Pesquisar
Close this search box.

BRASIL

4ª Conaes reunirá mais de mil participantes para debater futuro da economia solidária no Brasil

Publicado

Na véspera do Dia Internacional das Cooperativas, celebrado neste sábado (5), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anuncia os preparativos para a 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), que acontecerá entre os dias 13 e 16 de agosto, em Luziânia (GO). O encontro reunirá cerca de 1.200 participantes, entre delegados eleitos, convidados e equipes de trabalho.

De acordo com o secretário nacional de Economia Popular e Solidária do MTE, Gilberto Carvalho, o objetivo da conferência é consolidar propostas para a construção do 2º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, com diretrizes e ações para os próximos anos. “Durante quatro dias, vamos debater os rumos do setor no Brasil e aprovar propostas para fortalecer essa política pública”, afirmou.

Com o tema “Economia Popular e Solidária como Política Pública – Construindo territórios democráticos por meio do trabalho associativo e da cooperação”, a Conaes reunirá 916 delegados e delegadas eleitos nos estados, além dos membros do Conselho Nacional de Economia Solidária (CNES), que terão direito a voto. Outros convidados também participarão, fortalecendo o diálogo e a agenda da economia solidária.

A última edição da Conaes foi realizada em 2013, quando foi elaborado o 1º Plano Nacional para o período de 2015 a 2019.

Mobilização nacional envolveu 15 mil pessoas

A conferência nacional é resultado de um processo de mobilização que percorreu todo o país. Foram realizadas 182 conferências locais, 27 estaduais (com eleição de delegados) e 14 conferências temáticas, reunindo cerca de 15 mil participantes em mais de 1.500 municípios ao longo de um ano.

Gilberto Carvalho ressalta que a economia popular e solidária é uma alternativa concreta de enfrentamento à pobreza, ao desemprego e à exclusão social. “Nesse modelo econômico, as pessoas produzem e tomam decisões coletivamente. Os lucros são distribuídos de forma igualitária, com incentivo ao consumo consciente e ao comércio justo”, destacou.

Leia mais:  Ministério das Cidades alinha ações de saneamento com municípios atingidos pelo desastre de Mariana

Justa Trama será uma das experiências apresentadas

Um dos exemplos inspiradores que estará presente na 4ª Conaes é o da Justa Trama, rede de produção de algodão ecológico solidário que reúne cerca de 700 cooperados em diferentes regiões do Brasil. A rede atua em toda a cadeia produtiva têxtil, desde o cultivo agroecológico até a confecção de roupas, bolsas e embalagens.

O algodão orgânico é cultivado no Ceará e no Rio Grande do Norte. Em Minas Gerais, ele se transforma em fios e tecidos; em Rondônia, são produzidos botões e bonecas com retalhos. Todos os materiais seguem para o Rio Grande do Sul, onde os produtos finais são confeccionados e comercializados.

Para Nelsa Nespollo, presidente da Justa Trama e da Unisol no Rio Grande do Sul, a conferência é um espaço estratégico para fortalecer a economia solidária. “A economia solidária é essa utopia que se materializa no dia a dia, por meio de empreendimentos, associações e grupos que promovem o desenvolvimento e estarão presentes na conferência para discutir as políticas públicas para o setor”, afirmou.

Políticas públicas em andamento

O MTE vem implementando uma série de políticas públicas para fortalecer o setor. Entre as iniciativas, destaca-se o Programa Paul Singer de Formação, que selecionou 500 agentes territoriais com a missão de apoiar e expandir os empreendimentos solidários.

Além disso, foi retomado o Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (Cadsol), essencial para a formalização das iniciativas e o acesso a políticas públicas. O MTE também tem incentivado a formação de cooperativas de motoristas de aplicativo e entregadores, com foco na melhoria das condições de trabalho e renda.

Segundo dados do Cadsol, em 2016 o Brasil registrava 20.670 empreendimentos solidários, envolvendo 1,425 milhão de trabalhadores e trabalhadoras.

A 4ª Conaes representa, assim, um marco para consolidar a economia solidária como política de Estado, promovendo trabalho digno, inclusão social e desenvolvimento sustentável.

Leia mais:  Brasil recebe aporte internacional para ampliar acolhimento de afegãos

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Comentários Facebook
publicidade

BRASIL

BNDES aprova R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para prevenção e combate a incêndios no Cerrado e no Pantanal

Publicado

Brasília, 18/07/2025 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nessa quinta-feira (17), a destinação de até R$ 150 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia para ações de prevenção e combate a incêndios florestais nos biomas Cerrado e Pantanal. O projeto aprovado, Manejo Integrado do Fogo, foi uma construção interministerial apresentada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e marca a primeira ação do fundo para aplicação de recursos no enfrentamento a incêndios em outros biomas além da Amazônia Legal. O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O projeto vai apoiar os Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais da Bahia (BA), do Distrito Federal (DF), de Goiás (GO), de Minas Gerais (MG), de Mato Grosso do Sul e do Piauí (PI), além da Força Nacional de Segurança Pública. Os investimentos contemplam aquisição de equipamentos, máquinas, veículos e insumos estratégicos para ampliar a capacidade de resposta a incêndios. O objetivo é ampliar a capacidade de resposta diante do agravamento dos incêndios florestais registrado em 2024 e da previsão de novos episódios extremos para 2025.

Os investimentos incluem caminhonetes 4×4 com kits de combate a incêndios, bombas costais, sopradores, drones, GPS portáteis, notebooks e veículos especializados como autobomba tanque florestal (ABTF), autobomba tanque e salvamento (ABTS-1), guinchos e veículos de carga. Cada estado apoiado deverá formalizar parceria com o Ministério da Justiça, comprometendo-se a utilizar os bens exclusivamente em ações de prevenção e combate ao fogo e garantir a conservação dos equipamentos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, explica que essa é uma antecipação a eventuais problemas futuros, com base na experiência dos combates às queimadas nos últimos anos. “Vamos seguir protegendo nossos biomas em um esforço conjunto, com inteligência compartilhada e integração do Governo Federal e suas forças, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, com os Corpos de Bombeiros e com as brigadas florestais dos estados”, afirma. Junto a isso, completou, “temos uma ação concreta, que é o projeto de lei elaborado pelo ministério que torna mais rigorosa as penas em caso de incêndios criminosos e que está em tramitação no Congresso Nacional”.

Leia mais:  MME e EPE apresentam a proposta de metodologia para seleção de áreas de geração eólica offshore

A proposta é resultado de uma construção interministerial, que contou com a participação do MMA, da Casa Civil, do MJSP, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), dos estados e de outros parceiros — e de discussões feitas no âmbito da Câmara Técnica Permanente de Articulação Interfederativa do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e autorizada previamente pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa). O projeto é uma resposta concreta à implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF).

“O avanço dos incêndios florestais e das queimadas não autorizadas em biomas como o Cerrado e o Pantanal tem exigido uma resposta emergencial e integrada do Estado brasileiro”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Em 2024, o País enfrentou um cenário crítico e atípico de fogo, com impactos sobre a vegetação nativa, sobretudo no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado. No Cerrado, foram 9,7 milhões de hectares queimados em 2024; e no Pantanal, 1,9 milhões de hectares. Sob orientação do presidente Lula, estamos ampliando as ações de monitoramento e controle de incêndios florestais e queimadas.”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que as ações de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e Cerrado, duramente atingidos pelos incêndios nos últimos anos, também devem ser reforçadas. “O apoio do Fundo Amazônia será determinante para que os Corpos de Bombeiros dos estados que abrigam esses biomas sejam capacitados e equipados com caminhões-tanque e bombas costais, por exemplo, e possam atuar em conjunto com o governo federal no controle dos incêndios”, ressaltou. “Para que o Brasil tenha uma governança do fogo à altura dos desafios impostos pela mudança do clima, é crucial que todos os entes federativos estejam fortalecidos em suas capacidades para cumprir com suas atribuições, de acordo com a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.”

Leia mais:  Curso gratuito oferece formação para transformar periferias com participação popular

A lógica de atuação do projeto está dividida em três escalas: local, estadual e interestadual. No nível local, serão apoiadas brigadas florestais formadas por moradores treinados e cadastradas nos Corpos de Bombeiros Militares, consideradas a primeira linha de defesa contra o fogo. Na escala estadual, o foco é estruturar os Corpos de Bombeiros com veículos e equipamentos. Já no nível interestadual, o projeto fortalece a atuação da Força Nacional em operações integradas.

Fundo Amazônia

O projeto também reforça o papel do Fundo Amazônia no apoio ao fortalecimento institucional e à proteção ambiental em escala nacional. O ambiente de cooperação entre União, estados e municípios, construído por meio do Cofa e da Câmara Técnica Permanente de Articulação Interfederativa, vem sendo essencial para a consolidação de uma política integrada e eficiente de prevenção aos incêndios florestais.

O Cofa aprovou, em maio deste ano, a possibilidade de apoio a biomas além da Amazônia Legal, considerando o agravamento dos incêndios florestais em 2024 e os riscos para 2025. A legislação permite que até 20% dos recursos do Fundo Amazônia sejam aplicados em ações de controle e monitoramento ambiental em outros biomas.

Essa não é a primeira vez que o Fundo Amazônia é acionado para fortalecer ações de monitoramento e controle do desmatamento de outros biomas brasileiros. O Cofa já havia considerado, por exemplo, que os projetos de Cadastro Ambiental Rural (CAR) são parte dos sistemas de controle ambiental e incluiu o tema nos focos de atuação fora da Amazônia Legal. Assim, os recursos do Fundo Amazônia puderam ser empregados para apoiar a regularização do CAR de vários estados país.

Desde a sua retomada em 2023, o Fundo Amazônia ampliou o apoio a projetos de combate a incêndios. Já foram aprovados R$ 371 milhões para os Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal, além de apoios específicos apoio ao Ibama/Prevfogo, por exemplo.

Leia mais:  Unidade, negociação e diálogo marcam reunião com a Indústria sobre tarifas dos EUA

Com a aprovação do projeto Manejo Integrado do Fogo, o Fundo contribui para construção de uma política nacional integrada de prevenção e controle do fogo, com base na ciência, na cooperação federativa e na proteção dos biomas brasileiros.

Veja os componentes do projeto Manejo Integrado do Fogo

A estratégia do projeto congrega atuação em escalas local, estadual e Inter federativa, buscando maior eficácia ao combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas. O apoio à implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo requer que os estados e demais entes apoiados assumam compromissos e responsabilidades que contribuam para a estruturação e o fortalecimento da política.

Apoio às Brigadas Florestais: o projeto prevê o apoio a brigadas florestais formadas por população local treinada, que atuam de forma imediata, antes da chegada dos bombeiros. Serão fornecidos equipamentos de proteção individual e de combate a brigadas cadastradas nos Corpos de Bombeiros Militares de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal.

– Estruturação dos Corpos de Bombeiros Militares: o apoio busca ampliar a capacidade de prevenção e combate ao fogo com veículos, equipamentos e infraestrutura. Entre os itens previstos estão: caminhonetes 4×4 com kit de combate a incêndios; bombas costais; autobomba tanque florestal (ABTF), autobomba tanque e salvamento (ABTS-1), GPS portáteis e drones (no caso do DF). A estruturação garante maior autonomia, segurança e agilidade, especialmente diante da gravidade dos incêndios no Cerrado e no Pantanal.

– Apoio à Força Nacional de Segurança Pública: a Força Nacional será equipada para atuar quando os estados necessitarem de reforço técnico e logístico. Serão adquiridos: Bombas costais, sopradores, caminhonetes com kits de combate, 70 kits para pick-ups, ABTF, guincho caracterizado, veículo urbano de Carga (VUC), drones e notebooks.

Com informações do BNDES

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

Comentários Facebook
Continue lendo

BRASIL

Governo Federal assina contrato de concessão da BR-364/RO com investimento de R$ 10,2 bilhões

Publicado

O Ministério dos Transportes, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), oficializou nesta sexta-feira (18) a assinatura do contrato de concessão do Sistema Rodoviário BR-364/RO, marcando o início de uma nova fase para a infraestrutura viária em Rondônia. O projeto será executado pela Concessionária de Rodovia Nova 364 S.A., formada pelo consórcio 4UM/Opportunity, vencedor do leilão realizado em fevereiro deste ano. O contrato prevê investimento de R$ 10,23 bilhões ao longo de 30 anos, destinados à operação, manutenção e modernização dos 686,7 quilômetros da rodovia.

Esta é a primeira concessão federal de rodovia em Rondônia. O trecho concedido liga Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso, e é considerado estratégico para o escoamento da produção agropecuária, a integração regional e a segurança viária.

Os investimentos incluem obras de duplicação, implantação de terceiras faixas, vias marginais, passarelas, acessos a portos, além de serviços de conservação e apoio ao usuário. Estão previstas:

• 107,5 quilômetros de duplicações
• 190,5 quilômetros de faixas adicionais
• 17,8 quilômetros de vias marginais
• 24 passarelas
• 90 pontos de ônibus
• 24 passagens de fauna

Início imediato das obras

Com a assinatura do contrato, a concessionária está autorizada a iniciar imediatamente as obras previstas no Programa de Exploração da Rodovia (PER). A tarifa de pedágio foi fixada em R$ 0,19 por quilômetro, com desconto de 5% sobre a Tarifa Básica, e começará a ser aplicada conforme o cumprimento dos critérios de segurança e conforto definidos pela ANTT.

Antes da formalização contratual, o Ministério dos Transportes e a ANTT autorizaram o acesso antecipado da concessionária para a execução de serviços emergenciais, como as intervenções na ponte sobre o rio Candeias, assegurando condições adequadas de tráfego aos usuários desde o início do processo.

Leia mais:  Brasil recebe aporte internacional para ampliar acolhimento de afegãos

Os estudos técnicos que embasaram a concessão foram conduzidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com aval do Ministério dos Transportes. O projeto passou por audiência pública e foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), garantindo ampla transparência, participação da sociedade e conformidade com os parâmetros regulatórios.

Conectividade e desenvolvimento

A BR-364/RO é peça-chave para a logística regional, conectando portos e corredores dos estados de Rondônia, Amapá, Amazonas, Pará e Maranhão. Além de fomentar o desenvolvimento econômico, a rodovia integra o Norte ao restante do país, servindo como principal rota terrestre para o Acre e o Amazonas.

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes

Fonte: Ministério dos Transportes

Comentários Facebook
Continue lendo

Envie sua denúncia

Clique no botão abaixo e envie sua denuncia para nossa equipe de redação
Denuncie

DIAMANTINO

POLÍTICA MT

POLICIAL

MATO GROSSO

POLÍTICA NACIONAL

ESPORTES

Mais Lidas da Semana