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Assembleia discute os desafios para promoção da saúde mental

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou uma audiência pública sobre saúde mental na tarde desta segunda-feira (15), no auditório Milton Figueiredo. Profissionais da saúde, servidores públicos, políticos e representantes da sociedade civil discutiram sobre os desafios da saúde mental em Mato Grosso, na semana do Dia de Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio.

De acordo com dados apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde, a taxa de mortalidade por suicídio em Mato Grosso aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando de 4,5 para cada 100 mil habitantes em 2015, para oito mortes por suicídio para cada grupo de 100 mil habitantes no ano passado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre em decorrência de suicídio e, no Brasil, é a segunda principal causa de mortes entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Para melhorar o atendimento às pessoas, os profissionais da saúde defendem a ampliação na rede de atendimento, melhoria na qualidade de trabalho dos profissionais e aumento do número de multiprofissionais para atuar tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), quanto nas escolas e em outros espaços públicos.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRP-MT), João Henrique Arantes, a psicologia, enquanto ciência e profissão, defende o cuidado em saúde mental numa lógica psicossocial, em liberdade, na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, de forma universal, integral e gratuita. João Henrique também destacou a importância da regulamentação da Lei 13.935/2019, que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social na rede pública de educação básica.

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“Ao CRP, interessa lembrar que embora falemos de saúde mental, esse é um processo que se dá na vida de pessoas concretas e considerando as diversidades das pessoas, precisamos problematizar e melhor compreender como marcadores sociais estruturais como classe, raça, gênero, orientação sexual, geração, capacidades, território se interseccionam e impactam em nossa saúde mental e como os cuidados em saúde mental se organizam”, afirmou João Henrique.

A enfermeira e professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Larissa Rézia reiterou a necessidade de melhorar e ampliar a RAPS e de dar condições de trabalho aos profissionais, com autonomia e ferramentas de trabalho.

O deputado requerente da audiência pública, Carlos Avallone (PSDB), que também preside a Câmara Setorial Temática (CST) da Saúde Mental, destacou a importância de se debater o assunto por estar no cotidiano de toda população, sendo o Brasil país líder na América Latina em problemas mentais como ansiedade e depressão.

“Objetivo é ouvir os especialistas, representantes do poder público para entender o que é preciso fazer, os aportes de recursos necessários para sensibilizar o governo a investir nos pontos que mais precisam. Vamos criar três grupos de trabalho para apresentar propostas específicas para colocar recursos nos locais corretos”, explicou o deputado.

O deputado estadual Thiago Silva (MDB) destacou a importância da criação da CST para aprofundar a discussão sobre a saúde mental e assim apresentar propostas para que o Estado possa investir mais e colocar como prioridade. Silva também citou algumas leis aprovadas para promoção da saúde mental, como a Lei estadual 11.337/2021 que cria em Mato Grosso a Rede de Atenção e Apoio às Pessoas com Esquizofrenia, entre outras iniciativas do Parlamento Estadual.

O presidente da Comissão de Saúde na ALMT, deputado estadual Lúdio Cabral (PT), falou sobre o Dia da Luta Antimanicomial, um processo de mobilização em defesa de mudanças na política de saúde mental no Brasil. “É nosso dever, todos os anos, fazer um debate sobre a saúde mental, mantendo a defesa insistente de um modelo que não volte ao passado, que era o modelo dos manicômios. Às vezes, algumas propostas, ao invés de avançar, retrocedem”.

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O promotor de Justiça da Saúde em Cuiabá, Milton Mattos da Silveira Neto, falou sobre o trabalho do Ministério Público em acompanhar os atendimentos à população e cobrar que haja mais investimentos e aumento da rede multiprofissional para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos algumas ações judiciais na área da saúde mental, inclusive para que o hospital Adauto Botelho volte a ter pronto-atendimento e outros para ampliação da RAPS. Neste momento, estamos conversando com os profissionais para tentar entender qual a melhor solução, como melhorar o atendimento, disponibilizar leitos. Queremos jogar luz sobre os problemas que envolvem a saúde mental, sobretudo após a pandemia que agravou os casos de saúde mental”.

Também participaram da audiência o deputado federal Abílio Júnior e a vereadora por Cuiabá Mayza Leão.

Fonte: ALMT – MT

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Porto Estrela dá passo histórico na regularização fundiária com apoio de Botelho

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Foto: VANDERSON FERRAZ SANTOS

O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) anunciou, neste sábado (15), na Câmara de Vereadores de Porto Estrela (198 km de Cuiabá), um avanço histórico na regularização fundiária do município. A assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Prefeitura e Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) vai viabilizar a escrituração de imóveis na região.

A medida garante que os moradores recebam títulos definitivos sem custo, com recursos assegurados pela ALMT e Governo do Estado. “Porto Estrela merece essa atenção do Poder Público. É uma reivindicação antiga de políticos e moradores que vamos resolver ainda este ano”, afirmou Botelho.

O programa permite acesso a crédito, serviços públicos e valorização dos imóveis. O prefeito de Porto Estrela, Márcio Pescador, destacou os benefícios aos produtores rurais, que enfrentam dificuldades para legalizar as propriedades.

“Essa é uma grande oportunidade para garantir segurança jurídica. Com essa união de esforços, promovemos um futuro melhor para os produtores e para o município”, afirmou o prefeito.

O presidente do Intermat, Francisco Serafim, reforçou a importância do programa e elogiou o empenho de Botelho na ALMT. “Sem documentos, o produtor não consegue crédito nem investir na terra. O deputado Botelho tem sido fundamental para destravar esse processo”, destacou.

A ALMT deve investir cerca de R$ 15 milhões neste ano para dar continuidade ao programa. Antes de deixar a presidência da Assembleia, o deputado Max Russi garantiu a Botelho a manutenção da parceria, que pretende entregar 40 mil escrituras até o final de 2025.

A notícia foi aplaudida pela população, que lotou o plenário da Câmara Municipal. Os representantes de sindicatos rurais e comunidades dos distritos de Porto Estrela, incluindo os quilombolas, demonstraram confiança nas ações de legalização dos imóveis realizadas no Estado.

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Etapas – O presidente do Intermat explica que o processo envolve etapas como: levantamento dos bairros e distritos a serem beneficiados por parte da prefeitura, medição dos terrenos, análise de documentos, e finalmente, a emissão das escrituras definitivas.

Parceiros – A regularização fundiária no estado conta com apoio de diversas instituições, entre elas, ALMT, Governo, por meio do Intermat, Consórcio Vale do Rio Cuiabá, a Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg-MT), Defensoria Pública e a Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT).

Fonte: ALMT – MT

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Deputado pede concessão específica da FICO para acelerar logística do Araguaia

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O deputado Dr. Eugênio de Paiva (PSB) sugeriu aos representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que o edital futuro de concessão do serviço de transporte e infraestrutura ferroviária da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) seja separado de outros trechos do chamado Corredor Ferroviário Leste Oeste, que engloba a malha férrea e a Ferrovia de Integração Leste-Oeste (FIOL).

A proposta foi defendida também pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT) e demais beneficiários, em audiência pública da ANTT, na sexta-feira (14/3), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. No planejamento, a licitação do trecho de cerca de 1.700 Km do modal, desde o Estado da Bahia, prevê concessão única.

Diretores da agência confirmaram que até 2028 os 383 Km da ferrovia, desde o município de Mara Rosa (GO), cheguem em Água Boa, no Vale do Araguaia. A obra está com 20% de execução e com 100% das licenças liberadas.

“Eu peço encarecidamente, Mato Grosso pede, o Araguaia pede: vamos desmembrar para que no ano 1, em 2027, a concessionária vencedora possa fazer seu trabalho e empresas grandes estão indo para o Araguaia”, disse Dr. Eugênio.

“São projetos já em execução, como 4 usinas de etanol de milho sendo instaladas, em Água Boa, Canarana, Querência e Porto Alegre do Norte”, afirmou sobre empreendimentos que pedem urgência na chegada da ferrovia na região. “E nós precisamos reduzir o custo do escoamento da nossa produção e ter mais eficiência e competitividade na produção agrícola de Mato Grosso”, comparou Dr. Eugênio.

O superintendente de Concessão da Infraestrutura da ANTT, Marcelo Fonseca, disse que a agência está à disposição para acatar a sugestão do Dr. Eugênio e demais beneficiários.

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“O desmembramento é uma possibilidade que pode ser avaliada pelo poder concedente. E nós estamos aqui para ouvir a sociedade e avaliar as melhores hipóteses”, comentou o superintendente na audiência pública.

“E certamente está registrado e consideraremos todas as possibilidades do projeto. A partir de agora a gente tem a configuração que vai seguir adiante”, completou Marcelo Fonseca.

Demanda – O diretor executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso e diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira, é outra liderança do setor agro que sustentou a necessidade de edital de concessão separado da FICO.

“Esse trecho deve ser apartado e deve se ter concessão individual dele. Nós precisamos que esse trecho Água Boa a Mara Rosa seja um outro operador”, defendeu.

“Nós não podemos ter operação sendo feita pela VLI e a Rumo porque eles são monopólios naturais. Não é que eles queiram ser monopolistas, é que natural, só tem eles. Nós precisamos ter mais operador. Tem que se criar uma oportunidade para outro operador entrar (na concessão)”, explicou Edeon.

O coordenador de Logística da Aprosoja, Orlando Henrique Vila, também reforçou a necessidade do desmembramento do edital de concessão de exploração da FICO. Ele disse que Mato Grosso está longe dos portos, em uma distância média de 1.700 Km a 2 mil Km. Ele lembra que a ferrovia vem como solução do modal de transporte mais adequada para as commodities de soja e milho, que são referência no Estado.

“Esse projeto FICO-FIOL é muito importante. Mas, eu concordo com o que foi discutido aqui, e é necessária uma divisão das concessões. Uma concessão da FICO e uma concessão da FIOL. A FICO ficando pronta em 2028, seria interessante que já conseguisse um concessionário para esse trecho, de Mara Rosa a Água Boa”, argumentou.

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O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (FACMAT), Jonas Alves de Souza, é outra liderança que fez a sugestão de separação do edital de concessão para exploração da FICO.

“A gente também defende o desmembramento dessa concessão da FICO da FIOL. É uma outra história. Nós temos que ir passo a passo. Estrategicamente, nós de Mato Grosso e do Centro-Oeste queremos nos interligar com os portos. Nós estamos longe de tudo. A nossa produção está longe dos portos e nosso consumo também está longe do Centro-Oeste”, afirmou.

Audiência Pública – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou audiência pública em Cuiabá para ouvir contribuições da sociedade para aprimorar estudos sobre concessão para exploração da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e Ferrovia de Integração Leste Oeste (FIOL).

A FICO está em construção pela Vale de Mara Rosa (GO) até Água Boa, em Mato Grosso, em trecho de 383 Km. A previsão é que a ferrovia chegue à cidade em 2028.

A FICO permitirá o escoamento da produção do Vale do Araguaia e do Estado de Mato Grosso para a Ferrovia Norte-Sul, no chamado Arco Norte, até aos portos do Itaqui, no Maranhão, e Vila do Conde, no município de Barcarena, Pará. A Norte-Sul teve o traçado original de construção de Açailândia (MA) a Anápolis (GO) iniciado em 1987.

Na audiência pública foram apresentados aspectos como engenharia dos projetos, modelagem econômico-financeira, operação e estudos socioambientais. Foi a terceira audiência pública da semana sobre o tema. Outras foram feitas em Brasília, na terça-feira (11) e Salvador (12).

As ferrovias quando prontas permitirão interligar o sistema nacional ferroviário e interligar regiões produtoras agrícolas do interior do Brasil, como Mato Grosso, aos portos.

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De acordo com a ANTT, a operação das ferrovias do Brasil contribui para reduzir o custo logístico em cerca de R$ 0,5 bilhão por ano, na exportação de soja, milho, farelo de soja e transporte de combustíveis, açúcar, algodão e fertilizantes. A operação das ferrovias também possibilita a competitividade do setor e reduz a dependência das rodovias, atualmente em 65% da matriz de transportes do Brasil, segundo a agência.

Fonte: ALMT – MT

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