A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes (DEEF) de Cuiabá, deflagrou na manhã desta quinta-feira (8.5) operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão e sequestro de bens decretados pela Justiça, com base em investigações que apuram lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Na operação, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo quatro em Cuiabá e um em Várzea Grande.
As diligências revelaram que um imóvel financiado junto à Caixa Econômica Federal vinha sendo utilizado como meio para movimentações financeiras suspeitas, com repasses realizados por pessoas sem vínculo formal com o bem, incluindo jovens com indícios de incompatibilidade entre a renda e os valores transferidos.
A apuração também identificou o envolvimento de suspeitos com extensa ficha criminal, alguns dos quais já foram alvos de operações anteriores conduzidas pela Polícia Civil de Mato Grosso, como as operações Luxus e Apito Final, deflagradas pelo GCCO.
Um dos investigados possui relações diretas com pessoas ligadas a uma facção criminosa, reforçando os indícios de que o imóvel estava sendo utilizado para a ocultação e dissimulação de recursos ilícitos. Diante dos elementos coletados, o delegado responsável pelas investigações, Bruno Mendo Palmiro, representou pelas medidas cautelares, sendo os pedidos acolhidos e deferidos pelo Poder Judiciário.
Até o momento, a operação resultou na apreensão de dois veículos, valores em dinheiro e diversos objetos que poderão auxiliar o avanço das investigações.
“A Operação Nêmesis reforça o compromisso da Polícia Civil de Mato Grosso no enfrentamento qualificado à criminalidade financeira e à lavagem de capitais, com foco na responsabilização de envolvidos em práticas ilícitas que afetam a ordem econômica e social”, disse o delegado.
Nêmesis faz alusão à deusa grega da justiça e da vingança divina contra o orgulho, a arrogância e os crimes que desafiam a ordem moral e social. A escolha simboliza a resposta do Estado contra práticas criminosas que atentam contra a legalidade e a ética pública.
A Operação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso no enfrentamento às facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, que faz parte do Programa Tolerância Zero, do Governo do Estado.
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu, nesta quarta-feira (14.5), um homem de 68 anos, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva pelo crime de tentativa de homicídio. A ordem judicial foi expedida pela 1ª Vara Criminal de Rondonópolis.
O crime ocorreu em novembro de 2021, quando o suspeito, armado com uma foice, desferiu diversos golpes contra a vítima, de 51 anos, à época. A vítima foi socorrida a tempo e encaminhada a uma unidade de saúde, o que evitou o óbito.
De acordo com as investigações conduzidas pela DHPP, a agressão teria sido motivada por uma discussão entre o autor e a vítima, que eram vizinhos no período em que o crime ocorreu.
O suspeito foi conduzido à delegacia para as providências legais cabíveis e permanece à disposição da Justiça.
O trabalho investigativo da Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado e da Delegacia de Sorriso, para esclarecer o furto de R$ 300 mil em dinheiro de um terminal de autoatendimento em Sorriso, resultou no desmantelamento de uma facção criminosa oriunda no Estado de São Paulo.
Os policiais civis através do Sistema Inteligente Completo para Centrais de Monitoramento constataram que o Fiat Argo, de cor cinza, usado no crime, saiu de São Paulo com destino a Mato Grosso, onde percorreu alguns municípios na região norte do estado, entre os dias 20 e 24 de agosto, retornando depois para São Paulo.
Um dos pontos que chamou a atenção da investigação, foi que no dia do furto o carro passou por Sinop por volta das 12h40 e seguiu para Sorriso. Depois retornou de Sorriso para Sinop, por volta das 17h50, sendo o furto praticado às 16h20.
As imagens no Sistema Vigia Mais MT e também do Sistema de Identificação de Veículos, apontam que o automóvel permaneceu certo tempo próximo da Prefeitura de Sorriso. Ao retornar para Sinop o carro ficou estacionado dois dias em uma quitinete, onde quatro homens se hospedaram antes de voltar para São Paulo.
Plano Arquitetado
O automóvel Fiat Argos em que os criminosos estavam pertence a uma empresa locadora de veículo e havia sido alugado por uma mulher na cidade de Mauá (SP).
Na manhã do dia 20 de agosto o veículo partiu de São Paulo e a primeira passagem no sistema de monitoramento das rodovias detectou a entrada em Mato Grosso, pelo município de Alto Araguaia.
Durante o trajeto de Mauá até Sorriso o veículo passou por diversos pedágios. A investigação apurou que as passagens pelas praças ocorreu com uso de TAG veicular não parando nas cancelas para efetuar pagamento.
O extrato de uso da TAG também indicou o trajeto feito pelo veículo de Mauá (SP) até Sorriso (MT). Ao chegar em Sorriso, no dia 21 de agosto, o carro ficou estacionando em um hotel onde os quatro homens ficam hospedados.
Indícios e Apontamentos
Após mapeamento do trajeto feito pelo carro, as investigações seguiram no sentido de identificar os autores do furto praticado diretamente por dois homens, que agiram na violação do caixa eletrônico e subtração do numerário.
No momento do crime um dos homens usava capa de colete disfarçado de segurança e o outro segurava uma caixa de ferramentas se passando como técnico de manutenção.
Diante das imagens captadas os policiais civis percorreram vários pontos comerciais de ferramentas em Sinop, para averiguar a possível aquisição do material, sendo identificada a loja no bairro Jardim Jacarandas, onde a maleta usada para levar o dinheiro foi comprada pelos suspeitos.
Também foram feitas verificações em todas as agências bancárias de Sorriso e Sinop, e após inúmeras gravações do circuito de monitoramento dos bancos, os policiais civis visualizaram os suspeitos realizando depósitos, no dia seguinte do furto (23 de agosto), na cidade de Sinop.
As provas e evidências colaboraram para a descoberta da existência de uma facção criminosa formada, no mínimo, pelos quatro indivíduos. O líder e financiador foi responsável por pagar as despesas, tais como hospedagem, combustível, aquisição de ferramentas, além de disponibilizar e conduzir o veículo usado no crime.
O segundo homem foi quem se passou por “técnico de manutenção do TAA”, com habilidade e conhecimento para violar o terminal. O terceiro atuou na função de “segurança” da suposta manutenção da máquina, e o quarto que ficou responsável pela parte externa do local na função de “observador/olheiro”.
Conforme o delegado da GCCO que preside o inquérito, Sued Dias da Silva Junior, trata-se de uma facção criminosa formada por indivíduos do Estado de São Paulo, com nível sofisticado na abertura de caixa eletrônico, com o mínimo de tempo e ausência de danos, pois contava com informações privilegiadas de experts da área de segurança bancária.