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EDUCAÇÃO

Formação de professores indígenas ganha novas diretrizes

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A formação continuada de professores indígenas recebeu um reforço do Ministério da Educação (MEC), por meio de portaria publicada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). A Portaria SECADI/MEC nº 37, de 8 de abril de 2025, define diretrizes complementares para a implementação da política pública “Ação Saberes Indígenas na Escola” (Asie) e institui a Rede de Colaboração da Ação Saberes Indígenas na Escola (ReCo-Asie).

A Asie foi instituída pela Portaria nº 1.061, de 30 de outubro de 2013, com o objetivo de promover a formação continuada de professores que atuam na educação escolar indígena na educação básica. Além disso, a iniciativa prevê a oferta de recursos didáticos e pedagógicos que atendam às especificidades da organização comunitária, do multilinguismo e da interculturalidade que fundamentam os projetos educativos nas comunidades indígenas. A Asie integra a Política Nacional dos Territórios Etnoeducacionais para a formação continuada de professores indígenas.

As diretrizes complementares a essa Ação orientam os diversos integrantes da política pública em sua execução. A gestão e a execução da Asie serão realizadas pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com as secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal, e dos municípios.

A formação é voltada, prioritariamente, aos professores que atuam nos anos iniciais da educação básica nas escolas indígenas. Ela será realizada por intermédio de instituições de ensino superior (IES) públicas que aderirem à ação e que possuam reconhecida experiência na área de pesquisa e formação de professores indígenas. Os cursos serão ofertados para professores orientadores de estudos, que, por sua vez, serão os responsáveis pela formação dos professores cursistas vinculados às escolas indígenas. As secretarias de educação devem fomentar e garantir a participação dos professores vinculados às escolas indígenas de sua rede nas atividades de formação, sem prejuízo da carga horária em sala de aula.

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A adesão das IES à Asie será voluntária, mediante envio de plano de trabalho para análise e seleção da Secadi, com posterior formalização de termo de execução descentralizada (TED). O cronograma de seleção será definido e divulgado no site do MEC (www.mec.gov.br). Solicitações de informações relacionadas podem ser enviados ao e-mail: [email protected].

Encontro – Nesta semana, o ministro da Educação, Camilo Santana, recebeu lideranças indígenas do Acampamento Terra Livre, evento de mobilização dos povos indígenas que ocorre anualmente em Brasília. Na pauta da reunião, esteve o fortalecimento da educação escolar indígena, a permanência dos estudantes nas escolas e o avanço em demandas importantes dos povos originários, como na discussão sobre a Universidade Indígena. “Garantir a educação escolar indígena é uma determinação do MEC. Nossas portas seguirão abertas para o diálogo e para a defesa dos direitos dos povos indígenas”, afirmou o ministro em suas redes sociais.

Bolsas – O MEC vai conceder bolsas aos docentes e aos profissionais do magistério, assim como aos conhecedores tradicionais indígenas, no âmbito da Ação Saberes Indígenas na Escola. Elas serão pagas pelo FNDE diretamente aos beneficiários, por meio de cartão magnético específico, emitido pelo Banco do Brasil.

Receberão bolsas os seguintes participantes da Asie: coordenador-Geral do polo (R$ 1,5 mil); coordenador de núcleo (R$ 1,5 mil); coordenador indígena (R$ 1,4 mil); supervisor (R$ 1,2 mil); formador (R$ 1,1 mil); orientador de estudo (R$ 765); coordenador de ação (R$ 765); professor cursista vinculado às escolas indígenas (R$ 200).

Rede de colaboração – A Rede de Colaboração da Ação Saberes Indígenas na Escola (ReCo Asie), instituída pela Portaria SECADI/MEC nº 37, tem como objetivo promover a formação continuada de professores indígenas da rede pública da educação básica, voltada à construção de metodologias de ensino e à produção de material didático-pedagógico específico para as escolas indígenas.

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A rede será composta por um Gestor Nacional do Ministério da Educação, que a coordenará; polos formados por um conjunto de núcleos de formação das IES; e núcleos de formação das IES, que se organizam por afinidade cultural, territorial e linguística dos povos indígenas presentes nos territórios etnoeducacionais.

A ReCo-Asie irá atuar na colaboração recíproca de docentes indígenas em cursos de formação, envolvendo 51 instituições de ensino superior e secretarias de educação das redes estaduais e municipais; na participação de professores e investigadores das diferentes instituições em projetos/ações de interesse comum; na mobilidade de cursistas entre as instituições; na articulação e colaboração técnica entre IES no desenvolvimento da Asie; na organização conjunta de conferências, seminários ou congressos de âmbito pedagógico, técnico ou científico; na promoção conjunta de ações de investigação interuniversitárias; e na realização de cursos com dupla ou múltipla certificação.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi

Fonte: Ministério da Educação

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EDUCAÇÃO

MEC amplia investimento nos Cantinhos da Leitura pelo Brasil

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O Ministério da Educação (MEC) investiu, até março de 2025, mais de R$ 180 milhões na instalação de 38 mil novos Cantinhos da Leitura nas salas de aula de 1º e 2º ano do ensino fundamental em escolas de todo o Brasil.Os repasses foram realizados por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Cantinho da Leitura iniciativa desenvolvida pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Na terça-feira, 22 de abril, o Ministério anunciará o investimento de mais de R$ 16 milhões para o atendimento das crianças da educação infantil em 2025. A iniciativa será divulgada durante webinário transmitido às 14h pelo canal do MEC no YouTube. 

O PDDE Cantinho da Leitura tem como objetivo fomentar a instalação de ambientes agradáveis e estimulantes que promovam o contato direto das crianças com os livros. A ampliação do atendimento à educação infantil reflete o compromisso do MEC com a criação de ambientes que oportunizem o acesso a espaços de leitura para mais crianças. 

A ação está alinhada ao Programa de Formação Continuada Leitura e Escrita na Educação Infantil (Pro-LEEI), instituído pela Portaria nº 85/2025, de 4 de fevereiro, por meio do qual serão planejadas e implementadas práticas pedagógicas para o desenvolvimento das crianças no campo da linguagem oral, da leitura e da escrita.   

O MEC disponibilizará a lista de instituições de educação infantil elegíveis e a seleção pelos secretários estaduais e municipais de educação, que acontecerá no período de 28 de abril a 9 de maio. Após esse processo, as escolas confirmadas pelas secretarias deverão confirmar o interesse no sistema PDDE Interativo e elaborar um plano de ação no período de 12 a 30 de maio de 2025. Cada sala de pré-escola receberá um aporte de R$ 1.235, com a distribuição de 30% para capital e 70% para custeio, conforme as diretrizes estabelecidas pela Resolução nº 22, de 24 de outubro de 2023.  

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As instituições de educação infantil selecionadas em 2025 receberão apoio e assistência técnica para a regularização e a realização da confirmação e do planejamento pela Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), bem como pelas secretarias de educação estaduais e municipais, já que elas são as responsáveis por selecionar as escolas elegíveis no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).   

Compromisso  O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é realizado em regime de colaboração entre a União e os entes federados. O objetivo é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na Meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE). O Programa busca, ainda, garantir a recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização de 100% das crianças matriculadas no 3º, no 4º e no 5º ano, tendo em vista o impacto da pandemia para esse público.   

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB) 

Fonte: Ministério da Educação

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EDUCAÇÃO

MEC lança edital para experiências em educação integral

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O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lançou, nesta quarta-feira, 16 de abril, o edital para seleção de “Experiências Inspiradoras de Gestão e de Projetos Pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral”. O chamamento público tem como objetivo identificar, mapear e divulgar experiências inspiradoras de educação integral em tempo integral. O lançamento ocorreu no auditório do MEC, em Brasília, com transmissão ao vivo. O evento segue disponível para visualização no canal do YouTube do ministério. 

As experiências a serem selecionadas devem resultar da superação de desafios, com a possibilidade de serem disseminadas como referência de políticas e práticas de uma educação mais plural, participativa, integrada à realidade do território, com equidade e qualidade. 

Segundo a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, a pasta tem o objetivo de reconhecer o esforço das redes de ensino por meio do edital. “Por isso, não estamos apenas em busca de olhar para quem está ampliando as matrículas. Isso é importante, mas existem boas práticas na direção do currículo e na promoção da equidade e da inclusão, que queremos valorizar”, argumentou. “Mais do que inspirar, queremos fazer um grande movimento formativo pelo Brasil a partir do que nasce nas escolas brasileiras, principalmente das periferias e florestas”, concluiu. 

Já o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica, Alexsandro do Nascimento Santos, esclareceu que o MEC “tem feito um esforço para lembrar à sociedade brasileira que educação integral é uma concepção, não apenas um ajuste do tempo na escola. Esse tempo precisa estar a serviço de uma concepção”, afirmou. 

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Por isso, queremos identificar experiências nas redes de ensino, nas secretarias de Educação, que modelem e implementem práticas de gestão na perspectiva da educação integral. E, também, identificar no nível da escola práticas pedagógicas de professores e professoras, das equipes gestoras, que também dialoguem com essa concepção de educação integral”, completou Santos. 

O edital é uma parceria com a Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), representada pelo grupo Territórios, Educação Integral e Cidadania (TEIA). A iniciativa integra o Programa Escola em Tempo Integral, voltado à criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica 

Inscrições – As inscrições se iniciam na quinta-feira, 17 de abril, e seguem até o dia 16 de maio. As inscrições devem ser realizadas pelas autoridades das secretarias de Educação — ou pessoas designadas por elas. Poderão ser inscritas as experiências de secretarias como um todo, de um conjunto de escolas ou de uma única escola municipal, estadual ou distrital, contemplando todas as etapas da educação básica – da creche ao ensino médio, bem como as diferentes modalidades de ensino transversais às etapas. 

Em 2025, as iniciativas selecionadas serão difundidas por meio das seguintes estratégias para inspirar mais secretarias de educação e escolas na implementação da educação integral em tempo integral:  

  • Mapa de Experiências: mapa interativo com a finalidade de identificar, situar e constituir um repositório das experiências inscritas no edital de seleção, podendo abarcar até 5.597 experiências de todo o país.   

  • Mostra Nacional de Práticas Inspiradoras de Gestão e de Projetos Pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral: evento presencial, em Brasília (DF), com o objetivo de promover momentos de troca, reflexão e colaboração entre escolas/creches e secretarias de educação. Reunirá até 125 experiências com financiamento de despesas de diárias e passagens aéreas/terrestres para participação de dois representantes de cada experiência selecionada. A mostra poderá contar ainda com a participação de público em geral às próprias expensas.  

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  • Caderno de Narrativas: e-book com o objetivo de apresentar a sistematização de experiências selecionadas no âmbito do edital. Serão contempladas até 25 experiências narradas em produção textual elaborada entre os responsáveis pelas experiências selecionadas e equipe de pesquisadores do edital. Para tanto, serão realizadas visitas de campo e concessão de até duas bolsas de pesquisa aos representantes da experiência selecionada.  

  • Rede de Trocas:  intercâmbio de escolas/creches e secretarias de educação com o objetivo de aprimorar as experiências selecionadas no edital. Por meio de seminários e visitas formativas in loco, o edital financiará as despesas de diárias e passagens aéreas/terrestres de dois representantes de até 75 experiências selecionadas. A Rede de Trocas poderá contar ainda com a participação de mais experiências inscritas no edital, às próprias expensas.  

  • Produção Audiovisual: produção audiovisual com o objetivo de disseminar desafios, transformações e inspirações de destaque entre as experiências selecionadas no edital.  

Escola em Tempo Integral – O programa fomenta a criação de matrículas em tempo integral (igual ou superior a 7h diárias ou 35h semanais) em todas as etapas e modalidades da educação básica. Essa medida proporciona aampliação da jornada de tempo na perspectiva da educação integrale a priorização das escolas que atendem estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.OGovernoFederalfornece assistência técnica e financeira considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

 

Assessoria de Comunicação do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)  

Fonte: Ministério da Educação

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