sentido, foi lançada uma consulta pública para a modernização da Classificação Indicativa, ampliando a proteção de crianças e de adolescentes em aplicativos de redes sociais ou de hospedagem de conteúdos e vídeos comercializados ou distribuídos gratuitamente em lojas digitais. A ação integra uma agenda mais ampla de regulação das plataformas digitais, com foco na responsabilidade das big techs e na defesa dos direitos fundamentais no ambiente virtual.

O MJSP também trabalhou na revisão da classificação de algumas redes sociais:

Instagram – de 14 para 16 anos

Telegram – de 14 para 18 anos

Facebook – de 14 para 16 anos

TikTok – de 12 para 14 anos

Kwai – de 12 para 14 anos

Direito do consumidor 

No âmbito da defesa do consumidor, a Senacon reforçou sua atuação fiscalizatória e técnica. Somente em 2024, foram aplicados mais de R$ 70 milhões em multas, sendo R$ 45 milhões por infrações ao Código de Defesa do Consumidor e R$ 25 milhões por irregularidades no setor regulado. A secretaria também expediu 500 notificações, elaborou 18 notas técnicas, concluiu 644 processos administrativos e analisou cerca de 280 projetos de lei, demonstrando o compromisso com a proteção dos direitos do consumidor e o aperfeiçoamento da legislação.

Cooperação internacional

A atuação do ministério também se expandiu para o cenário internacional, em diversas reuniões com representantes de países como França, Itália, Paraguai e Argentina, ampliando o combate conjunto a organizações criminosas transnacionais, ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.

Entre os destaques estão dois acordos de cooperação, um firmado com Argentina e Paraguai para reforçar a segurança na tríplice fronteira e outro com a Interpol, que prevê ações integradas para desarticular organizações criminosas transnacionais, apoiar a modernização tecnológica dos órgãos de segurança pública na América Latina e promover a proteção de grupos vulneráveis com respeito aos direitos humanos.

Histórico

O MJSP foi o primeiro ministério criado no País, em 3 de julho de 1822, poucos meses antes da declaração da independência. O decreto que criava a então Secretaria de Estado de Negócios da Justiça foi assinado por D. Pedro I e referendado por José Bonifácio de Andrada e Silva.

A missão da pasta era resolver processos administrativos e judiciários, além de intervir na ação de autoridades religiosas, atuando como intérprete da legislação. Também cuidava dos objetos de justiça civil e criminal, nomeações da magistratura, ofícios e empregos, inspeção de prisões, promulgação de leis, decretos, resoluções e assuntos de segurança pública.

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Cento e trinta e nove ministros já estiveram à frente do órgão. O primeiro ministro da Justiça foi Caetano Pinto de Miranda Montenegro, o marquês de Vila Real da Praia Grande, de 16 de janeiro de 1822 a 17 de julho de 1823.

O atual ministro é Enrique Ricardo Lewandowski. Entre os destaques de seu extenso currículo, estão o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, no biênio 2014-2016. Lewandowski também exerceu interinamente o cargo de presidente da República, em 2014, e de presidente do Senado Federal, no julgamento do processo de impeachment, em 2016.

Ele exerceu ainda o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, na gestão 2010-2012. Foi juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Todos os ocupantes anteriores do cargo são homenageados com imagens e registros na Sala de Retratos, localizada no 4º andar do Palácio da Justiça, sede do MJSP, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). O local também abriga uma réplica do Decreto de 3 de julho de 1822, assinado por José Bonifácio, que criou a Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça.

Palácio da Justiça

O Palácio da Justiça também celebra, em 3 de julho, 53 anos de fundação. Até o dia da inauguração do prédio, o ministério era dividido entre Brasília e Rio de Janeiro (antiga capital federal). A estrutura — retangular, de concreto armado e medindo 84m x 75m — foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que integrou as curvas e as retas do concreto armado à fluidez das cascatas da fachada principal do edifício.

Os jardins internos e externos são do paisagista Burle Marx e trazem um toque tropical ao Cerrado. Na área externa, há um espelho d’água que inclui um jardim aquático com plantas tropicais da Amazônia. Duas passarelas sobre a água levam para o interior do palácio. A ideia de Burle Marx de criar um ambiente tropical extrapola a área dos jardins externos. Ele planejou um jardim de inverno para o terceiro andar do Palácio da Justiça. Com o pé direito com pouco mais de dez metros, o local tem vigas na cobertura formando um pergolado, além de área com plantas e bancos, algo atrativo que auxilia na ventilação do prédio.

O Salão Negro é outro destaque com seu grande painel metálico construído com 2.090 placas de aço inoxidável importadas da Alemanha.

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Existem ainda várias pinturas do artista paulista Clóvis Graciano espalhadas pelo Palácio da Justiça, retratando cenas relacionadas à Justiça, como julgamentos e tribunais. Além das obras mencionadas acima, o Palácio da Justiça abriga uma coleção de pinturas de diversos artistas brasileiros, que retratam temas relacionados à justiça, à história do país e à cultura brasileira.

O Palácio da Justiça integra, ainda, o Conjunto Urbanístico de Brasília e é legalmente protegido em três instâncias:

– Pela Unesco – Lista do Patrimônio Mundial (Inscrição nº 445 de 1987);

– Pelo Governo do Distrito Federal – Decreto nº 10.829 de 1987 (Tombamento Distrital);

– Pelo Iphan – Portaria nº 314 de 1992 (Tombamento Federal).

O Palácio também é protegido pelo Processo de Tombamento Nº 1.550-T-07, que resguarda as edificações mais representativas de Oscar Niemeyer em Brasília, como reconhecimento da importância e significação da obra do arquiteto no conjunto tombado. Desde 2003, o Palácio da Justiça é chamado de Palácio da Justiça Raymundo Faoro, em homenagem ao jurista falecido.

Biblioteca

Outra atração do MJSP é a sua biblioteca, considerada uma das melhores bibliotecas públicas do Distrito Federal. Ela possui acervo formado por 88 mil exemplares, entre livros, periódicos, folhetos e recursos eletrônicos. Desses, 25 mil são consideradas obras raras e recebem higienização e restauração, a partir de convênio, de jovens da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Fazem parte desse grupo 18 mil volumes que formam a Coleção Affonso Pena Júnior, que foi ministro da Justiça de 5 de fevereiro de 1925 a 15 de novembro de 1926. Sua coleção de livros foi doada pela família ao MJSP.

As obras mais antigas são dois incunábulos, livros impressos nos primeiros tempos da imprensa, antes mesmo da invenção de Gutenberg e do descobrimento do Brasil. Os títulos são Petrarca, do humanista italiano Francesco Petrarca (1304-1374) — obra mais antiga pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, de 1496 —, e Horácio, de 1498. A biblioteca tem acesso liberado ao público em geral, das 7h às 19h30, mas o empréstimo de livros — notadamente sobre a área de Direito, Polícia e Segurança Pública — é restrito a servidores públicos, mobilizados e estagiários.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Futebol feminino em ascensão: mais visibilidade, investimentos e protagonismo para as mulheres

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Celebrado em 19 de julho, o Dia do Futebol foi instituído pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1976 para homenagear o esporte mais popular do país. Durante décadas, o futebol foi um espaço reservado quase exclusivamente aos homens. Hoje, esse cenário vem mudando: cada vez mais mulheres ocupam seu lugar dentro e fora de campo, impulsionadas por políticas públicas, investimento e maior visibilidade.

“Investir no futebol feminino é afirmar que as mulheres têm o direito de sonhar, competir e brilhar em qualquer campo da sociedade. O esporte é uma ferramenta estratégica de transformação, e o Governo Federal está comprometido em garantir que meninas e mulheres ocupem, com dignidade e respeito, todos os espaços, inclusive os gramados”, afirma a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O futebol feminino no Brasil, por muito tempo, enfrentou restrições legais. Em 14 de abril de 1941, o Decreto-Lei nº 3.199, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, proibiu as mulheres de praticar futebol e outras modalidades consideradas “incompatíveis com a natureza feminina”. A proibição durou quase 40 anos, sendo revogada apenas em 1979, durante o processo de redemocratização do país.

Desde então, e com mais intensidade nos últimos anos, o futebol feminino tem se desenvolvido de forma significativa. O aumento de atletas profissionais, a expansão dos campeonatos, a presença crescente da modalidade na mídia e o apoio de clubes tradicionais, como o Corinthians que conquistou o primeiro pentacampeonato da Copa Libertadores Feminina, são reflexos desse avanço.

Copa do Mundo Feminina 

A trajetória da seleção brasileira em Copas do Mundo começou em 1991, na primeira edição oficial do torneio feminino organizada pela FIFA, realizada na China. Desde então, o Brasil tem sido presença constante na competição, consolidando-se como uma das principais seleções do mundo.

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Agora, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo Feminina da FIFA será realizada na América do Sul. O Brasil foi escolhido como país-sede da edição de 2027, que ocorrerá entre 24 de junho e 25 de julho, reunindo 32 seleções. A expectativa é de que o evento deixe um legado estrutural e social duradouro para o esporte feminino brasileiro.

Investimento, visibilidade e representatividade

O Governo Federal tem ampliado os investimentos na promoção do futebol feminino por meio de ações que abrangem desde a formação de base até o alto rendimento, passando pela qualificação profissional e melhoria da infraestrutura esportiva. Essas iniciativas integram uma estratégia intersetorial que envolve esporte, educação e cultura, com foco no desenvolvimento sustentável da modalidade.

Além das ações estruturantes e intersetoriais, o Governo Federal também apoia diretamente atletas do futebol feminino por meio do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. O benefício tem sido fundamental para garantir a permanência de jogadoras em alto rendimento, inclusive na seleção brasileira. Em 2024, mais de 60% das atletas convocadas para os Jogos Olímpicos de Paris eram contempladas pelo programa, que assegura suporte financeiro em diferentes categorias, da base ao nível olímpico.

Esse conjunto de ações está alinhado à Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, instituída pelo  Decreto nº 11.458, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2023. A política pública visa valorizar a presença de meninas e mulheres em todas as etapas do futebol, promovendo mais equidade no acesso, no reconhecimento e nas oportunidades.

Compromisso com o enfrentamento à violência de gênero no esporte

Em novembro de 2024, o Ministério das Mulheres e a CBF firmaram dois compromissos centrais para o enfrentamento à violência de gênero no esporte: a Carta-Compromisso pelo Feminicídio Zero, que oficializou a adesão da CBF à mobilização nacional, e o Acordo de Cooperação Técnica para a implementação do Protocolo “Não é Não” em arenas esportivas.

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A campanha já esteve presente em mais de 10 partidas das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, levando mensagens de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher e promovendo a divulgação do  Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher. As ações ocorrem em um ambiente predominantemente masculino, como os estádios, e reforçam a mensagem de que a responsabilidade pelo enfrentamento à violência deve ser compartilhada por toda a sociedade.

Representatividade e transformação social

A promoção do futebol feminino representa mais do que uma política esportiva: trata-se de um gesto simbólico de inclusão e afirmação das mulheres em espaços historicamente masculinos. Assim como nas políticas voltadas à inserção de meninas na ciência, o fortalecimento da participação feminina no esporte contribui para ampliar horizontes, romper barreiras e inspirar novas gerações.

A representatividade permite que mais meninas e mulheres sonhem, ocupem espaços de liderança e sejam protagonistas de suas próprias trajetórias  nos gramados, nas arquibancadas, nas comissões técnicas e nas gestões esportivas.

Fonte: Ministério das Mulheres

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BNDES aprova R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para prevenção e combate a incêndios no Cerrado e no Pantanal

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Brasília, 18/07/2025 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nessa quinta-feira (17), a destinação de até R$ 150 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia para ações de prevenção e combate a incêndios florestais nos biomas Cerrado e Pantanal. O projeto aprovado, Manejo Integrado do Fogo, foi uma construção interministerial apresentada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e marca a primeira ação do fundo para aplicação de recursos no enfrentamento a incêndios em outros biomas além da Amazônia Legal. O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O projeto vai apoiar os Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais da Bahia (BA), do Distrito Federal (DF), de Goiás (GO), de Minas Gerais (MG), de Mato Grosso do Sul e do Piauí (PI), além da Força Nacional de Segurança Pública. Os investimentos contemplam aquisição de equipamentos, máquinas, veículos e insumos estratégicos para ampliar a capacidade de resposta a incêndios. O objetivo é ampliar a capacidade de resposta diante do agravamento dos incêndios florestais registrado em 2024 e da previsão de novos episódios extremos para 2025.

Os investimentos incluem caminhonetes 4×4 com kits de combate a incêndios, bombas costais, sopradores, drones, GPS portáteis, notebooks e veículos especializados como autobomba tanque florestal (ABTF), autobomba tanque e salvamento (ABTS-1), guinchos e veículos de carga. Cada estado apoiado deverá formalizar parceria com o Ministério da Justiça, comprometendo-se a utilizar os bens exclusivamente em ações de prevenção e combate ao fogo e garantir a conservação dos equipamentos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, explica que essa é uma antecipação a eventuais problemas futuros, com base na experiência dos combates às queimadas nos últimos anos. “Vamos seguir protegendo nossos biomas em um esforço conjunto, com inteligência compartilhada e integração do Governo Federal e suas forças, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, com os Corpos de Bombeiros e com as brigadas florestais dos estados”, afirma. Junto a isso, completou, “temos uma ação concreta, que é o projeto de lei elaborado pelo ministério que torna mais rigorosa as penas em caso de incêndios criminosos e que está em tramitação no Congresso Nacional”.

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A proposta é resultado de uma construção interministerial, que contou com a participação do MMA, da Casa Civil, do MJSP, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), dos estados e de outros parceiros — e de discussões feitas no âmbito da Câmara Técnica Permanente de Articulação Interfederativa do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e autorizada previamente pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa). O projeto é uma resposta concreta à implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF).

“O avanço dos incêndios florestais e das queimadas não autorizadas em biomas como o Cerrado e o Pantanal tem exigido uma resposta emergencial e integrada do Estado brasileiro”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Em 2024, o País enfrentou um cenário crítico e atípico de fogo, com impactos sobre a vegetação nativa, sobretudo no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado. No Cerrado, foram 9,7 milhões de hectares queimados em 2024; e no Pantanal, 1,9 milhões de hectares. Sob orientação do presidente Lula, estamos ampliando as ações de monitoramento e controle de incêndios florestais e queimadas.”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que as ações de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e Cerrado, duramente atingidos pelos incêndios nos últimos anos, também devem ser reforçadas. “O apoio do Fundo Amazônia será determinante para que os Corpos de Bombeiros dos estados que abrigam esses biomas sejam capacitados e equipados com caminhões-tanque e bombas costais, por exemplo, e possam atuar em conjunto com o governo federal no controle dos incêndios”, ressaltou. “Para que o Brasil tenha uma governança do fogo à altura dos desafios impostos pela mudança do clima, é crucial que todos os entes federativos estejam fortalecidos em suas capacidades para cumprir com suas atribuições, de acordo com a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.”

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A lógica de atuação do projeto está dividida em três escalas: local, estadual e interestadual. No nível local, serão apoiadas brigadas florestais formadas por moradores treinados e cadastradas nos Corpos de Bombeiros Militares, consideradas a primeira linha de defesa contra o fogo. Na escala estadual, o foco é estruturar os Corpos de Bombeiros com veículos e equipamentos. Já no nível interestadual, o projeto fortalece a atuação da Força Nacional em operações integradas.

Fundo Amazônia

O projeto também reforça o papel do Fundo Amazônia no apoio ao fortalecimento institucional e à proteção ambiental em escala nacional. O ambiente de cooperação entre União, estados e municípios, construído por meio do Cofa e da Câmara Técnica Permanente de Articulação Interfederativa, vem sendo essencial para a consolidação de uma política integrada e eficiente de prevenção aos incêndios florestais.

O Cofa aprovou, em maio deste ano, a possibilidade de apoio a biomas além da Amazônia Legal, considerando o agravamento dos incêndios florestais em 2024 e os riscos para 2025. A legislação permite que até 20% dos recursos do Fundo Amazônia sejam aplicados em ações de controle e monitoramento ambiental em outros biomas.

Essa não é a primeira vez que o Fundo Amazônia é acionado para fortalecer ações de monitoramento e controle do desmatamento de outros biomas brasileiros. O Cofa já havia considerado, por exemplo, que os projetos de Cadastro Ambiental Rural (CAR) são parte dos sistemas de controle ambiental e incluiu o tema nos focos de atuação fora da Amazônia Legal. Assim, os recursos do Fundo Amazônia puderam ser empregados para apoiar a regularização do CAR de vários estados país.

Desde a sua retomada em 2023, o Fundo Amazônia ampliou o apoio a projetos de combate a incêndios. Já foram aprovados R$ 371 milhões para os Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal, além de apoios específicos apoio ao Ibama/Prevfogo, por exemplo.

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Com a aprovação do projeto Manejo Integrado do Fogo, o Fundo contribui para construção de uma política nacional integrada de prevenção e controle do fogo, com base na ciência, na cooperação federativa e na proteção dos biomas brasileiros.

Veja os componentes do projeto Manejo Integrado do Fogo

A estratégia do projeto congrega atuação em escalas local, estadual e Inter federativa, buscando maior eficácia ao combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas. O apoio à implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo requer que os estados e demais entes apoiados assumam compromissos e responsabilidades que contribuam para a estruturação e o fortalecimento da política.

Apoio às Brigadas Florestais: o projeto prevê o apoio a brigadas florestais formadas por população local treinada, que atuam de forma imediata, antes da chegada dos bombeiros. Serão fornecidos equipamentos de proteção individual e de combate a brigadas cadastradas nos Corpos de Bombeiros Militares de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal.

– Estruturação dos Corpos de Bombeiros Militares: o apoio busca ampliar a capacidade de prevenção e combate ao fogo com veículos, equipamentos e infraestrutura. Entre os itens previstos estão: caminhonetes 4×4 com kit de combate a incêndios; bombas costais; autobomba tanque florestal (ABTF), autobomba tanque e salvamento (ABTS-1), GPS portáteis e drones (no caso do DF). A estruturação garante maior autonomia, segurança e agilidade, especialmente diante da gravidade dos incêndios no Cerrado e no Pantanal.

– Apoio à Força Nacional de Segurança Pública: a Força Nacional será equipada para atuar quando os estados necessitarem de reforço técnico e logístico. Serão adquiridos: Bombas costais, sopradores, caminhonetes com kits de combate, 70 kits para pick-ups, ABTF, guincho caracterizado, veículo urbano de Carga (VUC), drones e notebooks.

Com informações do BNDES

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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