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TECNOLOGIA

Saberes tradicionais se unem à ciência no Sistema Nacional de Inovação

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE/MCTI), formalizou, nesta sexta-feira (09/05), uma parceria pioneira que vai fortalecer a justiça, a equidade, a diversidade e a inclusão no Sistema Nacional de Inovação. O termo assinado pela secretária da SEPPE, Andréa Latgé, e por Gaston Kremer, da World-Transforming Technologies (WTT), marca um passo significativo para promover um diálogo aberto e a colaboração entre diferentes formas de conhecimento.

O objetivo central é fortalecer um Sistema Nacional de Inovação que reconheça e valorize os sistemas de conhecimento dos Povos Indígenas, Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares, incluindo suas tecnologias e inovações. Em parceria com a sociedade civil, a iniciativa também prevê o fortalecimento das capacidades de 24 lideranças desses grupos em temas cruciais como ciência, tecnologia e inovação, com foco no enfrentamento das mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade.

Andréa Latgé pontuou a importância de parcerias como esta. “O incremento da participação social é um desafio permanente dentro do MCTI. Entendemos que as parcerias com a sociedade civil fortalecem agendas e temas de interesse do Ministério. Nesse sentido, apoiar processos que fortaleçam um sistema de inovação mais inclusivo é sempre uma ação importante. Acreditamos que a sociedade deve ser engajada no debate sobre adaptação climática junto às lideranças de povos e comunidades tradicionais. Essa ação deve ser entendida como estratégica para o MCTI e para o país”, disse a secretária.

Um dos destaques do projeto é a ‘Trilha de Aprendizagem’, que tem como foco especial a preparação para a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada no Brasil em novembro deste ano. A Trilha busca integrar recomendações para as três convenções da ONU (Clima, Biodiversidade e Desertificação) no âmbito da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e dos conhecimentos tradicionais e locais.

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Essa importante articulação reúne a Câmara Setorial das Guardiãs e Guardiões da Biodiversidade (MMA), a Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, a World-Transforming Technologies e o Instituto Mancala. Juntos, esses atores aprovaram a Proposta Pedagógica para a primeira turma da Trilha de Aprendizagem Inovação para Adaptação Climática.

Além disso, o projeto se propõe a promover um debate sobre o Sistema Nacional de Inovação Brasileiro, com análises e recomendações para a integração do Marco Legal de CT&I e da Lei de Acesso ao Patrimônio Genético e Repartição de Benefícios. A aproximação institucional entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o MCTI, por meio do CGEN e da SEPPE, representa uma oportunidade valiosa para avançar nessa agenda.

Os conteúdos e a proposta pedagógica da Trilha de Aprendizagem serão baseados nos aprendizados obtidos durante a 5ª Conferência Nacional de CT&I, na oficina de conhecimentos tradicionais da 76ª Reunião Anual da SBPC e na experiência do Projeto Mukengi. A publicação “Cua’gu e Inovação” servirá como material guia para as atividades.

A Trilha de Aprendizagem teve seu início oficial no dia 30 de abril, com as 24 lideranças indicadas e selecionadas pela Câmara Setorial. As instituições parceiras e executoras encaram essa iniciativa como um projeto piloto com grande potencial de expansão e convidam todos os interessados a acompanhar de perto o desenvolvimento das atividades.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

Mariangela Hungria é a primeira brasileira a receber o prêmio Nobel da Agricultura

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Mariangela Hungria é a primeira brasileira a receber o “Nobel” da Agricultura. Com uma pesquisa sobre insumos biológicos que revolucionam a agricultura, a engenheira agrônoma da Embrapa Soja entrou para a história ao ser anunciada como vencedora do Prêmio Mundial da Alimentação (World Food Prize), considerado o “Nobel da Agricultura”.

A premiação é concedida a pessoas que contribuíram significativamente para melhorar a qualidade, a quantidade ou a disponibilidade de alimentos no mundo. E, portanto, reconhece o impacto do trabalho de Mariangela.

Há mais de três décadas, ela pesquisa formas de substituir fertilizantes químicos por alternativas sustentáveis, como os inoculantes, produtos com microrganismos benéficos que ajudam as plantas a absorver nutrientes. Estima-se que suas soluções estejam presentes em mais de 40 milhões de hectares cultivados no Brasil, gerando uma economia anual de até US$ 25 bilhões para os agricultores e evitando a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalente.

Emocionada, Mariangela afirmou que não esperava um reconhecimento dessa magnitude. Para ela, o prêmio é fruto de “muita perseverança, e do fato de nunca ter desistido do sonho e de acredita que estava no caminho certo”.

A cientista é também uma das pioneiras na proposta da fixação biológica de nitrogênio como substituto aos fertilizantes químicos. O método permite que bactérias fixadoras convertam o nitrogênio do ar em formas assimiláveis pelas plantas, promovendo um ciclo agrícola mais limpo e eficiente.

Além da contribuição científica, Mariangela destacou a importância de seu prêmio como símbolo da força das mulheres na cadeia alimentar. “É pela pesquisa brasileira e também pelo lado da mulher, porque as mulheres têm um papel incrível na produção de alimentos, que vai desde a agricultura familiar, praticada em sua maioria por mulheres, até a área da pesquisa, onde eu estou. Muitos dos trabalhos das mulheres são invisíveis, então espero que isso dê visibilidade à sustentabilidade da agricultura brasileira”, disse a engenheira.

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O anúncio de sua premiação ocorreu na noite de terça-feira (13/5), e a cerimônia de entrega será realizada em outubro, em Des Moines, nos Estados Unidos, sede da Fundação World Food Prize, criada por Norman Borlaug, o “pai da Revolução Verde”.

Para Mariangela, o prêmio ainda parece um sonho. “A ficha ainda não caiu. Este prêmio traz muita visibilidade para a pesquisa brasileira. A grande maioria dos agricultores brasileiros é muito boa e muito preocupada com o planeta. Querem produzir com sustentabilidade e aceitam as tecnologias que nós oferecemos. Nós precisamos mudar essa visão que se tem lá fora”, diz a pesquisadora, se referindo a imagem do Brasil em outros países.

Prêmio Mulheres e Ciência

Mariangela Hungria foi uma das seis contempladas na 1ª edição do Prêmio Mulheres e Ciência, que aconteceu em março desse ano. Ela foi premiada na categoria Trajetória, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias.

Com investimento de cerca de R$ 500 mil, o Prêmio Mulheres e Ciência é fruto da parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério das Mulheres, British Council e Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

A premiação conta com três categorias. Estímulo: voltada para pesquisadoras com até 45 anos com reconhecida produção científica, tecnológica ou de inovação; Trajetória: para cientistas com 46 anos ou mais com histórico de relevantes contribuições para a CT&I; e Mérito Institucional: reconhece instituições que demonstram compromisso com a promoção da equidade de gênero na ciência, por meio de políticas e ações institucionais.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

MCTI coordena reunião sobre Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais

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O Grupo de Trabalho (GT) do BRICS sobre Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), liderado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), promoveu um workshop remoto para compartilhar os avanços de cada país no tema desastres geo-hidrometeorológicos.

O chefe da delegação brasileiro foi o coordenador-geral de Pesquisas e Desenvolvimento do Cemaden, José Marengo, que deu início à 3ª Reunião do GT, de forma remota na última segunda-feira, 12 de maio.

Marengo abriu o workshop lembrando das reuniões anteriores. “Na 2ª Reunião, organizada conjuntamente pela Rússia e pelo Brasil em São Petersburgo (Rússia), ocorreu em agosto de 2016, ocasião em que se reconheceu a necessidade de formulação e estruturação contínuas de abordagens científicas, tecnológicas e inovadoras para compreender as prioridades e direções para a prevenção e mitigação de desastres naturais em todos os países do BRICS”, disse.

Embora a magnitude e o impacto dos desastres, incluindo eventos climáticos extremos, estejam aumentando em todo o mundo, resultando em danos e perdas sem precedentes à infraestrutura, aos meios de subsistência e aos ecossistemas, o GT não havia se reunido nos últimos anos.

Foram destacadas as iniciativas e avanços adotados sobre prevenção e monitoramento de desastres, ressaltando as especificidades no que tange às tipologias de desastres que impactam distintamente cada país.

Os delegados também enfatizaram os desafios, propostas e sugestões para cooperações técnico-científicas futuras, em especial a premência em iniciativas para a redução dos riscos de desastres, ações e investimentos no monitoramento e mapeamento global de áreas de riscos, monitoramento e desenvolvimento de modelos ambientais geo-hidro-meteorológicos, capacitações de jovens cientistas, eventos e encontros de cooperação técnica-científica na área da ciência dos desastres, entre outras.

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“Todas as propostas e sugestões dos países serão sumarizadas em ata da reunião a ser preparada pelo Cemadene servirão de subsídios para ações conjuntas futuras do GT”, informou José Marengo, ponto focal do evento, ao final da reunião.

A diretora do Cemaden, Regina Alvalá, falou da importância do evento e ressaltou os atuais desafios da crise climática.  “Compartilhar experiências, estabelecer e fortalecer parcerias no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação são estratégias fundamentais para tratar os desafios ambientais e socioeconômicos regionais e globais para o enfrentamento dos extremos climáticos e os desastres por eles deflagrados” disse.

GT sobre Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais

 O GT foi estabelecido em conformidade com o Memorando de Entendimento do BRICS sobre Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) e seguindo os resultados da Declaração Ministerial de Moscou sobre CTI de 2015.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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