A Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) reafirmou sua posição de liderança nacional em modernização de serviços públicos durante o 3º Encontro Redesim Conectada, realizado de 7 a 9 de maio, em Brasília. O evento reuniu representantes de juntas comerciais de todo o país para debater o uso da inteligência artificial, a segurança dos sistemas digitais e novas soluções para melhorar os atendimentos aos empresários.
Mato Grosso tem se destacado como o estado com o melhor desempenho no atendimento via Balcão Único, sistema que integra e simplifica os serviços de registro e legalização de empresas. Com a implantação da Redesim (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios) nos 142 municípios do estado, o tempo médio para atendimento caiu para apenas 1 dia e 4 horas — um dos menores do país. Em alguns casos, como em Sinop e Cuiabá, o processo de abertura de empresas chega a ser concluído em menos de 10 minutos.
O presidente da Jucemat, Manoel Lourenço, enfatizou que a modernização do sistema tem como foco o empresariado, motor da economia estadual.
“Hoje, o empresário não enfrenta mais filas enormes para registrar seu negócio. Com nossa modernização, é possível abrir uma empresa de forma rápida, simples e segura, sem pagar nenhuma taxa. Estamos implementando evoluções para beneficiar quem movimenta a geração de empregos”, afirmou.
A atuação da Jucemat, em parceria com o Sebrae, começou em 2018 com a digitalização do acervo de documentos da Junta. Desde então, os resultados têm sido expressivos, contribuindo para a desburocratização e a agilidade na legalização de novos negócios em todo o estado.
O diretor técnico do Sebrae, André Schelini, também participou da abertura do evento e reconheceu o protagonismo da Jucemat.
“Mato Grosso já é referência. O tempo de atendimento em cidades como Sinop e Cuiabá comprova a eficiência e o sucesso dessa integração entre Governo do Estado e Sebrae”, pontuou.
A Redesim é uma iniciativa federal, mas que se fortalece com a articulação local entre governos e entidades de apoio ao empreendedorismo. O encontro em Brasília reforçou o compromisso dos estados em avançar na digitalização, integração de dados e uso de tecnologias como a inteligência artificial com responsabilidade e segurança.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lançou, nesta quarta-feira (14.5), o material pedagógico “Minha África Brasileira e Povos Indígenas”, para professores e estudantes do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental II da rede estadual.
Apadrinhado pela primeira-dama, Virginia Mendes, a publicação tem como objetivo fortalecer o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, conforme previsto nas Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.
“Quando vi o material, fiquei encantada. Me envolvo com a causa não apenas porque é papel de primeira-dama do Estado, faço porque sou apaixonada por povos originários e as relações étnico-raciais”, disse Virginia.
Ela também destacou a importância do conteúdo na promoção do letramento racial nas práticas pedagógicas e no combate ao racismo no cotidiano escolar, além de reconhecer a diversidade étnico-racial como elemento essencial na formação cidadã dos estudantes da educação básica.
Durante o evento de lançamento, o secretário de Educação, Alan Porto, também falou sobre a importância da iniciativa para a promoção da equidade e respeito à diversidade no ambiente escolar.
“Estamos entregando um instrumento pedagógico fundamental para o combate ao preconceito, à desinformação e ao apagamento cultural. É material do professor, é material do estudante. Mais uma ação do Governo do Estado que vai de encontro com as necessidades dos nossos estudantes”, afirmou o secretário.
A cartilha foi desenvolvida pelo professor e historiador, Natanael dos Santos, promovendo uma abordagem integrada, crítica e representativa. O material traz conteúdos que valorizam as contribuições históricas, culturais e sociais dos povos africanos, afrodescendentes e indígenas na formação da identidade brasileira.
“O nosso objetivo é levar esse material didático para as escolas para que os alunos possam ter o conhecimento real da contribuição desses povos. Costumo dizer que as pessoas são racistas por falta de conhecimento. E aqui, em Mato Grosso, estamos trabalhando com os povos indígenas. Sinto honrado em ser convidado para um marco tão importante para o povo mato-grossense”, disse Natanel, que integra o grupo Griô Educacional.
Para a coordenadora, Junia Auxiliadora, da Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição, da comunidade Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento, a publicação responde a uma demanda urgente da comunidade escolar.
“Mais do que um material didático, essa cartilha é um passo importante para reconstruirmos, com verdade e respeito, a narrativa da nossa história enquanto povo plural. Ter esse material para estar complementando e consolidando a história afro-indígena é de suma importância”, comentou.
O conteúdo da cartilha inclui atividades interativas, textos de apoio, imagens históricas, mapas, glossário de termos e sugestões de projetos escolares, incentivando o protagonismo estudantil e o pensamento crítico. A ação traz temáticas da Educação para as Relações Étnico-Raciais, integrando a Política Antirracista, uma das 30 políticas educacionais que compõem o plano EducAção 10 Anos, do Governo de Mato Grosso.
O Tribunal do Júri da comarca de Cáceres (a 225 km de Cuiabá) condenou os réus faccionados Amilton Alexandre Alves da Silva, Ângelo Suquere Nogueira e Norivaldo Cebalho Teixeira por homicídio qualificado e por integrarem organização criminosa, em sessão de julgamento realizada no dia 5 de maio. O Conselho de Sentença reconheceu que os acusados mataram o adolescente Rean Kalel Vilasboas Andrade por motivo torpe, com emprego de fogo e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Atuaram no júri os promotores de Justiça Luane Rodrigues Bomfim e Saulo Pires de Andrade Martins.Amilton Alexandre Alves da Silva foi condenado a 15 anos e seis meses de reclusão, Ângelo Suquere Nogueira condenado a 18 anos e seis meses e Norivaldo Cebalho Teixeira recebeu a pena de 32 anos, um mês e 10 dias de reclusão. Os três iniciarão o cumprimento em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade. A ré Laryssa Brumati da Silva também foi condenada pelo homicídio triplamente qualificado a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado, mas poderá recorrer em liberdade. Já a ré Evylin da Silva Peres foi condenada a seis meses de detenção em regime inicial aberto por fraude processual. Outros cinco réus respondem pelos crimes em outros processos, que foram desmembrados.Conforme a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime ocorreu em março de 2022. O adolescente foi assassinado por motivo torpe, decorrente de um “decreto” resultante de uma disputa entre facções pelo monopólio das atividades criminosas na cidade. O homicídio foi cometido com emprego de fogo, tortura e meio cruel, causando queimaduras em 80% do corpo da vítima, além de politraumatismo. A vítima foi atraída mediante dissimulação, levada sob o pretexto de um falso interesse afetivo para um suposto encontro amoroso, tendo sua possibilidade de defesa reduzida por estar amordaçada e com os pés e mãos amarrados.