“Conviver com outras crianças auxiliou no desenvolvimento do meu neto”, declarou Benedita Glória de Almeida, avó do Gabriel Elias, de sete anos, uma das 509 crianças atendidas na unidade piloto do Programa SER Família Criança, no município de Poconé.
Idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes e executada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), o espaço promove o desenvolvimento integral de crianças em situação de vulnerabilidade por meio de atividades educativas, culturais e esportivas no contraturno escolar.
A proposta do programa é acolher e estimular crianças de 4 a 12 anos com ações que fortalecem o vínculo familiar, favorecem a inclusão social e contribuem para o desenvolvimento cognitivo, emocional e físico. Em Poconé, 509 crianças já são beneficiadas com a estrutura da unidade, que oferece aulas de capoeira, atividades esportivas, oficinas lúdicas, artes marciais e acompanhamento psicossocial.
Benedita Glória relatou que Gabriel é autista e desde que o neto começou a frequentar o programa, seu desenvolvimento teve avanços significativos. Segundo a avó, ele passou a se expressar e interagir melhor após a inclusão nas atividades do projeto.
“Foi ótimo. Essa foi a melhor coisa que aconteceu aqui, pelas crianças, principalmente o meu neto. Aqui ele desenvolveu muito. Conviver com outras crianças, brincar e estudar ajudou o cognitivo dele. Ele está aqui desde o início das atividades e só tenho a agradecer ao governo estadual por este espaço. Que façam isso em mais cidades. A dona Virginia Mendes está de parabéns”, destacou Benedita.
Foto: João Reis | Setasc-MT
Durante uma visita realizada nesta quarta-feira (7.5), a primeira-dama Virginia Mendes se emocionou com os relatos das famílias e reforçou o propósito do programa: cuidar com amor e dignidade da infância mato-grossense.
“Nosso maior compromisso é com as crianças e suas famílias. Ver o brilho nos olhos delas e ouvir os relatos de transformação é o que nos motiva. O SER Família Criança nasceu do coração, com muito carinho, para acolher, proteger e preparar essas crianças para um futuro melhor. E vamos seguir expandindo esse projeto para alcançar ainda mais pequenos mato-grossenses”, declarou Virginia.
Outra mãe atendida, Luisa Helena Almeida de Campos, também não esconde o entusiasmo com os resultados do programa. Seu filho, Rafael Almeida Neves, de seis anos, frequenta a unidade desde setembro de 2024. De acordo com ela, o menino já demonstra mudanças positivas no comportamento.
Foto: João Reis | Setasc-MT “Ele era uma criança bastante agitada. Aqui, os colaboradores conversam, ensinam o que é certo e o que é errado. Ele aprende com as atividades. A capoeira, por exemplo, ele adora e até em casa fica praticando. É muito bom, ele gosta muito daqui. A gente agradece muito, porque se não fosse esse projeto, muitas crianças não teriam essa oportunidade”, relatou a mãe.
A secretária adjunta de Programa e Projetos Especiais e Atenção à Família (Sappeaf), Juliane Maciel, destacou que o sucesso do programa em Poconé é resultado de um trabalho integrado entre o governo e a comunidade local.
“É gratificante ver que esse espaço tem mudado realidades. Esse programa é muito mais do que atividades educativas; é um ambiente de afeto, respeito e desenvolvimento. A orientação da primeira-dama é clara: levar dignidade e oportunidade para todas as crianças, especialmente as que mais precisam. E é isso que estamos fazendo com muita dedicação”, afirmou.
O Programa SER Família Criança integra a política estadual de assistência social e é voltado para a promoção de um ambiente seguro, saudável e estimulante às crianças, principalmente aquelas em maior situação de risco ou vulnerabilidade.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lançou, nesta quarta-feira (14.5), o material pedagógico “Minha África Brasileira e Povos Indígenas”, para professores e estudantes do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental II da rede estadual.
Apadrinhado pela primeira-dama, Virginia Mendes, a publicação tem como objetivo fortalecer o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, conforme previsto nas Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.
“Quando vi o material, fiquei encantada. Me envolvo com a causa não apenas porque é papel de primeira-dama do Estado, faço porque sou apaixonada por povos originários e as relações étnico-raciais”, disse Virginia.
Ela também destacou a importância do conteúdo na promoção do letramento racial nas práticas pedagógicas e no combate ao racismo no cotidiano escolar, além de reconhecer a diversidade étnico-racial como elemento essencial na formação cidadã dos estudantes da educação básica.
Durante o evento de lançamento, o secretário de Educação, Alan Porto, também falou sobre a importância da iniciativa para a promoção da equidade e respeito à diversidade no ambiente escolar.
“Estamos entregando um instrumento pedagógico fundamental para o combate ao preconceito, à desinformação e ao apagamento cultural. É material do professor, é material do estudante. Mais uma ação do Governo do Estado que vai de encontro com as necessidades dos nossos estudantes”, afirmou o secretário.
A cartilha foi desenvolvida pelo professor e historiador, Natanael dos Santos, promovendo uma abordagem integrada, crítica e representativa. O material traz conteúdos que valorizam as contribuições históricas, culturais e sociais dos povos africanos, afrodescendentes e indígenas na formação da identidade brasileira.
“O nosso objetivo é levar esse material didático para as escolas para que os alunos possam ter o conhecimento real da contribuição desses povos. Costumo dizer que as pessoas são racistas por falta de conhecimento. E aqui, em Mato Grosso, estamos trabalhando com os povos indígenas. Sinto honrado em ser convidado para um marco tão importante para o povo mato-grossense”, disse Natanel, que integra o grupo Griô Educacional.
Para a coordenadora, Junia Auxiliadora, da Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição, da comunidade Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento, a publicação responde a uma demanda urgente da comunidade escolar.
“Mais do que um material didático, essa cartilha é um passo importante para reconstruirmos, com verdade e respeito, a narrativa da nossa história enquanto povo plural. Ter esse material para estar complementando e consolidando a história afro-indígena é de suma importância”, comentou.
O conteúdo da cartilha inclui atividades interativas, textos de apoio, imagens históricas, mapas, glossário de termos e sugestões de projetos escolares, incentivando o protagonismo estudantil e o pensamento crítico. A ação traz temáticas da Educação para as Relações Étnico-Raciais, integrando a Política Antirracista, uma das 30 políticas educacionais que compõem o plano EducAção 10 Anos, do Governo de Mato Grosso.
O Tribunal do Júri da comarca de Cáceres (a 225 km de Cuiabá) condenou os réus faccionados Amilton Alexandre Alves da Silva, Ângelo Suquere Nogueira e Norivaldo Cebalho Teixeira por homicídio qualificado e por integrarem organização criminosa, em sessão de julgamento realizada no dia 5 de maio. O Conselho de Sentença reconheceu que os acusados mataram o adolescente Rean Kalel Vilasboas Andrade por motivo torpe, com emprego de fogo e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Atuaram no júri os promotores de Justiça Luane Rodrigues Bomfim e Saulo Pires de Andrade Martins.Amilton Alexandre Alves da Silva foi condenado a 15 anos e seis meses de reclusão, Ângelo Suquere Nogueira condenado a 18 anos e seis meses e Norivaldo Cebalho Teixeira recebeu a pena de 32 anos, um mês e 10 dias de reclusão. Os três iniciarão o cumprimento em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade. A ré Laryssa Brumati da Silva também foi condenada pelo homicídio triplamente qualificado a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado, mas poderá recorrer em liberdade. Já a ré Evylin da Silva Peres foi condenada a seis meses de detenção em regime inicial aberto por fraude processual. Outros cinco réus respondem pelos crimes em outros processos, que foram desmembrados.Conforme a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime ocorreu em março de 2022. O adolescente foi assassinado por motivo torpe, decorrente de um “decreto” resultante de uma disputa entre facções pelo monopólio das atividades criminosas na cidade. O homicídio foi cometido com emprego de fogo, tortura e meio cruel, causando queimaduras em 80% do corpo da vítima, além de politraumatismo. A vítima foi atraída mediante dissimulação, levada sob o pretexto de um falso interesse afetivo para um suposto encontro amoroso, tendo sua possibilidade de defesa reduzida por estar amordaçada e com os pés e mãos amarrados.