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Alzira Miranda é a vencedora na categoria Gestão Pública ou Privada

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De origem simples, filha de um pescador e uma dona de casa, Alzira Miranda de Oliveira começou, desde cedo, a lutar por melhorias na sua comunidade. Depois de uma vida de muito trabalho e importantes conquistas no setor de pesca e aquicultura em Manaus, agora ela se junta às outras 9 ganhadoras da 2ª edição do Prêmio Mulheres das Águas, na categoria “Gestão Pública ou Privada”.  

 Alzira cresceu no tradicional bairro São Raimundo, banhado pelo Rio Negro. Foi no contato com a comunidade que ela despertou a paixão pela área de educação e começou a se destacar como líder.   

 Em 1998, ingressou no curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Já em 2002, começou mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde também realizou doutorado e pós-doutorado.   

 Nesse período, realizou pesquisas nas áreas de sustentabilidade e mudanças climáticas, manejo ambiental e aquicultura, com foco no tambaqui, uma das espécies de maior interesse na Amazônia. Também foi professora no Centro Universitário do Norte (UNINORTE) por 14 anos, tendo coordenado os cursos de Engenharia Ambiental, Civil e Produção; tecnologias em Petróleo e Gás e Segurança do Trabalho.   

 Em 2021, foi aprovada no concurso público do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), onde atua como professora e coordenadora do curso de Engenharia de Aquicultura, contribuindo para a formação dos alunos com foco na pesca e aquicultura sustentáveis. “Minha história é um reflexo de superação e determinação, desde minha infância no bairro São Raimundo até a liderança em cargos estratégicos no sistema profissional e educacional”, afirma Alzira.  

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 Gestora e líder comunitária 

 Alzira também tem sido uma grande liderança fora da vida acadêmica. Foi a primeira engenheira de pesca eleita presidente de um Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) no Brasil. No CREA-AM, implementou o programa “CREA Mais Presente”, que leva assistência técnica a comunidades remotas.   

 Além disso, coordenou o programa “Mulher no CREA-AM”, que fomenta a inclusão e liderança feminina em áreas técnicas e promove ações para ampliar a igualdade de oportunidades. “Acredito que a gestão é uma ferramenta transformadora, que nos permite criar pontes entre pessoas, ideias e objetivos, sempre com foco na inclusão e na sustentabilidade”, explica.  

 Em nível nacional, Alzira foi a primeira engenheira de pesca a ocupar o cargo de conselheira federal suplente no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Também foi presidente da Associação Feminina de Engenharia, Agronomia e Geociências do Amazonas (AFEAG-AM), que busca fortalecer a presença feminina em carreiras técnicas.  

 Alzira foi ainda vice-presidente e diretora social da Associação dos Engenheiros de Pesca do Amazonas (AEP-AM), na qual liderou ações voltadas ao fortalecimento da categoria e à valorização do setor. Por fim, destacou-se pela liderança comunitária, idealizando e coordenando projetos como “Ideias para Utilização do Pescado por Mulheres Comunitárias” e “Estado da Arte da Piscicultura no Amazonas”.  

Trabalho reconhecido – Alzira já recebeu o Diploma de Honra ao Mérito pela Câmara Municipal de Manaus pelo Dia do Professor e uma homenagem no Dia Nacional do Engenheiro de Pesca pela Assembleia Legislativa do Amazonas, entre outras homenagens. E agora ela também será premiada no Mulheres das Águas, em uma cerimônia especial no dia 25 de março, em Brasília.  

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 “Ser parte do Prêmio Mulheres das Águas é uma oportunidade de celebrar não apenas minhas conquistas, mas também as de todas as mulheres que, como eu, lutam diariamente para transformar suas comunidades e construir um futuro mais justo e sustentável”, conclui a engenheira. 

Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

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Tecnologia digital transforma produção agropecuária no Matopiba

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A adoção de tecnologias digitais e práticas sustentáveis está promovendo uma transformação na produção de alimentos e biocombustíveis no Matopiba, região que abrange áreas do Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A modernização do setor agrícola tem impulsionado o crescimento da produção, consolidando a região como um dos principais polos do agronegócio brasileiro.

Nos últimos 20 anos, a produção de soja no Matopiba quintuplicou, refletindo o avanço das tecnologias aplicadas ao campo. Soluções digitais voltadas para a otimização de processos, assistência técnica e planejamento estratégico têm permitido ganhos de produtividade e redução de impactos ambientais. Além das culturas tradicionais, como soja, milho e algodão, a diversificação agrícola tem ganhado espaço, incentivando o cultivo de espécies como a mamona, com grande potencial para o mercado de biocombustíveis.

O desenvolvimento da agricultura regenerativa é um dos pilares dessa evolução, com práticas que incluem rotação de culturas, uso de bioinsumos e fertilizantes sustentáveis. Essas estratégias não apenas aumentam a produtividade, mas também favorecem a recuperação do solo e a redução da dependência de fertilizantes químicos.

A incorporação de ferramentas tecnológicas tem possibilitado um monitoramento preciso da produção, permitindo que os agricultores otimizem a gestão das lavouras e tomem decisões estratégicas com base em dados. Soluções de agricultura de precisão, softwares de gestão e plataformas de análise climática estão entre as inovações que contribuem para uma produção mais eficiente e sustentável.

Além disso, alternativas de financiamento, como o barter (troca de insumos por colheitas futuras), têm facilitado o acesso dos produtores a novas tecnologias, promovendo maior estabilidade financeira e segurança no planejamento das safras.

A mamona, tradicionalmente cultivada no Nordeste, ressurge como uma cultura estratégica no Matopiba, impulsionada pelo crescimento da demanda por biocombustíveis. Com baixa exigência hídrica e capacidade de recuperar solos degradados, a cultura tem se destacado como uma opção viável para diversificação da produção. Além de contribuir para a sustentabilidade das propriedades, o cultivo da mamona gera novas oportunidades econômicas para os agricultores da região.

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Apesar do avanço tecnológico, a expansão da produção no Matopiba enfrenta desafios estruturais. A infraestrutura de transporte e logística ainda apresenta limitações, dificultando o escoamento da produção. Investimentos em rodovias, ferrovias e terminais hidroviários têm sido discutidos como alternativas para melhorar a competitividade da região.

Outro desafio relevante é a necessidade de equilibrar o crescimento agrícola com a preservação ambiental. A região está inserida majoritariamente no bioma Cerrado, exigindo práticas de manejo responsável para garantir a sustentabilidade da produção. Muitas propriedades têm adotado estratégias alinhadas ao Código Florestal, promovendo o uso eficiente da terra e a conservação dos recursos naturais.

A ampliação das práticas de agricultura regenerativa e o avanço da digitalização no campo devem continuar moldando o futuro do agronegócio no Matopiba. Com investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação, a região se consolida como um dos principais motores do crescimento agropecuário no Brasil, aliando produtividade e sustentabilidade em um cenário de constante evolução.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Agropecuária projeta crescimento de 13,6% no VBP

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A agropecuária de Minas Gerais deve registrar um avanço significativo em 2025, com o Valor Bruto da Produção (VBP) estimado em R$ 167,5 bilhões, um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. O desempenho do estado supera a média nacional, que projeta um aumento de 11%, alcançando R$ 1,4 trilhão. A projeção, baseada nos dados de janeiro, reflete a boa performance do setor agrícola mineiro.

O principal motor da alta no VBP de Minas Gerais é o setor agrícola, que deve atingir R$ 113,3 bilhões em 2025, um crescimento de 17%. Esse segmento representa 68% do faturamento agropecuário estadual, com destaque para a produção de café, que deve registrar um aumento expressivo de 45%.

Outras culturas também apresentam bom desempenho, como a laranja (46%), arroz (45%), algodão (16%), milho (15%), soja (9%), trigo (4%), cana-de-açúcar (1%) e uva (1%). Essas lavouras juntas representam 92,1% da receita gerada pela agricultura no estado.

No setor pecuário, o VBP deve alcançar R$ 54,2 bilhões, um crescimento de 7,3%, representando 32% do faturamento total da agropecuária mineira. A bovinocultura se destaca, com previsão de R$ 19,2 bilhões, um avanço de 21,8% em relação ao ano anterior. A avicultura também deve crescer, alcançando R$ 8,5 bilhões (6,5%), enquanto a produção de leite tem expectativa de crescimento modesto, chegando a R$ 17,7 bilhões (0,3%).

Por outro lado, alguns segmentos enfrentam retração, como a suinocultura, que deve recuar 3,2%, atingindo R$ 6,7 bilhões, e a produção de ovos, com queda de 6,3%, totalizando R$ 2,1 bilhões.

O VBP é um dos principais indicadores da economia rural, calculado a partir da produção agropecuária e dos preços de mercado, com dados do IBGE, da Conab e do Cepea/USP. O crescimento projetado para 2025 reforça a importância da agropecuária mineira no cenário nacional, consolidando sua posição como um dos principais polos produtivos do Brasil.

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Fonte: Pensar Agro

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