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AGRONEGÓCIOS

Crescimento impulsiona setor de máquinas agrícolas, mas desafios freiam retomada

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O desempenho do agronegócio brasileiro em 2025 tem ajudado a reaquecer o mercado de máquinas e equipamentos agrícolas, setor que sofreu retração em 2024. Projeções indicam alta na produção de tratores e maior interesse dos produtores por tecnologias que aumentem a produtividade no campo. No entanto, os obstáculos para uma recuperação mais sólida permanecem — entre eles, o alto custo do crédito, a defasagem da frota nacional e incertezas regulatórias.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o faturamento do setor cresceu 23,3% em 2025, na comparação com o ano anterior, alcançando R$ 4,2 bilhões (referencia janeiro 2025). Apesar da recuperação inicial, o acumulado dos últimos 12 meses ainda está cerca de 17% abaixo do pico registrado anteriormente, refletindo os impactos de juros elevados e cautela na renovação da frota por parte dos produtores.

A expectativa de uma safra recorde — estimada em 322,4 milhões de toneladas —, a recuperação de preços de commodities e condições climáticas mais favoráveis criam um ambiente positivo para a produção agrícola em 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasileiro deve crescer entre 3,5% e 6% neste ano, segundo estimativas da CNA e do Cepea/USP. Esse avanço repercute diretamente na demanda por equipamentos, especialmente tratores e implementos de menor porte.

Consultorias especializadas projetam crescimento de 7% na produção de tratores neste ano, enquanto colheitadeiras devem registrar retração de 1,9% e pulverizadores autopropelidos, queda de 2,9%. A diferença de comportamento entre os segmentos está ligada a fatores como renovação de frota, custo de aquisição e transição tecnológica.

Tratores seguem sendo prioridade para muitos produtores, sobretudo pela importância operacional e pelo maior acesso a linhas de crédito direcionadas. Já colheitadeiras e pulverizadores enfrentam pressão por modernização, com o avanço de soluções autônomas e novas exigências ambientais, como a previsão de implantação do MAR-II, que regulamenta emissões de máquinas fora de estrada.

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Apesar da recuperação no mercado, produtores seguem cautelosos. Muitos adiam investimentos, optam por locação ou aquisição de máquinas usadas. Pequenas propriedades, com menor capacidade financeira, enfrentam ainda mais dificuldade para modernizar seus parques de máquinas.

A ausência de uma política industrial clara para máquinas agrícolas também preocupa o setor. A falta de alinhamento com exigências internacionais de emissão e a indefinição sobre a implementação do MAR-II no Brasil afetam a competitividade da indústria nacional. Sem escala de produção e planejamento regulatório, o custo das novas tecnologias tende a ser repassado integralmente ao produtor.

Além disso, o financiamento continua sendo um gargalo. O Plano Safra 2025/2026, que prevê R$ 15 bilhões em subvenções para equalização de juros, pode ser insuficiente diante de uma taxa Selic que se mantém em torno de 15% ao ano. Estimativas do setor apontam que seriam necessários cerca de R$ 25 bilhões para manter o mesmo nível de apoio oferecido no ciclo anterior, o que reforça a dependência dos produtores por crédito mais acessível.

Em meio às incertezas, o avanço tecnológico segue como aposta para ganhos de produtividade. As máquinas agrícolas devem incorporar cada vez mais recursos digitais, conectividade e inteligência embarcada até 2030. No entanto, o salto tecnológico virá acompanhado de aumento no custo de aquisição e operação, exigindo maior preparo dos produtores e suporte técnico mais qualificado no campo.

Em resumo, o mercado de máquinas agrícolas caminha para uma retomada impulsionada pelo desempenho do agro e pela necessidade de modernização. No entanto, para que essa retomada se consolide, será necessário enfrentar desafios como crédito caro, frota obsoleta, incerteza regulatória e assimetrias no acesso a tecnologias entre pequenos e grandes produtores.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

MPA realiza workshop sobre Subvenção ao Óleo Diesel no dia 25 de julho

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O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) promove, no dia 25 de julho de 2025, às 10h, workshop com orientações sobre o Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel para Embarcações Pesqueiras Nacionais. O objetivo é esclarecer dúvidas e orientar pescadores, armadores, entidades representativas e demais interessados sobre o processo de habilitação ao programa para o exercício de 2026.

O workshop também abordará as regras para solicitação do ressarcimento, que permite aos beneficiários habilitados solicitarem o auxílio financeiro oferecido pelo Governo Federal, conforme os critérios definidos em normativas específicas do programa.

O evento será realizado de forma presencial, na sede do MPA (SIG Qd. 02, Lotes 550/560, Ed. SOHESTE – Brasília/DF), com transmissão simultânea por videoconferência.

Os interessados em participar da videoconferência podem acessar a reunião por meio deste link, no dia 25, às 10h.

Habilitação
As inscrições para a habilitação de embarcações estarão abertas de 1º de agosto a 30 de setembro de 2025. Os interessados poderão se habilitar de duas formas:

   * Como beneficiário individual: pescador, armador ou arrendatário;

    * Por meio de entidades representativas: federações, colônias de pescadores, cooperativas de pesca, sindicatos ou associações de armadores ou pescadores.

Para mais detalhes, acesse os canais oficiais do MPA ou entre em contato pelos telefones (61) 3276-4227 e 3276-4237.

Programa de Subvenção ao Óleo Diesel

Criado pela Lei nº 9.445/1997 e regulamentado pelo Decreto nº 7.077/2010, o programa visa reduzir os custos da atividade pesqueira por meio da equalização do preço do óleo diesel nacional ao preço internacional. O objetivo é aumentar a competitividade do pescado brasileiro no mercado externo e ampliar a rentabilidade dos profissionais da pesca.

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A subvenção é uma parceria entre o Governo Federal e os governos estaduais e é composta por dois benefícios principais:

•    Isenção de ICMS na compra do óleo diesel, concedida por estados que aderiram ao Protocolo ICMS nº 8/96 e ao Convênio ICMS nº 58/96;

•     Pagamento de auxílio financeiro equivalente à diferença entre os preços do diesel nacional e internacional, condicionado ao uso em cruzeiros de pesca e respeitado o limite anual definido em portaria federal.

Podem participar pescadores, armadores ou arrendatários de embarcações pesqueiras motorizadas registradas no Registro Geral da Pesca (RGP), bem como pessoas jurídicas brasileiras arrendatárias de barcos estrangeiros, conforme previsto na legislação.

Saiba mais sobre o Programa de Subvenção ao Óleo Diesel.

Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

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AGRONEGÓCIOS

Abertura de mercado agrícola para o Brasil na África do Sul

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O governo brasileiro e o governo da África do Sul concluíram negociação fitossanitária para que o Brasil exporte sementes de canola para aquele país.

Com mais de 63 milhões de habitantes, a África do Sul importou cerca de USD 635 milhões em produtos agropecuários do Brasil em 2024, com destaque para carnes, açúcar, cereais e café.

Além de promover a diversificação dos parceiros comerciais do Brasil, esta abertura de mercado representa uma nova oportunidade de negócios para o setor privado brasileiro, uma vez que a África do Sul é um produtor relevante de oleaginosas no contexto regional.

Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 394 aberturas de mercado desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Informação à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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