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AGRONEGÓCIOS

Mapa treina operadores de raio x para barrar mercadorias importadas proibidas

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Operadores de raio x que atuam no controle de mercadorias importadas por brasileiros estão sendo treinados pelo sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) de São Paulo para interceptar produtos de interesse agropecuário. Algumas mercadorias vindas de outros países podem representar risco à produção nacional e o trabalho desses profissionais é essencial para barrar a entrada.

Nos Correios, essas mercadorias ganham o nome de “remessa postal”, enquanto nas empresas privadas de logística elas se chamam “remessa expressa”. Na semana passada, o treinamento ocorreu no Centro Internacional de Tratamento de Encomendas dos Correios da Vila Leopoldina, em São Paulo, e em uma empresa privada que recebe e distribui encomendas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Passam pelo raio x tanto produtos adquiridos por brasileiros via plataformas de e-commerce quanto encomendas enviadas por pessoas físicas. O crescimento das importações de remessas explodiu com a pandemia de coronavírus. Em 2022, as centrais brasileiras receberam 5 milhões de unidades; no ano seguinte, foram 60 milhões. Em 2024, passaram pelo controle aduaneiro quase 200 milhões de remessas – praticamente uma unidade para cada brasileiro. O número só não foi maior porque a chamada “taxa das blusinhas” deu uma freada no mercado no ano passado. Cada unidade ou remessa é um pacote fechado, aqueles que o consumidor recebe em casa quando faz uma compra on-line.

Atualmente, o maior volume de remessas recebidas no Brasil chega pelos Correios de Curitiba (PR) – cerca de 800 mil unidades/dia. Mas a empresa de Guarulhos, inaugurada há pouco mais de um ano, planeja processar 700 mil remessas/dia. Hoje ela recebe, separa e distribui cerca de 200 mil unidades/dia, mas já chegou a trabalhar com 250 mil. De origem chinesa, a empresa implantou 14 aparelhos modernos de raio x, e opera em dois turnos. Há planos de processar por 24 horas.

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De acordo com Enrico Ortolani e Rita Lourenço, auditores fiscais federais agropecuários do Mapa que realizaram os treinamentos, no ano passado foram fiscalizadas no Brasil 12.318 remessas expressas ou postais, das quais 3.148 foram devolvidas aos remetentes por representarem risco à agropecuária nacional. O percentual de devolução chega a 25,6%.

Esse tipo de treinamento feito pelo Mapa tem se tornado mais importante à medida em que o volume de compras cresce. Operadores de unidades receptoras de Valinhos e de Viracopos também foram capacitados e novas rodadas devem ocorrer em breve.

MERCADORIAS

Mas que tipo de mercadoria é proibido por lei de entrar no país? A campeã de indeferimentos são as coleiras antiparasitárias para cães, que não podem ser importadas sem a documentação correta, pelo risco sanitário. Mas os brasileiros também tentam importar, sem a devida autorização: petiscos para pets, sementes, bebidas, embutidos (salames, copas, etc), objetos de madeira não tratada, chifres, carcaças de animais, penas de aves, crina de cavalo, fertilizantes e agrotóxicos, peixes, ninhos, mel, geleia real, polen, produtos de uso veterinário (colírios e outros medicamentos), tâmaras com caroço, bonsais e até troféus de caça (animais empalhados – taxidermia).

Todos os produtos acima podem entrar no país, desde que tenham autorização expressa do Mapa para a importação e certificação sanitária, conforme o caso, assim como material destinado à pesquisa.

A ação dos operadores de raio x ajuda a identificar descrições incorretas nas embalagens. Às vezes o conteúdo é descrito como “decoração” ou “presente” pelo remetente, mas dentro do pacote existem plantas, sementes ou outros produtos de interesse agropecuário. Como curiosidade, eles mostraram no treinamento uma descrição de “importação de madeira brasileira”. Rita e Enrico explicaram que, na dúvida, as mercadorias devem ser separadas e direcionadas aos fiscais do Mapa, para realização da inspeção física.

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Em Guarulhos, em uma inspeção recente do Vigiagro, de 600 remessas avaliadas, que haviam sido pré-selecionadas pelo Mapa, cerca de 400 eram coleiras antiparasitárias. De acordo com Nathalia Saito, auditora fiscal do Vigiagro, o risco envolve a saúde do pet, já que o produto não passou pelo processo de aprovação pelo ministério, além de poder não apresentar o efeito antiparasitário desejado. “Muitas dessas coleiras sequer têm rótulo indicando qual é o princípio ativo ou droga utilizada”, concluiu.

Informação à imprensa
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Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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AGRONEGÓCIOS

Agronegócio faturou R$ 54,4 bilhões no primeiro semestre

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As exportações do agronegócio de Minas Gerais movimentaram R$ 54,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, o equivalente a US$ 9,8 bilhões, consolidando o estado como o terceiro maior exportador do setor no país. O valor representa um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, apesar da queda de 9% no volume total embarcado, que somou 8,5 milhões de toneladas.

O desempenho foi impulsionado principalmente pelo café, carro-chefe da pauta mineira, que respondeu por mais da metade da receita do período. Foram exportadas cerca de 13,7 milhões de sacas, volume 8,8% menor do que em 2024, mas que gerou uma receita 61% maior, alcançando US$ 5,5 bilhões (R$ 30,6 bilhões). O resultado reflete o cenário internacional de menor oferta e preços elevados, com forte demanda de países como Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

As carnes também apresentaram bom desempenho. O segmento — que inclui bovina, suína e frango — faturou US$ 831,6 milhões (R$ 4,62 bilhões), alta de 16,8% no valor e aumento de 4,5% no volume, somando 238,6 mil toneladas exportadas. Em contrapartida, setores como o sucroalcooleiro, produtos florestais e complexo soja registraram retração. As vendas externas de açúcar e etanol caíram 29,3%, totalizando US$ 714,4 milhões. Já o complexo soja (grão, óleo e farelo) embarcou 4,8 milhões de toneladas, com receita de US$ 1,91 bilhão, queda de 16,4% no faturamento.

Minas Gerais enviou mais de 560 produtos agropecuários a 169 países, tendo como principais destinos a China (25,4%), Estados Unidos (12%), Alemanha (8,1%), Itália (5,5%) e Japão (4,6%).

Para a Secretaria de Agricultura, o setor mineiro demonstrou resiliência ao aproveitar oportunidades num cenário externo ainda marcado por volatilidade cambial, medidas protecionistas e incertezas logísticas.

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Segundo a secretaria, a valorização dos preços internacionais compensou a redução dos volumes, especialmente em mercados mais exigentes e seletivos. O Governo de Minas também atribui o bom resultado a políticas de incentivo no campo, como regularização fundiária, segurança rural e programas de irrigação.

Apesar dos desafios em alguns segmentos, o agronegócio mineiro encerra o semestre com saldo positivo, mantendo protagonismo no comércio exterior brasileiro e expectativa de crescimento contínuo nos próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Exportações impulsionam mercado, mas consumo segue fraco

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O mercado de arroz no Brasil começa a dar sinais de recuperação, após um período de forte pressão sobre os preços e baixa liquidez. O movimento, embora ainda tímido, vem sendo sustentado principalmente pelo crescimento das exportações, que têm garantido algum alívio para os estoques internos e renovado a expectativa de retomada do setor.

No Rio Grande do Sul, principal polo produtor do país, as cotações mostram leve valorização nas últimas semanas. Negociações pontuais para arroz em casca com bom rendimento industrial (acima de 58% de grãos inteiros) têm ocorrido na faixa de R$ 67 a R$ 68 por saca de 50 quilos (FOB) na Fronteira Oeste. Já na região portuária, os preços CIF oscilam entre R$ 72 e R$ 73, refletindo o interesse de compradores internacionais.

O bom desempenho das exportações em julho — com estimativa de embarques próximos de 200 mil toneladas (base casca) — tem sido decisivo para o fôlego do setor. Com o consumo interno ainda retraído, a saída por meio do canal externo tornou-se fundamental para aliviar a pressão de oferta e gerar sustentação aos preços. Lideranças do setor propõem, inclusive, o redirecionamento de parte dos estoques excedentes — cerca de 10% — para o mercado externo como forma de recompor o equilíbrio.

Apesar desse avanço, o mercado interno segue moroso. As indústrias continuam operando com cautela, comprando volumes reduzidos, geralmente em lotes de mil sacas. A fraca demanda doméstica, combinada ao alto volume disponível no mercado, mantém travada a comercialização da safra e limita o espaço para novas altas nas cotações.

A média estadual da saca no Rio Grande do Sul, para arroz com rendimento entre 58% e 62%, ficou em R$ 67,45 na quinta-feira (17), com pagamento à vista. Isso representa um avanço de 0,39% em relação à semana anterior e de 2,05% frente ao mesmo período do mês passado. No entanto, a comparação com o início do ano ainda é desfavorável, com retração acumulada de 41,88%.

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A sinalização de melhora traz algum alento, mas a consolidação dessa tendência dependerá de estratégias coordenadas entre os elos da cadeia produtiva e políticas que estimulem a fluidez do mercado. O cenário ainda é desafiador, e o equilíbrio entre oferta, demanda e rentabilidade para o produtor permanece como principal meta para os próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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