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MATO GROSSO

Setasc e Cedca atuam na garantia dos direitos de 26 mil crianças e adolescentes de MT

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Em Mato Grosso, 26.133 crianças e jovens são atendidos em programas e políticas voltados para a garantia dos direitos da infância e adolescência, implementados pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), por meio do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca-MT). As ações são desenvolvidas tendo como base o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que completou 29 anos de existência no dia 13 de julho.

Todas as crianças e adolescentes, com faixa etária de 0 a 17 anos, são atendidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que tem como ferramenta de gestão o Sistema de Informações do Serviço de Convivência. A pasta que coordena a política de assistência social no âmbito estadual também tem como atribuição realizar o apoio técnico e financeiro aos municípios do Estado que executam os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

A secretária da Setasc, Rosamaria de Carvalho, destaca o compromisso do atual Governo em priorizar ações e programas voltados à área social buscando atender e implementar novas iniciativas. “A primeira-dama Virginia Mendes tem atuado em conjunto na execução dos programas atribuídos à Pasta. Sempre com foco na melhoria da qualidade de vida da população e em especial às crianças e adolescentes, que são o futuro da nossa nação”, enfatiza.

O presidente do Cedca, Aguinaldo Garrido, explica que o órgão conta com Fundo da Infância e Adolescência (FIA) que é a principal fonte de recurso para o desenvolvimento da política da criança e do adolescente no Estado. “Em Mato Grosso, a proteção de nossos meninos e meninas é prioridade absoluta, não só como política de governo, mas também no orçamento”, pontua Aguinaldo.

Neste sentido, o Cedca procura garantir o cumprimento do ECA, protegendo crianças e adolescente em parceria com os conselhos tutelares presentes em todos os 141 municípios mato-grossenses, por meio de representantes das esferas pública e privada. Além das políticas desenvolvidas, o conselho também recebe denúncias, propõe soluções e, quando necessário, aciona autoridades.

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Centros de Referência

O Estado também é responsável pelos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) que atendem adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviço à comunidade (PSC).

Os CREAS são unidades que têm como finalidade prover atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens encaminhados pela Vara da Infância e Juventude ou, na ausência desta, pela Vara Civil correspondente ou Juiz Singular.

Em Mato Grosso, no ano de 2018, Cuiabá teve 845 adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, seguida do município de Várzea Grande, com 167, e Sinop, 113. Os dados do Ministério da Cidadania apontam ainda, que de 138 municípios que responderam à pesquisa, 86 executaram as medidas socioeducativas em meio aberto, recebendo uma demanda de 1.379 casos de Prestação de Serviços a Comunidade e 635, de acompanhamento de Liberdade Assistida.

Ampara

Vinculada à Setasc, a Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) é uma associação sem fins lucrativos, formada por pais e filhos por adoção, além de profissionais e simpatizantes da causa. A entidade tem mais de 10 projetos que são realizados durante o decorrer do ano, entre eles o Pré-Natal da Adoção, o Pós-Adoção, o Adoção na Escola, o Faça Legal, dentre outros.

Além dos projetos, a associação realiza campanhas em prol da adoção tardia, denominação dada para adoção de crianças mais velhas e adolescentes. De acordo com a presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernardon, em Mato Grosso, aproximadamente, 40 crianças e adolescentes de Mato Grosso foram adotadas desde que iniciaram campanhas em prol da adoção tardia.

Bruna Ester Alves da Silva, de 14 anos, é uma das adolescentes que há um ano faz parte desses dados. Apesar da idade da adolescente não se enquadrar no perfil desejado pela maioria das famílias, Vannubia de Souza Alves e Thomas Magno Alves da Silva, adotaram a menina, que desde os 2 anos de idade estava acolhida no abrigo.

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“Estávamos na fila de adoção e passamos por um curso realizado pela Ampara sobre adoção tardia e isso nos incentivou a adotar a Bruna. Foi a melhor opção. Estamos construindo um laço de família, ela está aprendendo a ser filha e nós a sermos pais”, externou Vannubia.

Conforme a presidente, atualmente são consideradas adoções tardias as realizadas com crianças acima de 10 anos. Ela ressalta a importância da visibilidade da causa para crianças e adolescentes. “É muito importante dar visibilidade para estas crianças e adolescentes e conhecimento à sociedade da existência esses perfis à espera de pais, assim encontramos pessoas que se habilitam”, finaliza.

ECA

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Lei n.º 8.069) é um conjunto de leis específicas para cuidar das pessoas menores de 18 anos que vivem no Brasil. O Estatuto foi sancionado em 1990, durante o Governo Fernando Collor.

Para o Estado Brasileiro, “criança” é uma pessoa de até 12 anos incompletos e “adolescente” de 12 a 18 anos. Excepcionalmente, nos casos previstos em lei, o ECA pode ser aplicado às pessoas de entre 18 e 21 anos. Com a criação do ECA, as crianças e os adolescentes começam a adquirir direitos e deveres garantidos por lei e reconhecidos assim.

Portanto, tal como os adultos, eles são sujeitos que compõem a sociedade. Porém, são vulneráveis no sentido de que essa fase representa muito no desenvolvimento social, psicológico e físico do indivíduo. Por isso, a importância do conteúdo do ECA deve ser conhecida pelas crianças e adolescentes, de forma a construir uma sociedade mais justa e igualitária.

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, como assim dispõe o artigo 4º do Estatuto da Criança e Adolescente.

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MATO GROSSO

Poder Judiciário retira crianças da “invisibilidade documental” durante Expedição Araguaia-Xingu

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Por quatro anos, Pedro Vinícius Gomes de Souza viveu sem certidão de nascimento. Sem esse documento, ele não podia ser matriculado em creche, não tinha acesso a cadastro em serviços públicos. Era como se a criança não existisse.

Morador de Espigão do Leste, distrito de São Félix do Araguaia (1.060 km de Cuiabá), o menino nasceu em período de forte chuva, inviabilizando o deslocamento até a Comarca mais próxima. Depois, a rotina de trabalho da mãe, Cláudia Fernanda Gomes Pereira, e a ausência de transporte tornaram o registro ainda mais difícil. O cartório mais próximo fica a cerca de 200 quilômetros de estrada de chão. “Eu sabia que precisava registrar meu filho, mas não tinha como viajar. Trabalho, outros filhos pequenos, e a distância… tudo ficava impossível”, relatou Cláudia.

O pai, Edvaldo Vasconcelos de Souza, 39 anos, é vaqueiro. Ele contou que, no dia do parto, estava trabalhando e não pôde chegar ao cartório no prazo exigido para o registro. A distância e a rotina de trabalho no campo dificultaram tudo. “Eu estava na fazenda e não consegui ir. Aqui é longe demais. Quando a gente vê, os dias passam e não dá tempo de ir até a cidade”, relatou.

A realidade mudou durante a 7ª Expedição Araguaia-Xingu, iniciativa do Poder Judiciário de Mato Grosso que leva serviços de cidadania a regiões de difícil acesso. Em poucos minutos, dentro da sala de audiência montada na escola municipal, o registro foi feito. Com o documento em mãos, Cláudia passou a respirar aliviada. “Representa uma vitória. Agora, graças a Deus, ele vai para a escola. É um direito que ele tem”. Ela reforça que a dificuldade não é uma situação isolada. “Aqui tem muita gente que passa por isso. Quem não tem carro e não tem dinheiro para viajar acaba ficando sem o documento”, acrescentou.

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Lis Maria – A história de Pedro não é exceção. Aos nove meses, Lis Maria Conceição da Silva também vivia sem certidão. A menina tinha apenas a Declaração de Nascido Vivo, documento provisório entregue pelo hospital.

Moradora de uma área rural do distrito, a mãe, Ana Beatriz Conceição da Silva, 18 anos, explicou que o registro foi sendo atrasado por limitações da vida cotidiana. “Ela nasceu no sábado e o cartório estava fechado. Depois, eu não conseguia faltar do trabalho. A gente foi adiando”.

Os casos de Pedro e Lis, assim como outros, foram amparados pela equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que realizou o reconhecimento voluntário de paternidade, lavrou a ata e emitiu a certidão de nascimento, tudo no mesmo dia e no mesmo local. “Com a certidão, posso levar minha filha às consultas e resolver o que ela precisar”, afirmou Ana Beatriz.

Para a agente comunitária de saúde Raimunda Viana, o problema é repetido em muitas casas. “Sem certidão, a criança não entra no Sistema Único de Saúde. Aqui há muitas mães na mesma situação”, revelou. “Sei de casos de crianças de 14 anos que vivem sem a Certidão de Nascimento. É uma verdadeira benção a presença do Judiciário aqui”.

A presença do Judiciário foi destacada pelo subprefeito do Distrito, Richardson Vick. “É um atendimento que nunca tivemos aqui”, afirmou. “Só hoje, antes das 8h da manhã, já tínhamos mais de 180 pessoas na fila. O Judiciário vindo até o distrito evita que as famílias percorram longas distâncias em estrada de chão para conseguir um documento”, completou.

O juiz responsável pela Expedição, José Antônio Bezerra Filho, explica que justamente o propósito dessa iniciativa é aproximar o Judiciário de quem não consegue chegar até os serviços públicos. “O Judiciário precisa estar onde o cidadão está. Aqui, a distância significa não ter acesso. Quando trazemos o serviço para perto, garantimos direitos”, afirmou. Segundo ele, o modelo adotado une celeridade e simplicidade: “É dar efetividade à Justiça. Não esperar que a população percorra quilômetros para ter o que é de direito”, completou.

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Atendimento Os atendimentos seguem na Escola Municipal Alberto Nunes da Silveira neste domingo (09 de novembro), das 8h às 11h30 e das 13h às 17h.

Parceiros A Expedição Araguaia-Xingu é coordenada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. A ação é organizada pela Justiça Comunitária e conta com atuação integrada do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e do Juizado Volante Ambiental (Juvam).

A iniciativa só se torna viável graças à união de esforços de diversas instituições públicas. Entre elas estão: Defensoria Pública, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ministério Público do Estado, Politec, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Judiciária Civil (PJC), Companhia de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar, além das Secretarias de Meio Ambiente (Sema), de Saúde (SES), de Educação (Seduc) e de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Também participam e apoiam a expedição a Receita Federal, Caixa Econômica Federal, INSS, Assembleia Legislativa, Exército Brasileiro e as prefeituras dos municípios envolvidos. O projeto ainda conta com o apoio de empresas parceiras, como Aprosoja, Energisa, Paiaguás Incorporadora e Bom Futuro.

Acesse mais fotos no Flickr do TJMT

Autor: Talita Ormond

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Projeto Condutores do Amanhã encerra 1ª edição com premiação e plano de expansão para mais escolas estaduais

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A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) encerrou, nesta sexta-feira (7.11), a primeira edição do projeto piloto “Condutores do Amanhã” com uma cerimônia de premiação e assinatura de protocolo de intenções para expansão do programa para mais escolas da rede estadual. O evento, realizado no auditório da Seduc, em Cuiabá, marcou o fim de um ciclo iniciado em julho e que envolveu 700 estudantes de 12 escolas localizadas ao longo da BR-163.

Durante o encerramento, alunos e professores foram reconhecidos pelo desempenho nas atividades educativas e nas ações de conscientização no trânsito. A aluna Dayana Silva Diniz, da Escola Estadual Arnaldo Estevão de Figueiredo, de Jangada, conquistou o primeiro lugar geral e foi premiada com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e uma viagem educacional a Curitiba.

“Foi uma experiência incrível. Aprendemos sobre trânsito dentro e fora da sala de aula. Eu sempre quis tirar a CNH e agora esse sonho se tornou realidade”, celebrou a estudante.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, destacou que o programa vai além da formação técnica e busca desenvolver valores como empatia, paciência e responsabilidade. “O projeto desperta o senso de respeito e cuidado com o próximo. Muito mais do que ensinar regras de trânsito, ele forma cidadãos conscientes. É esse tipo de educação que salva vidas”, afirmou.

Alan Porto anunciou, ainda, que o Condutores do Amanhã será ampliado para mais escolas da rede estadual e poderá chegar também ao Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), fortalecendo a educação para o trânsito desde a base.

“Queremos levar esse projeto para todas as escolas de Mato Grosso. Trabalhar o trânsito é falar de responsabilidade, segurança e vida. O governo é parceiro e vai garantir recursos para a ampliação”, falou o secretário.

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O diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, celebrou os resultados alcançados e ressaltou que a educação é o caminho para reduzir acidentes e salvar vidas nas rodovias.

“Estamos muito felizes com o sucesso do projeto. A segurança viária faz parte do nosso DNA e, junto com a Seduc e a ANTT, conseguimos plantar uma semente que vai transformar o comportamento no trânsito. A meta agora é formar multiplicadores desse conhecimento”, disse.

A coordenadora de Fiscalização de Infraestrutura Rodoviária da ANTT, Margareth Gugelmin Okada, também destacou o papel dos jovens na consolidação do programa e defendeu a expansão para toda a rede estadual.

“Os estudantes são os verdadeiros agentes dessa transformação. Levar o projeto a todas as escolas significa investir em um futuro mais seguro e humano no trânsito”, afirmou.

Além das alunas premiadas, as escolas vencedoras, Escola Estadual Arnaldo Estevão de Figueiredo (Jangada), Escola Estadual Nilo Póvoas (Nobres) e Escola Estadual São Vicente de Paula (Sinop), receberam kits de podcast para continuarem desenvolvendo projetos educativos. Professores tutores também foram reconhecidos com viagens educacionais e certificados.

Fonte: Governo MT – MT

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