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AGRONEGÓCIOS

Superávit da balança comercial brasileira, em abril, atinge R$ 46,9 bilhões

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O Brasil fechou o mês de abril com superávit na balança comercial: foram R$ 46,9 bilhões a mais em exportações do que em importações. Os números, divulgados nesta quarta-feira (7) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que o país vendeu ao exterior o equivalente a R$ 174,9 bilhões e importou R$ 127,9 bilhões.

Apesar de o resultado vir um pouco abaixo do esperado por especialistas do mercado financeiro, o saldo positivo reforça a força do setor externo mesmo em um cenário de oscilações nos preços das commodities e incertezas econômicas globais. No acumulado do ano, o superávit já chega a R$ 101,4 bilhões.

Quem puxou esse desempenho em abril foi, principalmente, a indústria de transformação, responsável por um aumento de R$ 2 bilhões nas exportações, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Já os setores de agropecuária e indústria extrativa tiveram leve recuo: menos R$ 287,5 milhões (-0,7%) e R$ 1,6 bilhão (-3,8%) respectivamente.

Nas importações, houve uma leve alta de 1,6% em relação a abril do ano passado. Entraram no Brasil R$ 115,9 milhões a mais em produtos agropecuários (alta de 3,3%), enquanto as compras do setor extrativo caíram R$ 2,9 bilhões (-31,5%). Por outro lado, a indústria de transformação voltou a pesar, com aumento de R$ 4,9 bilhões em importações (alta de 4,4%).

Na última semana de abril, o superávit semanal foi de R$ 10 bilhões, com exportações de R$ 28,7 bilhões e importações de R$ 18,6 bilhões. Segundo analistas, o número reflete a estabilidade das vendas externas de produtos industrializados e o enfraquecimento das compras de matérias-primas, como petróleo e minérios.

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Apesar da leve queda nas exportações agropecuárias, o Brasil segue com a balança comercial no azul, o que é uma boa notícia para o agro. A redução nas compras do setor extrativo também pode indicar menor pressão sobre insumos importados. E, mesmo com flutuações nos embarques, o agro segue sendo pilar da economia brasileira nas trocas com o exterior.

É importante destacar que, mesmo com a queda pontual, os produtos do campo ainda têm espaço relevante nas exportações e tendem a ganhar força nos próximos meses, com a entrada da safra de grãos e a retomada de mercados estratégicos como a China e o Oriente Médio.

Para produtores que exportam, o dólar mais valorizado — cotado a R$ 5,75 — ajuda a manter a rentabilidade em reais. Já para quem depende de insumos importados, é preciso atenção redobrada na gestão de custos e nos contratos de fornecimento.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Cientista brasileira recebe o Nobel da Agricultura por pesquisas

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A agricultura brasileira alcançou reconhecimento internacional com a premiação da engenheira agrônoma Mariângela Hungria, pesquisadora da Embrapa, que recebeu o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025 – distinção considerada o “Nobel” da agricultura. O anúncio foi feito na terça-feira (13.05), em cerimônia nos Estados Unidos. A homenagem reconhece mais de quatro décadas de dedicação à pesquisa em microbiologia do solo e ao desenvolvimento de soluções sustentáveis para a produção de alimentos.

Mariângela atua há 43 anos na Embrapa e construiu sua trajetória a partir de Londrina (PR), onde está lotada na Embrapa Soja. Ali, liderou o desenvolvimento de tecnologias baseadas em microrganismos, como bactérias fixadoras de nitrogênio, que hoje são amplamente utilizadas na agricultura nacional.

Somente em 2024, as técnicas de inoculação e coinoculação da soja geraram uma economia estimada de R$ 142 bilhões ao substituírem adubos nitrogenados, além de evitarem a emissão de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalente.

A cientista também é docente em universidades públicas do Paraná, contribuindo para a formação de profissionais voltados à agricultura regenerativa. Seus trabalhos priorizam o uso racional de recursos naturais e a redução dos impactos ambientais sem comprometer a produtividade. Atualmente, cerca de 85% da área cultivada com soja no Brasil adota a tecnologia desenvolvida por sua equipe — índice que representa a maior taxa de uso de inoculantes agrícolas do planeta.

“A trajetória da Dra. Mariângela é mais do que técnica; é um manifesto silencioso em defesa de uma agricultura que respeita o solo, a ciência e o futuro. Sua conquista não é apenas pessoal — é o espelho de uma ciência nacional que brota da terra e devolve em sustentabilidade e inovação”, afirmou Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio. “Ela provou que é possível alimentar o mundo com inteligência, trocando excesso químico por precisão biológica.”

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Para Rezende, a premiação também posiciona o Brasil como protagonista no debate global sobre produção de alimentos com menor impacto ambiental. “O mundo exige resultados, mas exige também ética ambiental. O trabalho da Dra. Mariângela é uma síntese desse novo paradigma — produzir mais, sim, mas com menos: menos insumo, menos carbono, menos passivo. Esse é o tipo de inovação que exporta não apenas grãos, mas reputação”.

A cerimônia de entrega do Prêmio Mundial da Alimentação será realizada em outubro, em Des Moines (EUA), reunindo lideranças internacionais do setor agrícola. A escolha da pesquisadora brasileira reafirma a relevância da ciência nacional no esforço por soluções sustentáveis para os desafios alimentares do século XXI — uma agenda em que o Brasil não apenas participa, mas contribui ativamente com conhecimento, prática e exemplo.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Lentidão na validação do CAR trava regularização ambiental no campo

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Apesar de avanços importantes na declaração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), produtores rurais de todo o país seguem enfrentando entraves técnicos e burocráticos que comprometem o acesso a políticas públicas, a segurança jurídica no campo e a competitividade internacional do agronegócio.

A preocupação foi o centro do debate realizado na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na terça-feira (13.05), onde entidades do setor pediram medidas urgentes para destravar o sistema e adequar prazos à realidade do produtor, especialmente o de pequeno porte.

Com mais de 7,5 milhões de registros declarados no Sistema Nacional, mas baixa taxa de validação nos estados, o CAR se tornou um paradoxo: embora obrigatório e amplamente adotado, ainda não oferece segurança plena a quem produz. A validação, etapa essencial para confirmar os dados ambientais dos imóveis rurais, avança a passos lentos.

A situação se agrava com a exigência de georreferenciamento para imóveis com menos de 100 hectares a partir de novembro, conforme previsto na legislação fundiária vigente. A proposta de prorrogação desse prazo já tramita no Congresso.

Segundo o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), o impasse ameaça a própria estrutura do setor. “Não é apenas uma questão burocrática. Estamos falando do acesso ao crédito rural, da regularização fundiária e da sustentabilidade ambiental. Enquanto o produtor espera pela validação, perde oportunidades e acumula riscos jurídicos”, afirmou.

“É fundamental que o Estado compreenda que o produtor rural já assumiu sua parte no compromisso ambiental”, ressaltou Rezende. “O CAR foi declarado por milhões de imóveis, muitos dos quais de agricultura familiar, sem assistência técnica ou suporte jurídico. Agora, cabe ao poder público garantir que esse esforço não se perca num labirinto digital e burocrático que só gera insegurança”.

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Rezende também apontou que a lentidão na validação não impacta apenas o presente, mas compromete o futuro do agro brasileiro. “Estamos discutindo soberania alimentar, acesso a mercados premium e investimentos verdes. Sem validação, o CAR deixa de ser um passaporte e se torna um bloqueio. Precisamos de um mutirão institucional que una governo, entidades e tecnologia para destravar o processo e levar segurança ao campo com a urgência que o momento exige”.

O CAR, criado como instrumento de planejamento ambiental e condição para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), também se tornou uma exigência de mercado. É por meio dele que propriedades comprovam conformidade legal, condição cada vez mais requisitada por financiadores e compradores internacionais. “A morosidade nas análises enfraquece a imagem do agro brasileiro em um momento em que o mundo exige rastreabilidade e transparência”, completou Rezende.

O setor produtivo defende que o Estado assuma um papel mais ativo na simplificação dos processos. A proposta de automatizar parte das análises, prevista para começar a ser implantada a partir de junho, pode ser um divisor de águas, desde que venha acompanhada de critérios objetivos e interoperabilidade entre os sistemas estaduais e federais.

Representantes de cooperativas e entidades de classe também pediram que a situação dos pequenos produtores receba tratamento diferenciado, diante das dificuldades técnicas e financeiras para cumprir exigências cartográficas complexas. Estados como Santa Catarina, onde mais de 96% dos imóveis estão abaixo de quatro módulos fiscais, ilustram a urgência de calibrar a política pública à realidade rural.

A validação do CAR não é apenas uma demanda setorial — é um passo estratégico para a governança fundiária, a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Como lembra Isan Rezende, “um agro regularizado é um agro mais competitivo, mais transparente e mais resiliente diante das novas exigências globais. E a responsabilidade por esse avanço precisa ser compartilhada entre o setor e o Estado”.

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Fonte: Pensar Agro

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